ANALIZ - QUARENTA E QUATRO

213 31 0
                                    

Encarei seu Gustavo que estava de costas para mim sentado no sofá.

E cutuquei minha unha com a boca.

- Então, quinze gramas é muito? - Questionei Brow do outro lado da linha.

- Pra um viciado é quase nada. - Engoli o seco.- Mais cinco gramas seria comsiderado tráfico de drogas.

Suspirei.

- Oque vão fazer com ela? - Quis saber.

- O Aron vai arrumar um jeito de pagarem fiança.

- Falou com ele?

- Sim, quis garantir que esse caso não me envolva, não iria amenizar para a Mirela porque ela é filha da Daniella e do Gustavo.

Brown respirou.

- Ele disse que Daniella não quer a filha presa.

- Não posso dizer o mesmo do seu Gustavo, acho que se a decisão fosse dele ela ficaria presa.

Abaixei o tom de voz.

- Ele é a Daniella brigaram feio.

- Você estava perto?

- Sim.

- Se meteu nisso de novo Analiz?

Umedei os lábios.

- Não dava pra ficar de braços cruzados.

O outro lado da linha ficou mudo.

Kayo suspirou.

- Só...se cuide tá?

Assenti mesmo sabendo que ele não veria.

Nos despedimos e então desliguei o telefone, mas logo o toque de ligação recebida soou novamente, dessa vez era a Caitlin.

- Oi Ana. - Ela disse do outro lado da linha. - Eu sei que você está me esperando mas, eu não irei conseguir aparecer aí.

Suspirei, pela demora entre o tempo que eu havia feito a ligação para ela, comecei a deduzir isso.

- Está um caos aqui em casa, zero possibilidades de sair daqui agora.

O barulho no fundo de conversas altas é tudo ao mesmo tempo a fazia ter que falar mais alto.

Oque me levava a crer que ela tinha razão.

- Será que por favor você pode ficar com ele? Eu fico preocupada em o deixar sozinho, e prometo que pela manhã irei aí. Infelizmente minha família está toda um caos.

Senti peso em suas palavras, sendo bem sincera eu claramente não me meteria, não ajudaria, e não sentiria pena.

Mirela não era boa comigo, na verdade ninguém ali era bom comigo, a exceção era ela e o seu Gustavo.

Ela nunca dúzia nada quando tava perto das confusões da mãe dela comigo, mas também nunca tinha me tratado mal ou dito algo que me ferisse.

Então não tinha porque eu me meter ou ajudar.

Mas as vezes era completamente inevitável.

Eu só as vezes não compreendia esse meu sentimento, eu sentia que se eu não ajudasse, não estaria fazendo o certo.

- Fica em paz, resolva oque tiver de resolver, eu ficarei com ele.

Ouvir sua respiração de alívio.

A Babá 3 - Novos Caminhos Onde histórias criam vida. Descubra agora