PRÉ CAPITULO.

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Doia!

Esse dia doia, doia demais.

Deus como doia.

Hoje fazia exatamente 21 anos que eu havia perdido um pedaço do meu coração.

21 anos de dor, de tristeza, de muita dor.

21 anos sem minha Aurora.

- Me parte o coração te ver assim. - Senti os braços de Gustavo me envolver me aconchegando e me passando segurança.

- Me desculpe, não posso evitar. - Respondi suspirando.

Não podia, principalmente hoje.

- São 21 anos Gustavo, a cada ano que passa, mais distante fica minha esperança de a encontrar. - Senti as lagrimas me abatendo em cheio.

- Shiii. - Gustavo me virou para o encarar. - Vamos achar ela, tenha fé. - Limpou os vestigios das lágrimas.

Abracei meu marido buscando conforto, ou pelo menos um pouco, até porque nesses 21 anos, conforto é uma coisa que não tenho tido com frequência.

Ficamos abraços por alguns minutos, logo ele beijou minha testa e sorriu pra mim.

- Vem, vamos tomar café. - Sorriu e eu assenti.

Antes conferi se meu rosto não denunciaria o meu choro, não queria que minhas filhas me visse chorando, mesmo elas sabendo qual dia era hoje.

Desci abraçada com meu marido, ja na sala encontrei minhas três filhas sentada.

Caitlin segurava uma caixa rosa na mão, enquanto Mirela e Kristine dividiam o mesmo sofá, Mirela me olhava, já Kristine balançava a perna evidentemente nervosa.

Caitlin suspirou.

- O investigador ligou, como sempre ele não encontrou muita coisa. - Desfiz meu sorriso e suspirei. - Ele achou a enfermeira daquele dia, mas não nas melhores condições.

- Ela faleceu mãe, não tem muito tempo. - Mirela deu continuidade.- Mas ele achou a filha dela.

- Ela não disse muita coisa, confessou que a mãe não disse quase nada, mas disse que naquele dia, a mãe tinha pegado uma coisa. - Caitlin tomou a palavra novamente.

- Uma coisa que vai te fazer lembrar sempre dela mãe. - Mirela completou enquanto Caitlin caminhava até mim e me entregava a caixa.

Me sentei no sofá pegando a caixa um tanto curiosa. Encarei minhas filhas que me olhava atenta.

E meu marido que me confortava com suas mãos em meu ombro.

Eu respirei fundo e deixei as lagrimas virem ao meu encontro enquanto meus olhos estudava o conteúdo da caixa.

A única coisa que eu ainda tinha da Aurora era a foto que tiramos no dia que a vi pela primeira vez, e nada mais, agora tinha em minhas mãos o tecido rosa com bolinha e com pontos de costura, outra coisa que me lembrava ela.

Coisa qual eu nem fazia ideia que existia...

(...)

Faças suas apostas e deêm opiniões sobre oque a Daniella está falando.

Degustem com prazer!

EM BREVE.

A Babá 3 - Novos Caminhos Onde histórias criam vida. Descubra agora