39 (e meio) - dE NOVO ISSO?!

445 80 301
                                    

Adivinhem quem acordou em OUTRO SONHO louco? Isso mesmo, Edgar. Mas querem saber uma novidade?

Naquela vez, ele estava em um campo não de flores, mas sim de pétalas. Milhares e milhares de pétalas coloridas pareciam balançar suavemente, como se fossem água em um oceano límpido e bonito, enquanto que o céu parecia ser coberto do que pareciam serem raízes. Exceto que as raízes eram meia transparentes, e, dentro delas, milhares e milhares de pontos luminosos que mais pareciam pétalas brilhantes sendo levados pelo vento para longe.

Nosso cavalheiro encarou tudo aquilo profundamente admirado. Caso esticasse as mãos, parecia que poderia tocar tocas aquelas pétalas voando...

O vento que batia perto do chão era, na verdade, uma brisa, tranquila e serena. Edgar passou a mão pelos cabelos e fechou os olhos por alguns segundos, surpreso com aquilo, até que abriu os olhos e olhou ao seu redor para notar algo curioso:

Trajava uma enorme capa transparente e com várias pétalas de girassol costuradas na sua ponta. Aquele negócio era relativamente curto, indo até um pouco além da sua cintura.

"OK...", murmurou, notando que usava roupas brancas do que pareciam ser um cavaleiro do Pilares do Sol.

Arregalou os olhos.

"O quê...?!"

Ele havia sido aceito no Pilares do Sol?! Onde?! Quando?! cOOOMO?!

Deu uns giros em torno de si mesmo para se certificar de que era aquilo mesmo. E, bem, era aquilo mesmo, sim! E teria surtado caso não tivesse escutado passos.

Virou-se abruptamente, deparando-se com – você adivinhou – o próprio Meia-Noite, só que com roupas beeem diferentes das do usual.

Primeiro, ele estava com aquela bendita coroa do Andar Finito. Segundo, ele parecia estar bem mais chique do que o usual. E terceiro, ele estava agachado no chão, de costas, como se estivesse vendo alguma coisa.

Edgar notou de imediato que o cajado do feiticeiro, que estava no chão, parecia ser uma versão não 2.0, mas sim 3.0 do que estava acostumado. A capa que o outro utilizava era muito maior do que o usual, arrastando-se a pelo menos uns dois metros pelo chão, e estava adornada em detalhes chiques em cinza (o cavaleiro concluiu que deveriam ser símbolos mágicos).

Os cabelos longos de Meia-Noite estavam presos em uma única trança. Os fios não possuíam nenhum enfeite ou algo semelhante.

Nosso cavaleiro hesitantemente deu alguns passos para a frente. O feiticeiro obviamente o escutou, pois imediatamente virou-se para encará-lo.

Os dois arregalaram os olhos.

Meia-Noite não estava com o seu tapa-olho típico, mas sim com um novo, que possuía um símbolo em vermelho que o cavaleiro desconhecia completamente. As roupas que o feiticeiro usava também estava diferentes do preto/cinza básico de sempre. Pareciam muito mais chiques do que o normal.

Entretanto, nos braços do feiticeiro, havia uma luz falsa muito familiar, que encarava Edgar como se o reconhecesse.

É claro que o reconheceria. Foi ele quem a atacou e a assustou.

"E-Edgar?!", soltou Meia-Noite, surpreso.

"O próprio", respondeu o cavaleiro, os olhos fixos na luz falsa.

O feiticeiro olhou para os lados, como se estivesse nervoso. "Eu... Não esperava ter a sua presença. Por aqui".

"Eu não esperava que usar aquele cristal azul fosse me fazer ver você de novo", comentou, cruzando os braços.

(LGBTQIA+) O Conto do Feiticeiro MalignoOnde histórias criam vida. Descubra agora