Meu Novo Amor | NOART

49. Renascimento do Amor

NARRADORA:

Noah não saiu do lado de Sina durante toda a noite. A cadeira desconfortável e o cansaço extremo não importavam para ele; sua única prioridade era a mulher que amava, deitada tão vulnerável naquela cama de hospital. Ele segurava sua mão com cuidado, temendo que qualquer movimento brusco pudesse machucá-la. O som constante dos monitores era um lembrete cruel da fragilidade do momento.

De repente, um movimento dos dedos de Sina chamou sua atenção. Seus olhos se arregalaram quando ela começou a abrir os olhos lentamente. Noah se inclinou para mais perto, seus olhos fixos no rosto dela, esperando ansiosamente por um sinal de que ela estava bem.

— Sina? — Sua voz era suave, carregada de esperança e medo ao mesmo tempo. — Amor, eu estou aqui. Está tudo bem agora.

Os olhos de Sina abriram-se devagar, ajustando-se à luz suave do quarto. Ela piscou algumas vezes, tentando focar, e quando finalmente conseguiu, viu Noah olhando para ela com uma expressão que misturava alívio e uma dor profunda.

— Noah... —Sua voz saiu fraca, quase um sussurro, mas para ele, foi o som mais maravilhoso do mundo.

— Eu estou aqui, amor. — Ele apertou a mão dela com mais firmeza, um sorriso pequeno e trêmulo curvando seus lábios. — Você está segura. Nosso bebê está seguro.

Sina tentou sorrir, mas a exaustão era evidente. Ela sentia o corpo pesado, a mente confusa, mas a presença de Noah ao seu lado a tranquilizava de uma forma que palavras não poderia expressar.

— E... e Maria Alicie? — Sina perguntou, sua voz carregada de preocupação.

Noah sorriu, tentando acalmá-la. — Ela está bem, amor. Está com Josh e os outros. Eles estão cuidando dela. Ela perguntou por você e eu disse que logo você estaria em casa.

— Eu... eu pensei que não te veria de novo. — Sina confessou, os olhos se enchendo de lágrimas.

Noah balançou a cabeça, emocionado, enquanto uma lágrima solitária escorria por sua bochecha. — Eu nunca viu deixar isso acontecer. Nunca mais.

O silêncio que se seguia era cheio de entendimento. Eles haviam passado por algo terrível, mas estavam juntos. E, naquele momento, era tudo o que importava. Além disso, Sina sabia que Maria Alice, que já se tornara como uma filha para ela, estava esperando por seu retorno.

Enquanto o tempo passava, Noah não soltou a mão de Sina. Ele sabia que ainda havia um longo caminha pela frente, mas naquele instante ele só queria estar ao lado dela, protegê-la, amá-la. O peso do que havia acontecido ainda pairava sobre eles, mas juntos, sentiam-se capazes de enfrentar qualquer coisa.

Quando uma enfermeira entrou para verificar os sinais de Sina, Noah se afastou apenas o suficiente para permitir que ela fizesse seu trabalho, mas seus olhos nunca deixaram os dela.

— Sina, vamos superar isso, juntos. — Ele prometeu, a voz firme e cheia de determinação. — Eu vou cuidar de você, da nossa bebê e da Maria Alice, não importa o que aconteça.

Sina olhou para ele, sentindo o calor e o amor em suas palavras, e soube, com mais certeza do que nunca, que poderia confiar em Noah para sempre.