2° Final: Um pouco de curiosidade

229 23 36
                                    

Olá! Eis mais um final alternativo para vocês. ;)

Este vai para os(as) curiosos(as) que - assim como eu mesma faria - escolheria explorar mais um pouco os arredores da casa dos desafios. Quais são as consequências dessa decisão? Nesse capítulo vocês irão descobrir.

Desde já, desejo uma excelente leitura para todos.

×

29/04/2018, 08:23PM
12 dias após o sequestro.

- ... Por mais de uma vez ele me ameaçou e deu a entender que ele faria de tudo para que eu parasse de investigar. Tenho certeza que agora que ele sabe que estou em Duskwood ele não deixaria a Hannah a mercê de ser encontrada sem que ele fosse capaz de eliminar as testemunhas da sua localização. Então, se ele estivesse aqui, agora nós seríamos atacados pelo desgraçado, que apareceria atrás da gente assim que eu terminasse minha previsão, desse modo ele acabaria com a única chance que alguém teria de encontrar a Hannah.

Quando terminei de falar, tanto eu quanto Alan olhamos para trás, com medo de que minhas palavras se tornassem reais. Felizmente, não havia ninguém atrás de nós, e eu suspirei aliviada por isso.

Confesso que, enquanto falava com Alan, enfatizei a última parte da minha sentença, onde disse que o sequestrador acabaria com a única chance de alguém encontrar a Hannah para, no caso dele realmente estar nos escutando, ele não relacionar o fato de eu não ser burra e ser amiga de um hacker rápido o suficiente. Se aquele fosse o marco do meu fim, ter ativado minha localização seria realmente a última esperança, e ela estaria inteiramente nas mãos do Jake.

- Por favor, não faça mais profecias - avisou Alan. Reparei que as mãos dele estavam tremendo. Ele estava com medo.

Ficamos por algum tempo em silêncio, e nesse momento eu escutei corvos corvejarem e o som de galhos e folhas se movendo. Um grupo de corvos havia içado voo, e eu consegui observar o contraste de seus corpos sob a luz da lua voando pelo céu noturno.

"O que essa floresta tem de linda, tem também de assustadora."

- Tá... você quer dar mais uma olhada ao redor antes de darmos o pé daqui? - perguntou Alan.

Cogitei as opções em pensamento, e tomei minha decisão pensando em esclarecer o quanto antes toda essa situação, e alcançar uma resposta conclusiva sobre a possibilidade da Hannah estar bem ali, diante de mim.

- Só uma última olhada - respondi, e então novamente eu e Alan voltamos a rodear a casa.

Dessa vez prestei atenção redobrada na minha análise, e reparei que a casa era pequena demais para ter um sótão, muito menos um andar superior, e não possuía entrada externa para um porão. Se a Hannah estivesse ali dentro, estaria ainda no primeiro andar, o que torna as coisas ainda mais fáceis de encontrá-la.

No meio de minha análise, acabei me perdendo em uma série de pensamentos, até que Alan me despertou de volta para a realidade, estalando os dedos na minha frente.

- Olivia, consegue me escutar? - perguntou.

O olhei, levemente desnorteada.

- Ah, sim - concordei com a cabeça, ainda assimilando o meu retorno à realidade. - Encontrou alguma coisa?

- Sim, mas não é dentro da casa.

- Então, onde é?

- Vem comigo.

Dito isso, Alan me guiou até uma extremidade da área onde a cabana estava, onde já começava novamente o cerco de árvores e folhagens. Naquela região, havia nitidamente uma trilha aberta.

Caso: Hannah DonfortOnde histórias criam vida. Descubra agora