A Babá 3 - Novos Caminhos

GUSTAVO - QUARENTA E CINCO

Não foi tão difícil assim entrar no hospital sem ser vistos pela Daniella, a área da Cardiologia ficava no terceiro andar, ao que havia ouvido Analiz falar, é que Mirela estava internada no primeiro andar.

E ao chegarmos ao hospital, já fomos direto para o elevador, Analiz não queria mesmo correr o risco de ver a Daniella, e pra ser sincero eu também não.

Assim que chegamos a recepcionista já nos encaminhou para a sala do médico responsável, estávamos evitando qualquer risco mesmo.

- Desculpem a demora. - O médico pediu adentrando a sala. - Eu tive alguns pacientes...- Ele deu uma parada quando olhou para Analiz.- Atrasados hoje.

Sorriu.

E eu suspirei, Kayo com certeza não gostaria nada de ver a forma que ele estava secando a Analiz.

Nem eu como pai não havia gostado.

- Eu sou Samuel, Doutor Samuel Aslam - Ele disse pegando na minha mão.

Logo após ele pegou na da Analiz e sorriu abertamente.

- Muito prazer eu sou a Analiz e ele é o Seu Gustavo.

- Ele eu já conheço. - Sorriu. - Se sente mal Doutor Hernandez? - Questionou.

- Não é nada com oque se preocupar.

- Ele ta mentindo. - Analiz falou. - Tem tido mal estar frequentemente, vinhemos para fazer um check-up, ver como ele está.

- Seu Cardiologista é o Doutor Cooper, ele me passou seu histórico médico, bom Doutor Hernandez, já tem um tempo que fez um check-up.

Samuel falou checando a pasta.

- Vamos começa com o Hemograma completo e dar sequência com os outros, mas quero mesmo fazer um eletrocardiograma tudo bem? - Me olhou.

Encarei Analiz que me olhou desconfiada.

- Eu não tenho escolha - Sorri levemente.

- Então vamos lá. - Ele afastou a cadeira da mesa vindo até mim.

- Sente-se aqui, e arregace as mangas da camiseta. - Pediu apontando para a maca.

Me sentei na mesma com a ajuda da Analiz e fiz oque ele havia pedido.

- Você... é parente do doutor Hernandez? - Samuel questionou Analiz enquanto ele passava o garrote de borracha pelo meu braço.

- Bom, digamos que talvez sim. - Sorriu.- Eu sou só uma pessoa grata por tudo oque ele me fez.

A olhei e sorri.

Analiz estava cuidando do pai dela, e ela nem sabia.

- E você mora por aqui? - Procurava uma veia.

- Moramos no mesmo prédio.

- E você estuda?

- Sim, faço enfermagem.

Ele a olhou.

- Que legal, isso é muito bom, então está familiarizada com a área. - Sorriu e se voltou ao meu braço penetrando a agulha.

Era tão acostumado com isso que já nem sentia mais a dor da agulha entrando.

- E quando começa o estágio? - Ele disse tirando a agulha do meu braço.

- Ao que tudo indica em breve.

- E pronto. Vou mandar para o laboratório, deve ficar pronto em duas horas. - Sorriu.

Apenas assenti.

(...)

Dei sequência aos outros exames e por último fiz o eletrocardiograma que ele tanto queria, agora estávamos ouvindo os resultados.