Stay ➵ N.H

Forthy Four

Eu não sinto a consciência regressar a mim, nem os meus olhos a abrir sequer. O que eu dou conta é de estar a fitar o tecto há já um bom pedaço, sem dar conta. Existe um peso estranho em mim. Algo quente e que emite barulhos estranhos. E esse algo, afinal é alguém.

A figura loira de Niall encontrasse num estado de sono profundo. Quando viro a minha cabeça ligeiramente consigo encarar as suas feições relaxadas e o seu cabelo desgrenhado enquanto um dos seus braços me fixa à cama. Os meus dedos intrusivos viajam até ao seu cabelo, percorrendo-o levemente em círculos quase com medo de tirar a tinta loira que encobre o castanho visível nas raízes. Ele respira passivamente e o seu peito choca levemente com o meu a cada inspiração. O seu ressonar é algo de leve que por vezes se torna mais audível.

Denoto o topo dos seus ombros descobertos e puxo o simples edredão torcido que nos cobre mais para cima. Só no momento em que a ponta dos meus dedos toca na sua pele despida eu me pareço dar conta da realidade. Nós dormimos juntos. E mais do que isso, nós fizemo-lo. Fizemos a ligação mais forte entre os nossos psicológicos e físicos, e dizer que foi óptimo seria um eufemismo.

Na minha perspectiva as relações sexuais nunca foram o mais importante numa relação. Porque, na sua maioria, eram apenas uma fonte de prazer. Mas esta noite, esta noite eu senti o verdadeiro significado oculto nos actos. E descobri que não se tratava apenas de sexo mas sim de algo afectivo, emocional.

-Humm.- A figura a meu lado sobressalta-me ao resmungar algo antes de abrir os seus olhos dilatados e os fixar em mim. Ele inspirou bem fundo e com um sorriso disse- Bom dia.

-Bom dia.- Eu curvo os meus lábios num sorriso leve mas puramente verídico.

-Estás acordada há muito tempo?- Murmura com a voz um pouco arranhada do sono.

-Não sei ao certo. Mas relativamente pouco, suponho.- Divago. Ele remexe-se, apoiando a cabeça na sua mão e desviando alguns cabelos esvoaçados da minha cara.

- Estavas a ver-me dormir?- Inquere, observando a minha cara, até parar nos meus olhos.

- Mais ou menos. A pensar mais propriamente.

- Não posso julgar-te. Eu próprio já o fiz muitas vezes contigo.- Admite.

- Ah sim?- ergo-lhe a sobrancelha, ele sorri.

-Os teus olhos ficam desproporcionais quando fazes isso.- Divaga.- É tão agradável de ver os teus olhos de perto.

-Eles são estranhos. Não têm cor.

- Eles têm. Uma das mais bonitas se queres saber. Mas a cor que transmite ao meu psicológico é mais bonita do que qualquer outra.- Diz docemente. Ele faz-me feliz, faz-me sentir algo que eu não sentia há anos.

-Sinto que és tudo o que eu tenho.- Digo repentinamente.- O melhor que tenho…- Digo.- Tu és a melhor parte em mim.

-Eu sou a parte pior de ti.- Ele corrige e ri um pouco.

-Somos a pior parte um do outro.- E rio.

-No entanto a melhor.

- Isso é contraditório.- Digo.- Mas pura verdade. És a melhor parte do meu coração.- Afirmo.

-E quantas partes tem o teu coração?- Ele inquere.

- Tem apenas duas grandes variáveis. A responsável pelo meu passado, pelo meu medo, pelas memórias, pela tristeza, pelas injúrias, pela ingratidão… mas ainda assim um pouco agradável. E a parte que se começou a centrar em ti à medida que o tempo passou. Tu és a grande parte dela agora. Tudo a meu lado poderia estar destruído, e está mesmo, que apenas com a tua presença eu estaria bem. É isso que acontece. Tu fazes-me sentir como eu nunca me teria sentido antes. Mesmo continuando destruída interiormente e assustada, todas as sensações que me transmites são relaxantes, calmante e fazem-me esquecer que o mundo é um campo de batalha. Fazes-me esquecer as coisas más, as coisas cruéis. No entanto, quando discutes comigo parece que um punhal é cravado no meu coração. Por causa da minha personalidade naturalmente orgulhosa, mas sobretudo pelo medo que tu te afastes e eu perca tudo. Que perca o único raio de luz que tenho. Eu não me sinto dependente de ti. Mas por outro, se tu me faltares, eu converto-me em nada. Apenas porque só de pensar nisso o meu estomago desce e o meu coração esmigalha-se.- Falo.- E quando penso em te perder para a morte, as sensações são devastadoras. Porque no final, a morte foi a responsável por toda as minhas perdas. Eu odeio a morte.- E ao completar estas palavras, eu sinto os meus olhos molhados e uma sensação de nó na minha garganta. Eu acabara de admitir grande parte dos meus sentimentos em voz alta. E isso é algo que eu nunca pensei fazer.

