GUSTAVO - QUARENTA

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Já se passava das sete e meia da noite, ali na sala de espera, se encontrava eu, Kayo e Karla.

Agatha também estava esperando que James chegasse para o levar para começar com os procedimentos.

Isaac, Heitor e Megan haviam voltado para o apê, Megan ia contar para a Jhoane que acharam um doador para a Analiz.

Minhas filhas também haviam voltado para a casa da mãe.

Karla andava para lá e para cá, estava ansiosa e não parava de olhar o relógio.

- Quanto tempo mais ele vai demorar? - Quis saber.

- Já já ele chega Karla. - Brown respondeu com paciência.

- Mas ele tá demorando muito. - Pisou fundo.

- Karla calma. - Falei com cuidado. - Se senta antes que abra um buraco nesse chão.

Karla bufou e por fim acabou se sentando.

Não dizemos nada, pelos próximos minutos ficamos em silêncio, cada um com seu pensamento.

Foram momentos de tensão que vivi, pensar em perder minha filha novamente era algo que não estava em discussão, tentei e continuaria tentando até o último minuto salvar a vida da Analiz.

Daniella me surpreendeu, a mulher doce e pura que eu amei havia ficado no passado, Daniella havia mudado muito, não era mais a mesma, isso doía em mim.

Por um momento achei que a Daniella de antes voltaria, mas não, não era mais ali a mulher por quem me apaixonei.

O toque do celular do Brown chamou nossa atenção, o mesmo puxou o aparelho do bolso olhando o visor.

- Eles chegaram. - Disse se levantando.

- Eu vou chamar a Agatha. - Karla disse saindo com pressa.

Estava tão preso nos meus pensamentos que nem vi quando Agatha se afastou do local.

Logo me levantei quando vi Jarvas correndo junto com o professor James.

- O vôo atrasou, mas eu estou aqui. - James sorriu mesmo ofegante.

- James, obrigada, não sei como te agradecer por isso. - Kayo falou apertando a mão dele.

- Não precisa agradecer.- Sorriu.

- Precisamos sim. - Foi minha vez de falar.- James não tenho palavras para agradecer por salvar a vida dela, você foi a nossa última esperança, obrigada. - Sorri levemente.

- Magina gente, eu fiz oque qualquer pessoa faria. - Sorriu.

Um desconforto tomou conta de mim.

Pelo semblante que Brown adotou, ele também ficou desconfortável.

- Infelizmente não, não é qualquer pessoa que faria. - Respondi e abaixei a cabeça.

- Certo. - Agatha falou chegando junto de Karla. - Qual foi a última vez que comeu? - Quis saber.

- Umas três horas atrás.

- Você bebe?

- Não

- Tem tatuagem?

- Óbvio que não.- Ele riu.

- Fuma? Usa drogas?

- Eu fui as ruas pelo fim das drogas. - Sorriu.

Agatha franziu o cenho.

- Isso não responde a pergunta.

- É um não moça.

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