25. Despedidas e Novos Sentimentos

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NOAH URREA

Malas prontas, quarto totalmente vazio.

Com carinha de choro, mas ainda sim com as quatro malas ao seu lado e o passaporte em mãos. Ela estava indo, havia confirmado isso e não teria jeito de impedi-la depois de tudo que já estava pronto e cada ''não'' que a mesma respondia quando tentava novamente.

Estava a perdendo e por mais que não tivéssemos nada, eu gosto dela e não posso impedir meu coração de sentir esse sentimento que está dentro do meu coração.

O arrependimento de não ter a valorizado quando estive perto dela, tomava conta de mim e a vontade de abraça-lá e não deixar que ela saísse de perto de mim, me consumia. Eu queria que isso fosse mentira e queria protege-lá daquele desgraçado que estava a obrigando a fazer algo que não queira, obrigando a ficar com ele e a ameaçando de consequências que seria tomadas caso não cumprisse. Minha filha estava em jogo, eu estava em jogo e principalmente a vitima de um relacionamento abusivo no passado.

Sabia que iria acontecer algo, sentia e quanto mais tocava em meu coração, mais era a vontade de fugir com a mesma para bem longe do filho da puta.

Compreender e colocar no lugar da mesma, era horrível de uma forma tosca de se ver. Vê que cada minuto que se passava no relógio ao meu pulso, era aterrorizante. Eu não queria que ela fosse, mas como impediria?

Deitada em meus baraços junto a Maria Alice, Sina aproveitava os últimos momentos antes partir para Alemanha e talvez nunca mais voltar. Tivemos que conversar com Mali sobre a ida de Sina, pois depois de chama-lá de mamãe tinha certeza que não seria fácil vê-lá partir para longe.

Mali chorava nos braços de Sina e a mesma tentava a acalmar, mas a saudades e a tristeza contornava ao corpo de nossa filha e Sina e muito menos eu, não sabíamos o que fazer.

Sabina havia saído e se despedido de Sina e de mim após confirmar a mudança para casa do suposto namorado. Sina ficou muito triste em saber que a mesma realmente saiu de sua casa e que mesmo depois de terem se resolvido, não ficaria com o apartamento para ela até que a loira voltasse. Sina mesma até pensou na solução de vender o apartamento, mas não deixaria isso acontecer, uma hora ou outra ela teria que voltar e não poderia ficar sem casa para quando isso acontecer. Então tomei a liberdade e cadastrei o nome do apê também em meu nome, pagaria seus benefícios enquanto estivesse fora e cuidaria do local, para que pudesse mantê-lo limpo e arrumado. Seus moveis continuaria ali e não poderia ser vendido depois de tanto esforço, que tenho certeza, que teve para compra-los.

—Eu não quero que você vá mamãe... quero que fique comigo e com o papai, na nossa casa e morando junto com a gente. Não vá, por favor! —Pedia juntando as pequenas mãozinhas em formato de suplica, enquanto Sina olhava com os olhos cheio de lágrimas deitada em meu colo.

—Oh princesa, não faça isso... eu juro que queria ficar com vocês dois, mas eu não posso te colar em perigo meu amor. Você é a coisinha mais preciosa da minha vida e não poderia arriscar em te perder, mesmo querendo ficar ao seu lado. Eu não posso arriscar! —Falava fazendo carinho nos cabelos platinados da minha filha, enquanto a mesma chorava baixinho na curva de seu pescoço.

Ver aquela cena, me partia o coração. Não queria ver minha pequena sofrer pela mulher querer protege-lá e arriscar a própria vida para o bem maior da pequena criança.

Era incrível como a mesma a protegia de todo qualquer mal e como queria vê-lá feliz e isso piorava cada vez mais minha situação na história toda. Não sabia como seria minha vida depois de sua partida, as noites sem sono iriam vir e as lágrimas seriam mais frequentes do que nunca foi.

Meu Novo Amor | NOARTOnde histórias criam vida. Descubra agora