O meu cérebro não tem mão nas minhas ações enquanto as minhas pernas caminham furiosamente ansiando notícias de tudo. A mobília, antes bem arrumada do meu quarto, encontra-se agora totalmente espalhada numa bagunça total. A ânsia dos últimos dias é descrita através de toda esta desarrumação. Papeis, roupa… tudo disperso no chão parcialmente descoberto do meu quarto.
-Porque é que ele não diz mais nada.- Eu resmungo, desferindo um enorme pontapé que desencadeia um estrondo ainda maior ao movimentar uma das gavetas da cómoda. Ele deveria ter-me ligado se tudo corre-se bem. No entanto passaram quatro horas desde o seu último contacto e a ansiedade toma conta de toda a minha pessoa. Eu sabia que deveria ir com ele. Independentemente do que acontecesse a culpa de toda esta situação é minha. E a triste e pesarosa ideia de imaginar que eles lhe possam ter feito algum mal é torturante. Embora eu saiba perfeitamente que tal é inevitável.
Arrasto os meus pés até ao parapeito da grande janela do meu quarto, ficando a encarar a entrada. Lembro-me do dia em que a vi entrar por aquele acesso. Com a mala a saltitar entre o espaçamento do paralelo enquanto os seus olhos prateados olhavam atentamente para tudo o que a rodeava. Não estava contente pela vinda dela. Seriam mais pessoas a correr risco e praticamente a odiei por isso. Nessa altura saí do quarto violentamente mas por ironia do destino a loira tropeçou nas escadas espaçadas e caiu nos meus braços. Estranhamente assim que os seus olhos embateram nos meus e pareceram perfurar todos os meus demónios o meu ódio foi em crescendo e a partir daí tudo o que fiz foi tornar a vida dela num inferno. Cheguei mesmo a mentalizar-me de que ela era uma miúda mimada. Mas é muito difícil manter essa ideia quando comecei a saber coisas sobre ela. Perceber um pouco a sua vida.
Os meus pensamentos são subitamente interrompidos quando um carro negro irrompe pela entrada. Quase instantaneamente as minhas pernas começam a mover-se rapidamente até ao exterior quase caindo nas várias esquinas da casa e novamente ao tropeçar no paralelo. Assim que a porta traseira do carro se abre e demonstra um Liam com a figura loira nos braços o meu coração parece despertar.
- Finalmente.- Largo um suspiro que não sabia que estava a conter e rapidamente me dirijo à figura alta do moreno, pedindo-lhe a cessão da figura para os meus braços, a qual me é concebida. Ao sentir o seu peso nos meus braços um sorriso involuntário cresce nos meus lábios.
- Tem cuidado Niall. Ela está mal.- Ele alerta-me e eu ergo-lhe uma sobrancelha. Ela está aqui, comigo, viva. Como é que ela pode estar mal?
E só nesse momento eu olho realmente para a sua figura. O seu cabelo dantes reluzente, brilhante e sedoso encontra-se absolutamente oleoso, emaranhado e sujo. A sua cara angelical embora numa forma passiva de descontracção está repleta de sujidade e cortes. Todas as suas roupas estão rasgadas, lamacentas e desprezíveis. Eu olho para Liam, que me dá um olhar indecifrável.
-Ela já foi vista por um médico. Não tem nada partido mas tem muitas mazelas e cortes. Tem as defesas em baixo e uma desidratação aguda. Sabes o que tens de fazer certo?- Ele inquere-me seriamente e eu assinto em compreensão. –Vais ter de lhe explicar muita coisa.- Ele constata o óbvio e eu limito-me a assentir novamente. Ele imita-me num gesto quase imperceptível e prepara-se para entrar no carro.
-Liam.- Eu chamo, e ele levanta a cabeça até ao meu olhar.- Apanharam-no?- Eu questiono-lhe e o moreno parece ponderar em responder.
-Não sei. A equipa está atrás dele.- Ele informa-me calmamente.