Os braços do loiro apertam-me fortemente, mas não no intuito de me magoar. Apenas em sinal de compreensão e apoio mutuo. Eu sei que muito provavelmente ele me poderá achar fraca, débil e uma triste. E de facto é o que eu sou.

Uma pessoa forte conseguir-se-ia aguentar por ela própria. Conseguiria lutar pela felicidade. Nunca se deixaria abater. Mas eu, por muito que eu tente ser forte, eu sei que não aguentaria tanto tempo assim. Eu sou uma cobarde. Enquanto que as pessoas não têm medo da morte eu odeio-a. Odeio-a porque ela tirou-me tudo. Mas por muito bom que fosse culpabiliza-la eu não deixo de lado a culpa. Eu sei que eles morreram por mim. Que se não fosse eu, eles estariam bem. E isso é algo que nunca ninguém conseguirá apagar. Nem mesmo o Niall.

- Tu és forte Summer. De uma maneira frágil mas és.- Ele diz depois de um período de reflexão de ambas as partes.- Isto é uma antítese. Eu sei mas tu és assim. Forte de uma maneira frágil. A tua personalidade, a tua garra… tu passaste por tanto em tão nova. Tu ficas-te praticamente sozinha e estás aqui agora. Deixas-te a tua terra natal, estás aqui. Perdeste a tua única felicidade aqui e… no entanto tu estás aqui. Passas-te três semanas em cena de rapto e estás aqui. Estás aqui comigo. E… mesmo assim eu sei que não te consideras forte. Mas tu és. Mais do que possas imaginar. Mais do que eu fui. Tu és alguém forte. Mas és alguém forte fragilizado. Denoto isso nas tuas baixas. Noto isso no teu olhar quando ficas mais exposta. - Ele comprime os lábios contra a minha nuca.

- Tu também és forte.- Eu digo em tom de voz baixo, preso pelo ardor nos meus olhos.

- Eu posso ser alguém minimamente forte. Mas tu és um verdadeiro Hercules.- Eu ri levemente pela sua comparação.

- No entanto, Hercules era humano e poderia ser destruído com apenas uma flecha.

- Ele poderia sempre alcançar a sua imunidade. E tornar-se deus. Mas preferiu ser um herói. E é isso o que tu és. Uma heroína.

- Eu nunca fiz nada por ninguém Niall.- Retorno.

- Sim, tu fizeste. Mesmo que não tenhas percebido tu salvaste-me de uma forma que apenas tu conseguirias. E para me salvares tu estás a por a tua vida em causa. E é isso que os heróis fazem. Eles sacrificam-se pelas pessoas. E tu sacrificas-te todos os dias por mim desde que aqui chegaste.

Não posso negar uma certa veracidade das suas palavras. Eu sacrifico-me por ele. Afinal, se ele se for… a única parte boa que há em mim vai também. Eu estou condenada a isso, estou condenada. Fui condenada por um pequeno erro. Um erro que pode ter tanto de bom como de mau. E agora, resta-me lutar.

Omg fiquei tão emocionada por terem gostado do outro capitulo, I mean eu não sou expert em cenas de humhum e o que eu queria mesmo transitir era a mensagem de que o s*xo nao é tudo mas sim os sentimentos and... acho que entenderam a ideia sim? Ah e uma coisa interessante, a minha fã numero 1 (awn <3 ) a Mcflurrydeoreo falou vagamente em casamento <3 querida podes casar-te com os meus personagens awn <3 mas não te garanto que aja casamento :3 sou má muahahhaha oh god

não estou bem.

Omg gente a visita de estudo foi tão OMG! foi de loucos!!!!!!!! alguém de Viana do Castelo/Vila nova de Cerveira???? omg eu dormi na pousada da juventude e foi tipo deus do céu :OOOOOOOOOOOO omg pronto vou parar! acho que vou dormir, tenho a cabeça passada, completamente ::OOOO

Omg 

question:

Se pudesses ter um dia que pudesses apagar se corresse mal, o que farias?- Eu fugia de casa, procurava os 1d,, invadia o que quer que fosse que eles estivessem. Declarava-me à minha crush pahahhhaha omg fazia tanta coisa mais :3

OMG

Xxspoon