Thirty Two

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A palavra “morte” nunca foi algo que me transmitisse uma grande sensação de medo. Não no sentido que toda a gente teme. A morte levou as pessoas mais importantes da minha vida. Levou a minha felicidade. Os meus suportes. As minhas muralhas. Já estive próxima dela tantas vezes, mas sentir a morte nas proporções que sinto agora nunca me aconteceu.

Atrevo-me a abrir os meus olhos pesados e esgotados. A claridade é muito vaga e a maior parte da minha visão são sombras. Todo este ambiente poderia ser digno de um filme de terror. Mas em vez disso é cenário para o meu desfalecimento progressivo que eu temo estar próximo do fim definitivo. Às vezes penso que sinto o cheiro da morte. Depois tudo parece não passar de uma alucinação ou de um pesadelo tenebroso. Mas sempre com uma duvida.

Onde será a morada da “morte”?

 Isso terá de ser algo a descobrir com o tempo. Julgo eu.

A fome e a sede consomem totalmente o meu organismo. Os meus pulsos e os meus tornozelos estão completamente desfeitos e rasgados. Sinto-o. O meu corpo está completamente dorido e a ligadura que antes apertava a minha perna desprendeu-se e encontra-se a vaguear nas minhas calças imundas. O frio também é algo que me afecta. A fina camisola e as calças não são algo quente por si só. O que contribui para esse factor são as grandes falhas no telhado que permitem a entrada de vento. Já não chove há algum tempo, ainda assim a penumbra deste local é o suficiente para tornar tudo gélido. Ou talvez a minha condição psicológica e as minhas defesas naturais já não permitam a criação de calor corporal suficiente.

Perdi a noção do tempo em que aqui estou. Dias? Semanas? Eu não sei. O que sei é que de tanto em tanto, Aaron e os dois capangas aparecem por cá para me darem alguma água e comida. Escassas mas pelos vistos o suficiente para me manter viva durante este tempo. Na última visita do meu raptor este fez-se acompanhar também de mais presenças. O seu gang completo eu acho. Senti-me como uma espécie de animal em exposição que, ao ser torturado, proporcionava satisfação aos admiradores.

Os meus olhos fixam-se no grande rectângulo na parede. A passagem para a liberdade e a minha escapatória para a morte. O meu corpo tenta mover-se com extrema dificuldade. Todos os meus músculos estão doridos, desgastados e presos. A dor consome o meu corpo a cada movimento. Algo desgastante, intenso e absolutamente torturante que me impulsiona a deixar escapar suaves gritos por entre a minha garganta seca, esgotada, arranhada e impotente. Ao rastejar por metade da superfície áspera, o meu corpo já se encontra em plena exaustão. Porém o sentido de oportunidade incentiva-me a continuar a lutar contra a dor e os meus esforços começam a dar resultado quando a escapatória se aproxima cada vez mais do meu alcance. Com o coração a palpitar de euforia, ao alcançar a porta eu luto com as minhas pernas para me conseguir erguer nos joelhos. Debato-me durante um longo período tempo e acabo por cair esgotada no chão e começo a chorar novamente. A saída está diante de mim mas o meu corpo parece não querer cooperar. A minha teimosia tenta novamente lutar contra o meu corpo, concentrando toda a sua força nas minhas pernas. Incrivelmente acaba por resultar. Sorrio levemente e levo os dentes à maçaneta devido à incapacitação dos meus membros superiores. A porta estala anunciando a abertura desta e o fim do meu período de tortura. O meu batimento cardíaco parece triplicar de intensidade assim que a porta se entreabre e assim que a leve aragem bate da minha face algo mais duro embate em seguida fazendo-me cair.

- Onde é que pensavas que ias cabra?- Ele grunhe chocando o punho com a minha bochecha, fazendo a minha cabeça embater fortemente no chão. Eu estava perto. Tão perto.

-Deixa-me ir. Por favor.- Peço num sussurro apenas obtendo uma gargalhada da parte do homem e em seguida vários pontapés no meu corpo incapacitado de se defender. Gemo de dor e encolho-me numa bola humana. Uma por uma as mazelas formam-se e a dor aumenta. Soco a soco. Pontapé a pontapé. Murro a murro.

 O que terei feito para receber todo este ódio por sua parte?

 O que terei eu feito numa outra vida para tudo isto que me está a acontecer?

Heyyyy é um bocado pequeno eu sei, mas eu sei que alguns de vocês não gostam de ver a Summer sofrer mas... se isso está a aontecer bom eu devo escrever estas cenas minimamente bem deus! Isto vai acabar de uma maneira boa ou má mas vai acabar e a Summer vai deixar o sofrimente, pode morrer u ser salva... mas isso terão de descobrir depois ;)

Ah e aproveito para dizer que dedico capitulos e posso divulgar alguma historia que vocês queiram ou algo que precisem não sei, Falem comigo por mensagem privada, para qualquer coisa ;)

Meu deus! 6,5K leituras???!!! 473 votos??!! 270 comentários??!! Eu vou morrer, é muito mais do que eu esperava, obrigada por tudo :o

Bom pergunta sobre a fic: Ja agora admiro a vossa paciencia para esta Fic, mas o que vos cativa nela? O que gostam na fic? Quais as vossas personagens preferidas? que personagem mais vos surpreendeu/surpreende? 

EU gosto de saber isto, não hesitem em dizer tudo o que vos vier à cabeça sobre a fic de bom/mau qualquer coisa, gosto de saber as vossas opiniões :)

E a pergunta global: Tocam algum instrumento ou gostavam? Qual?

Eu toco guitarra :3 Adoro o som e a maneira de como os sons fluem através das cordas <3 sei tocar a Night Changes, embora ainda seja iniciante acho que me safo razoavelmente ;) então e tu?

XxSpoon

Stay ➵ N.HOnde histórias criam vida. Descubra agora