37: O interrogatório de Jake

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Oi, gente! Dessa vez vim no começo do capítulo para dar alguns avisos.

Primeiro, gostaria de pedir desculpas pela ausência de publicações nas últimas semanas. Ultimamente ando com muito desânimo para escrever, ou melhor, para qualquer coisa. Por isso, mesmo me esforçando para dá-los esse capítulo, pode ser que a qualidade da escrita esteja decepcionante em contraste com as expectativas da história até aqui. Sinto muito por isso.

O segundo e último aviso é que esse capítulo conterá algumas cenas que podem impactar pessoas mais sensíveis. Tentei ao máximo não detalhar as cenas de violência, mas já quero deixar claro que as cenas do interrogatório não são recomendadas para leitores mais sensíveis.

É isso, espero que gostem da leitura, nos vemos no próximo capítulo. :)





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26/04/2018, 11:45AM
9 dias após o sequestro.

- Capturaram alguns suspeitos entre Liuta e Greenwich. Agora, todos estão sendo interrogados. Bom trabalho, agentes.

Encerrei a ligação pouco depois da notícia. Minha expressão era neutra, mas bem no fundo eu me sentia aliviado. Se tudo corresse como eu gostaria, entre os suspeitos encontraríamos alguém com o perfil de Jake para acusar e prender e, depois de comemorações e premiações por capturarmos um traidor do país, enfim eu poderia ter um descanso, poderia voltar para os braços da minha esposa e dos meus amados filhos.

Guardei o celular no bolso da calça e voltei a segurar o volante com ambas as mãos. Enquanto fazia uma curva para retornar ao nosso abrigo, olhei para o lado e reparei que Jacob estava pensativo, talvez estressado também com toda essa situação.

- Quem era? - ele perguntou ao reparar que eu não estava mais falando no telefone.

- Keen - respondi prontamente. - Ele falou que já conseguiram capturar alguns suspeitos para interrogar. Por hora, vamos poder descansar.

- Sem ordens para irmos atrás da garota?

- Por enquanto, não disseram nada. Se conseguiram pegar o cara certo, nem será necessário.

- Pelo menos uma notícia boa - e voltou a ficar disperso, olhando pela janela.

Fiquei em silêncio, e continuei dirigindo por mais um pouco. No momento, passávamos por uma rua quase vazia. Ainda faltavam alguns minutos de viagem para chegarmos no abrigo.

- ... Você sabe o que vão fazer depois de interrogar os suspeitos? - Hernandez me perguntou, reparei que ele não se deu ao luxo de deixar de olhar pela janela.

- Não me falaram nada. Mas provavelmente vão ameaçá-los para ficarem em silêncio e depois vão os liberar, como de costume.

- Ou vão matá-los e esconder os corpos, como de costume - ele expressou desprezo.

- Também é possível - falei com certa frieza, acostumado com a situação após viver a mesma coisa por anos. - Mas você sabe como as coisas funcionam, não podemos fazer nada para mudar isso.

Hernandez não me deu uma resposta depois disso, mas não precisei me esforçar para compreender o que ele gostaria de me dizer em resposta naquele momento. Conhecia o rapaz desde quando ele era bem jovem, e estive presente no que deve ser o pior evento de toda a sua vida, evento esse que o faz ter esse comportamento apreensivo e relutante dentro de uma missão com essas condições tão específicas. Sim, eu realmente o conheço bem, mas me frustro em saber que mesmo entendendo seus sentimentos, eu não posso fazer absolutamente nada para ajudá-lo.

Caso: Hannah DonfortOnde histórias criam vida. Descubra agora