Depois do maior capítulo que eu já postei do Conto, é hora de voltarmos às raízes e termos coisas com menos de 10k de palavras, né?
ENFIM. Como vocês estão? Andam bebendo água, se hidratando, tomando os remédios na hora certa e tentando NÃO ficarem se xingando a cada erro mínimo que cometem? É um processo longo, mas de pouquinho em pouquinho, a gente vai indo, não é? Uma hora vocês conseguem <3
Era para eu ter postado no domingo, mas eu tive que reler tudo pra revisar bonitinho e tudo o mais. Espero que gostem! Esse capítulos (97-99) vão ser muito mais lights do que os últimos. Considerem como preparo emocional para o fim da história, e compensação pelo #assassinatoh que o Matías fez.
Enfim! Se cuidem, e até mais. Não se esqueçam que vocês são amados, okay? <3
"Como que você faz para as pessoas te levarem a sério?"
Théo piscou com os dois olhos. Deixando o colírio de lado, ele se virou para encarar o celular. Elisabeth, no outro lado da tela, testava tons de esmalte preto nas unhas, não se esforçando para encará-lo. "Como?", perguntou.
Já eram onze e meia da noite. Faziam algumas semanas que o feiticeiro e companhia iam por aí, ensinando magia para o maior número de pessoas que conseguiam. Théo geralmente ficava com turmas pequenas em espaços extremamente bem-controlados (leia-se "Edgar e Tyna ficavam ao seu lado, intimidando todo mundo com suas poses de heróis"), até que Elisabeth sugeriu que ele só filmasse uma aula e postasse.
Bem, foi o que ele fez. Edgar ajudou a filmar, Tyna divulgou, e então Théo foi enxurrado com comentários. Muitos o agradeciam por explicar bem. Também muitos falavam que não tinha motivo para confiarem em um criminoso como ele (háh! Eles mal sabiam de metade dos seus crimes!). Entretanto, a maior parte eram só piadas com o fato dele ter sido considerado um fora-da-lei imprestável. O feiticeiro gostava bastante desses.
(A gente não falava das pessoas elogiando sua aparência. Théo preferiu ignorar)
Num geral, ensinar magia para o povo estava... Estranhamente, dando muito certo. Memórias e títeres andavam não só pelas ruas da Capital, mas pelo Reino dos Girassóis inteiro. Alguns feiticeiros estavam improvisando, colocando suas bugigangas em peruas, vans e caminhões e indo até lugares extremamente afastados para poderem ajudar quem precisava. Théo jurava que a maior parte voltaria com alguns ossos quebrados, e alguns de fato voltaram desse jeito, mas...
Tinha... Alguma coisa estranha. Pois a maior parte das pessoas abraçava a causa, dizendo que queriam ajudar o Girassol Dourado, custe o que custasse. Théo havia perdido alguma coisa nesses anos na Fortaleza? Porque ele se lembrava bem de ter tido que aprender tudo às escondidas e com o estômago se revirando de fome, pois caso contrário, iriam o perseguir.
Edgar e Tyna lhe contaram que as coisas haviam mudado subitamente de uns anos para cá. Algo sobre como já havia uma discussão muito maior sobre como magia era algo natural, e como as memórias restaurando as coisas haviam mudado a opinião da maior parte das pessoas sobre o assunto. Théo não acreditava bem nisso. Ele ainda aguardava o momento em que tentariam arrancar o seu chão naquela história toda; estavam bem-acostumado.
"Você sabe...", Elisa continuou, no outro lado da linha.
"Não, não sei", respondeu. A princesa revirou os olhos.
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(LGBTQIA+) O Conto do Feiticeiro Maligno
FantasyO feiticeiro "maligno" acaba de sequestrar uma princesa por acidente! Para piorar, ele se apaixonou à primeira vista pelo cavaleiro que veio salvar ela, e, ainda por cima, ele não consegue se comunicar com qualquer pessoa! Agora, cabe à Valentyna H...