Stay ➵ N.H

Forthy Three

- Tem cuidado.- Liam murmura com os lábios antes de abandonar a casa.- Tchau Niall.- Ele despede-se e sai. Fecho a porta e reviro sobre os meus pés, sem olhar para trás.

-Espera, Summer!- O loiro recém-chegado chama-me mas desta vez eu iria fazer o que ele fez comigo. Com razão suponho.- Summer!- Ele alcança o meu braço mas eu sacudo-o.

-Agora não Niall.- Bufo, demonstrando claramente a raiva acumulada no meu corpo.

- Tu tens de me ouvir!- Ele meio que exige e eu rio ironicamente e viro-me na sua direcção.

-Ouvir-te? Ouvir o quê? Ouvir desculpas esfarrapadas sobre os porquês de não me teres dito que o Aaron está à solta e que nos quer mortos aos dois? É isso que queres que eu ouça?- Inquiro venenosamente. Ele baixa o olhar do meu, confirmando silenciosamente o que eu referi.- Tal como eu disse.- Rio forçadamente.

- Eu apenas não te disse nada porque não te queria preocupar.

- Então a solução foi ficares chateado comigo?

- Argh!- Ele passa as mãos em frustração pela cara.- Eu estava tão transtornado com tudo. Recebi a mensagem do Liam um pouco antes de teres chegado.- Proferiu completamente em stress.- Eu não sabia como reagir. Não sabia o que fazer. Eu só pensava no quão mau poderia ser se ele te apanhasse outra vez e te fizesse passar por algo ainda pior do que já fez.

- Mas eu não te queria preocupar enquanto não tivesse certezas de nada.- Defende.

- Tendo ou não certezas deverias ter-me contado e não arranjar uma estupida discussão e “abandonares-me” sem saber o fundamento de nada.

- Eu sei que fiz mal porra! Eu ia contar-te mas não por agora. Daí ter arranjado o primeiro pretexto que encontrei para camuflar a minha irritação e receio quanto a este assunto.

- Preferiste estragar um período em que a nossa estranha relação estava estável ao invés de me contares logo?

-Tenta compreender Summer. Eu só queria arranjar alguma solução antes de te preocupar com estas merdas.

-Não são merdas Niall. São as nossas vidas que estão em jogo.- Relembro.

- Eu sei. Summer o que eu mais quero é manter-nos a salvo. A ti em especial.- Diz.- Mas não é fácil só por seres quem és. E eu não facilito as coisas ao agir de cabeça quente e deixar-te aqui em casa quando não está cá mais ninguém.- Repreende-se a si próprio.

- Se me queres manter a salvo, mantem-te a salvo primeiro. Porque se tu fores, tudo o que há em mim vai contigo.

- É reciproco. Tu dominaste-me completamente.- Admite e posso ver os seus olhos oceânicos sinceros, algo que me faz sorrir.

- Eu poderia concordar, porém não o vou fazer. Nenhum de nós controlou o outro e ainda bem. Uma vez que eu me deixei apaixonar pelo teu “eu” sendo um idiota, estupido, rude com uma faceta algo de carinhosa. Se eu te tivesse controlado tu não eras a mesma pessoa. Eras uma distorção da tua realidade e isto não seria verdadeiro.

-Como sempre, tens razão.- Ele sorri abertamente e dando um largo passo ao longo do corredor, envolve-me docemente para um abraço.- Desculpa ter-mos discutido. Tu sabes que eu não mudo.- Eu rio com a sua afirmação e aperto os braços no seu pescoço.

- Eu sei que não mudas.- Confirmo. E algo bate no meu cérebro.- O que me querias dizer?

-hum?- Ele inquere confuso, afastando ligeiramente a cabeça para me encarar.

- De manhã. O que me querias dizer quando me chamas-te?- Explico.

-Oh…isso.- Ele sorri docemente.