Fifty Six

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Caminho ansiosamente pelos caminhos degradados, olhando atentamente para todos os lados. Tudo parece sinistro. Um local praticamente abandonado no meio do mundo. Todavia eu quase que conseguia sentir o cheiro a cocaína.

Agora este local parece enquadrar-se em tudo o que o Liam me tivera dito. Aaron tem negócios por tudo quanto é lado, aqui não é excepção.

Tudo à minha volta parece ruinas e eu não sei se conseguirei encontrar a casa à qual Aaron se referia. Ele teria referido uma casa degradada mas não existe nada neste local terrificante que não esteja exonerado. A minha atenção é captada por um Fiat negro estacionada em frente a uma das casas. Estava abandonada, sem dúvida alguma. Rogo para que seja este o meu destino.

Intuitivamente as minhas mãos abrem o velho portão de metal em risco de cair e atravessam o acesso em terra batida até à porta principal, a qual se encontra entreaberta. Eu entro, silenciosamente, olhando para todos os cantos. As teias de aranha, o pó e a própria destruição da casa dão um ar de terror e o buraco no tecto contribui ainda mais para o ambiente inóspito.

A porta a bater violentamente sobressalta-me e eu viro-me, encarando a figura. Os meus olhos quase me saltam das orbitas quando encaro a criatura.


-Tu? O que fazes aqui?- Questiono estupefacta. Ela sorri maliciosamente e dirige-se vagarosamente até mim. Mantenho-me estática no meu lugar enquanto ela vagueia à minha volta. De súbito, as suas mãos atacam o meu cabelo puxando-o com uma força imensa, fazendo-me cair no chão e vociferar de dor e surpresa.


- Surpreendida por me ver?- Indaga venenosamente.


-Kayla... eu não te ensinei a ser mais... subtil?- Ele finalmente aparece, vindo dos confins da casa.- Parece que afinal, sempre tiveste coragem de aparecer.- Murmura n minha direcção, olhando-me com um brilho frio nos seus olhos horripilantes.


-Eu disse que vinha.- Digo, lutando contra a dor que a morena ainda infringe na minha nuca. Aaron faz uns gestos para Kayla e ela larga-me o cabelo, revistando-me e prendendo-me as mãos num nó apertado. Aquela sensação outra vez.- Eu não vou fugir nem tentar matar-vos.- Comento.


-Está calada.- Ela cospe.


-Calma.... Vamos deixar a nossa convidada à vontade.- Aaron passa-me a mão na face, mas desta vez eu não me esquivo. Mantenho-me firme no meu lugar sem deixar transparecer alguma emoção.- Diz-me Summer... como estás?


- Porque é que fazes isto? Porque é que vocês fazem isto?- Inquiro, ignorando a sua pergunta.


-Nãos sejas demasiado curiosa. Esse é um dos teus defeitos, meteres-te onde não és chamada.- Kayla remata. Eu olho-a, não querendo acreditar que esta é a rapariga com quem falei pela primeira vez quando cheguei aos estábulos. E talvez agora eu comece a ter uma vaga ideia sobre o que Kyara, a gémea Hippie, me quis dizer quando me disse para ter cuidado com algumas pessoas.


-Kayla, nós podemos sempre dizer-lhe. Afinal, são apenas mais uns minutos e... ela até que merece uma explicação. Enfim, todos merecem ter as suas dúvidas esclarecidas antes de partir certo?- Pergunta retoricamente.- Começo eu, ou começas tu?- Inquere para a morena que dá de ombros.- Eu começo então.- Diz, sacando um revolver do cós dos seus Jeans, rodando-o no seu dedo.

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