ANALIZ - VINTE

436 39 4
                                    

Eu quase não dormir, bom se parar para pensar no horário que tudo se acalmou, só se eu fosse puxar pelo menos a manhã toda para dormir.

Mas a verdade é que meu corpo estava tão acostumado a madrugar que dormir pouco pra mim não me impedia de seguir tendo um bom dia.

Quando morava com a minha mãe, tinha sempre essa rotina, dormir tarde e acordar cedo.

E quando menciono dormi tarde quero dizer dormir três ou quatro da manhã, e acordar cedo, bom, umas cinco e meia a seis da manhã.

Falando nela, preciso confessar que o pouco tempo que passei deitada, fiquei pensando no que aquele homem havia me dito.

Me recordei também do dia que atendi a ligação dela é ela disse que eu era perigosa, na hora fiquei confusa, agora sabendo disso consigo concluir o porque dela ter dito aquilo, oque me fez concluir também que ela realmente acreditava no que Aroldo havia espalhado sobre mim pelo bairro.

Maldito! Mil vezes maldito!

O quanto o odiava não poderia descrever, Aroldo um dia iria me pagar por cada mal que havia me feito.

- Me dá um pouco do seu creme? - Pedi a Karla que estava na sala cutucando sua bolsa.

Iria tomar um banho e lavar meus cabelos.

- Pega lá no meu quarto. - Assenti mesmo sabendo que ela não veria e fui em direção ao seu quarto.

Assim que cruzei a porta identifiquei o creme encima da sua cômoda, puxei o pote mas parei quando ouvi um barulho no chão.

Um saquinho havia caido, então voltei para o pegar e colocar em seu devido lugar, mas quando me aproximei e vi oque era fui tomada pela decepção.

Não acreditava que estava vendo aquilo, sem esperar peguei o saquinho do chão e caminhei até a sala com pressa.

Puxei Karla pelo braço até meu quarto.

- Ai tá maluca, oque foi? - Ela resmungou quando soltei seu braço.

Peguei o saquinho com cocaína e joguei na cama. Karla suspirou quando viu o viu na cama.

- Eu posso explicar. - Começou mas a cortei.

- Você prometeu que tinha parado Karla.

- E parei.

- Então me explica porque isso estava nas suas coisas? - Pedi alterada.

Ela bagunçou os cabelos e suspirou.

- Não é meu.

- Então de quem é?

Minha amiga colou suas mãos na cintura e mordeu o lábio inferior.

- Tem que prometer que não vai contar para ninguém.

- Karla você não esta em posição de exigir nada.

- Por favor Analiz, confia em mim. - Ponderei em suas palavras.

Mas vencida pela dúvida de saber oque era, resolvi confiar.

- Ok. - Respondi

Ela puxou o ar e assentiu.

- Ai tem dinheiro do Heitor, da Megan, do Isaac e da Mirela.

Eu estava boquiaberta.

- Oque? - Perguntei sem acreditar.

- Mas quem pediu para guarda foi a Mirela.

- Po-porque? - Perguntei sem entender.

- Porque possivelmente a última coisa que a princesa quer é que as pessoas saibam que ela é uma viciada, o ibope é menor quando o boato vem de alguém com um histórico longo com essas coisas. - Cruzou os braços. - Só guardei por causa do Isaac!

A Babá 3 - Novos Caminhos Onde histórias criam vida. Descubra agora