-Obrigada.- Suspiro.- Por tudo.- Ele assente no seu gesto habitual de dizer “é o meu trabalho”. Segundos depois o carro arranca e abandona o local. Encaro a figura nos meus braços que dorme pacificamente. Viro o meu corpo e começo a dirigir-nos para dentro de casa, tendo especial cuidado para não correr o risco de a deixar cair. Empurro a porta do seu quarto com o pé e deposito o seu corpo na cama. Deixo-me estar de pé e contemplo todo o seu corpo. Ela está visivelmente mais magra. As suas roupas para além de lama e rasgões possuem grandes marcas de sangue. Os seus pulsos magros têm marcas em sangue do que aparentam ser cordas.
A culpa involuntária apodera-se de mim e um peso inconfundível e há muito esquecido começa a formar-se nos meus olhos. A mulher que outrora me fazia frente e irritava parece irreconhecível nesta figura lastimosa. Pior? A culpa é única e exclusivamente minha e eu não o podia estar a sentir de maneira pior. Por muito que digam o contrario e que eu por vezes o negue eu não passo de um caralho que arrasta pessoas para o seu problema. Um problema que estaria resolvido se eu não tivesse uma sede de vingança imensa.
Uns murmúrios abafados surtem dos lábios cortados da figura que se começa a remexer levemente. Relutantemente os seus olhos abrem-se, piscando enquanto se ambientam à luminosidade. Ela começa a olhar em volta e estremece quando parece sentir os seus membros livres. O seu olhar move-se para mim e eu aguardo ansiosamente que ela diga algo. Simples palavras. Alguma coisa que me fizesse senti-la viva. Alguma coisa que me fizesse sentir menos culpado e de certa forma…algo que me fizesse sorrir.
OMG é o 2 POV do Niall :OOOOO o que acharam hum????? o que irá a Summer dizer ??? Omd i cant believe que ja estou no capitulo 34 :OOOOO meu deus :OOO
Muitissimo obrigada pelo exelente progresso nesta fic, nunca pensei ter nem um terço do reconhecimento que estou a ter, e muito menos pensei que teria tantos comentarios em resposta as minhas perguntas :o isto é fantastico really! muitissimo obrigada por todo o vosso apoio indireto e direto <3
Pergunta de hoje:
Como a fic é uma boa parte sobre cavalos e que a nossa Summer é veterinaria a pergunta que eu vos queria fazer era se já algum dia andaram a cavalo? se sim descrevam esse momento. Se não, gostavam?- Eu pratico desde o seis anos eqitação, já parti um braço e já cai 7 vezes mas sobrevivi para contar a História xDé um sentimento surreal e sem duvida algo que eu não poderia retirar da minha vida. Neste momento estou num Break porque está frio aqui no norte e o local onde ando é ao exterior. Mas não tenciono desistr, nunca na vida. Salto 80 cm (bem bom porque não temos cavalos altos, mas os Garranos são aquela coisa perfeita sabem?) e equitação de trabalho. Adoro *-*
E qual o vosso animal preferido? - Como já devem ter percebido o meu animal preferido é sem duvida o cavalo. Desde pequena que os comecei a tentar desenhar, a colecionar miniaturas e a pedir livros sobre eles. Tenho uma relação conectiva com os cavalos que monto, não tanto como a da summer e do sunlight mas sem duvida algo magico e envolvente :D Mas infelizmente não tenho nenhum cavalo mesmo meu.
Têm animais de estimação? Se sim quais? Se não, gostavam?- EU tenho três cães *.* um Pastor puro, Rex. Um Yourshire Terrier, o simba e um pastor cruzado de doberman,o Max. Eu adoro animais pordem ter certeza! E estou sempre a tentar convencer a minha avó a arranjar mais! Porque eu adoro estar com eles, brincar e falar! Se tivesse mais um cão chamar-lhe-ia Harry ou Larry. Só porque gosto do nome '*-*
é tudo por hoje acho eu :/
XxSpoon
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Stay ➵ N.H
Teen Fiction-Ela apenas desejava que alguém fosse o ficar de que precisava.-