KAYO - VINTE E OITO

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O jantar foi calmo, embora eu lutasse contra algumas vontades minhas.

Quantas vezes ali dentro quis tocar Analiz, a abraçar, ver ela sorrir mais vezes para mim.

Eu estava um completo idiota.

Quando acabamos o jantar e a sobremesa chegou, mais uma vez eu queria a alimentar. Qual era o meu problema? Isso não era nem romântico a certo ponto.

No final terminamos o jantar em silêncio, mas eu não podia deixar a noite acabar daquele jeito.

Fiquei pensando por inúmeras vezes no que Karla havia dito sobre meu irmão, se ele pensava que iria deixar ele me atrapalhar novamente ele estava enganado.

Nem que isso me transformasse num completo idiota, eu estava determinado. No fundo eu sabia porque dessa determinação e oque eu queria com a Analiz, eu só não queria assumir.

Nem para mim e nem para ninguém.

Dado a isso resolvi seguir o conselho de Karla. Primeiro mandei mensagem para o Hernandez pedindo o número dela, e depois quando recebi, mandei uma mensagem para ela pedindo o endereço, logo ela mandou o endereço da praia que estava tendo esse tal de festival.

E lógico, aproveitou a deixa para me alertar sobre oque ela gostava de comer do famoso podrão

Sem pensar duas vezes dispensei Jarvas a levando para esse tal de festival.

No carro ficamos em silencio, apenas uma música suave preenchia o ambiente, o endereço do local era bem distante desse lado onde morávamos, por isso levamos tempo até chegar lá.

Assim que chegamos estacionei meu carro e Analiz desceu. Ela encarou todo o local e eu também, dava para ver as crianças correndo para lá e para cá.

- O festival de sorvete. - Ela disse sem emoção alguma.

Estranhei.

- Imaginei que gostaria. - Enfiei a mão no bolso.

Observei Analiz encarar o grande mar a sua frente, a mesma ficou presa com seus olhos nas águas, mas involuntariamente recuou um passo para trás colocando sua mão em seu pescoço.

- Talvez...talvez fosse melhor a gente embora. - Pediu ofegante dando as costas.

- Porque? - Perguntei sem entender.

Analiz deu um giro de trezentos e sessenta e engoliu o seco.

- Porque...porque sim. - Sua respiração ficou mais alta.

Ela ja estava voltando para o carro quando a puxei delicadamente pelo braço.

- Hey. - Apoiei sua cabeça sobre meu peito. - Oque foi? - Perguntei calmo.

Ela não respondeu, apenas me abraçou segurando com força a barra do meu blazer.

- Aconteceu alguma coisa com você aqui? - Senti seu abraço apertar e sua respiração ficar mais e mais forte.

- Aqui não...- Respondeu num fio de voz.

- Mas foi em uma praia também não é?!. - Afirmei e ela concordou.

Soltei o ar e afaguei seus cabelos castanhos.

- Oque aconteceu? - Questionei curioso.

Ela por suas vez não disse nada. Apenas suspirei beijando o topo da sua cabeça.

- Não precisa ter medo, nada vai acontecer com você enquanto eu estiver por perto.- Segurei em seu queixo o puxando para ela me olhar.- Tá bom? - Perguntei.

Ela assentiu ficando mais leve. Sem pensar em minhas reações, deixei um beijo terno em sua testa me afastando dela.

- Vem! - A chamei estendendo minha mão.

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