ANALIZ - VINTE E SETE

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Fiquei completamente curiosa para saber onde Kayo me levaria.

Mas também não o questionei durante o caminho, até porque não levamos muito tempo para chegar ao local.

Jarvas estacionou o carro e quando vi que ele vinha em minha direção abrir a porta para mim, fui mais rápida e eu mesma abri.

Ficaria extremamente desconfortável se Jarvas fizesse isso, afinal eramos colegas de trabalho.

Ele sorriu delicadamente.

- Me da a honra? - Kayo pediu estendendo o braço assim que se aproximou de mim.

Meia receosa resolvi aceitar, até porque no fundo não tinha problema.

Quando adentre o local fiquei extremamente desconfortável. Eu não me atentei ao nome do restaurante, mas qualquer um notaria que era fino e caro.

- Sr. Brown, seja bem vindo. - Fomos recepcionados por uma mulher.

- Tenho uma reserva em meu nome para duas pessoas. - Kayo falou frio indo direto ao ponto.

- Oh sim claro senhor, é por aqui.

Elegantemente a mulher tomou a frente nos guiando a nossa mesa, assim que chegamos Kayo puxou a cadeira para que eu sentasse e assim fiz, e enquanto ele ocupava o outro acento ela continuo.

- Oque gostariam de beber?

- Deixarei a dama escolher. - Disse com o olhar fixo em mim.

Eu que até então estava atenta aos olhares das pessoas no local encima de mim, arqueei minha sobrancelha o olhando.

- Certo! - Comecei pegando o cardápio.

Mas parei.

Eu não tinha costume de ir a esse tipo de lugar, na verdade nunca ia, era a primeira vez que estava nesse tipo de ambiente.

Fiquei alguns minutos calada, Kayo me olhava e a mulher esperava com paciência eu me decidir.

Por fim vagamente me lembrei de que nos flmes e séries geralmente esses lugares tem uma bebida e comida que se tornam as pioneiras do lugar.

- Pode ser a bebida da casa, a mais pedida. - Sorri fraco.

- Como quiser, com licença.

Ela pediu se afastando. Mas tão rápido quanto ela afastou, o garcon chegou nos servindo um vinho que eu tinha certeza de que era caro.

- Algo mais? - Ele perguntou.

- Não!  - Kayo respondeu indiferente.

- Com licença. - Ele pediu fazendo uma leve reverência.

Kayo elegantemente pegou a taça e tomou um gole do vinho me encarando.

- Pode escolher o prato, comerei oque escolher. - Me avisou.

Contra gosto peguei o cardápio ao canto da mesa o abrindo e começando a averiguar os pratos do lugar.

Fiquei horrorizada com os preços de cada prato, o mais barato custava cerca de cem reais, e não vinha nada demais nele, apenas frutas marinhas e arroz.

Quem paga cem reais num prato com frutas marinhas e arroz?

Eu provavelmente estava com cara de idiota, porque o sorriso de Kayo me despertou. Eu apenas limpei a garganta e continuei vasculhando o cardápio com meus olhos.

Não tinha nada ali do meu gosto pessoal, e nem nada que tinha habito de comer, estava ficando completamente irritada, nunca imaginei que seria tão difícil isso, mas no final apesar do preço absurdo acabei achando um prato que provavelmente eu comeria.

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