57. Boas-vindas e Tensões

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O dia estava movimentando no apartamento de Noah e Sina. A mesa da sala estava cheia de petiscos, sucos e algumas garrafas de vinho, preparadas com carinho para receber os amigos mais próximos. Era uma celebração, um encontro especial para dar as boas-vindas à pequena Sophia, que dormia pacificamente no berço, sem ter ideia da agitação à sua volta.

Sina terminava de ajeitar as almofadas no sofá quando a campainha tocou. Ela abriu a porta, sendo recebida por um coro de vozes alegres.

— A mamãe do ano! — exclamou Sabina, abraçando Sina com força. — Como você está, minha linda?

— Exausta — Sina riu, retribuindo o abraço.

Logo atrás de Sabina estavam Savannah, Heyoon e Krystian, que entrou na casa com um sorriso radiante e os braços abertos.

— Eu não acredito que finalmente vou conhecer a pequena Sophia! — ele disse, abraçando Sina e lhe dando um beijo na bochecha. — E ver se o gostosão do Noah está mesmo à altura de ser papai de duas princesas.

Sina riu, enquanto Savannah e Heyoon também a cumprimentaram. Ao fundo, Noah apareceu segurando Maria Alice pela mão.

Maria Alice correu para abraçar Sabina, que era praticamente uma tia para ela, seguida por Krystian, que a levantou no ar e rodopiou.

— E o que temos aqui? — perguntou Sabina, olhando para Noah com um sorriso travesso. — O papai do ano. Ainda bem que você escutou meus concelhos, hein, Sina? Ficou com o gostosão da casa, né Deinert? — ela provocou, piscando de forma brincalhona.

Sina ficou vermelha, rindo envergonhada enquanto Noah sacudia a cabeça com um sorriso.

— Você não perde uma chance, né, Sabina? — Noah retrucou, pegando Maria Alice de volta dos braços de Krystian.

— Nunca! — Sabina respondeu, jogando o cabelo para trás.

Logo após, a campainha tocou novamente, e Sina foi abrir a porta para Any e Josh, que chegaram animados, acompanhados por Pepe, o namorado de Sabina. Todos se cumprimentaram com abraços e risadas, enchendo a casa com um calor familiar que Sina não sabia que estava precisando tanto.

— Prontos para conhecer a nova integrante? — Noah perguntou, com um sorriso orgulhoso, enquanto levava todos até o berço de Sophia.

— Ah, meu Deus, ela é tão pequenininha! — exclamou Savannah, olhando para a bebê adormecida com ternura. — E tão linda!

— Ela é a cara da mãe, com certeza — disse Krystian, abraçando Sina de lado. — Nada contra você, Noah, mas a beleza aqui é dela.

Noah apenas riu, acostumado com as provocações de Krystian.

— Tudo bem, eu aceito isso — ele brincou, enquanto Josh e Pepe davam risadas.

O grupo de acomodou pela sala, cada um pegando um petisco e trocando histórias. Eles riram, conversaram sobre os dias antigo e sobre os novos desafios de Sina e Noah como pais de duas meninas. Maria Alice estava radiante com a atenção de todos, especialmente de Any, que sempre trazia um presentinho quando vinha visitá-la.

— Você já voltou a estudar, Sina? — perguntou Heyoon, em meio à conversa.

Sina balançou a cabeça, suspirando.

— Ainda não. Na verdade, eu estou pensando em não voltar tão cedo. Tem muita coisa acontecendo, e eu não sei se é o momento certo... para qualquer coisa, na verdade.

Krystian, sentado ao lado dela, apertou sua mão com apoio.

— O importante é você se cuidar e cuidar das meninas. O resto pode esperar.

O resto da tarde foi descontraído, com conversas fluído facilmente, piadas e momentos de ternura ao redor de Sophia. A casa estava cheia de risos, algo que Sina e Noah não tinham experimentado há algum tempo. Por um momento, o cansaço e o estresse deram lugar ao calor da amizade.

Quando o dia começou a escurecer, as visitas se despediram, uma por uma, deixando Sina e Noah com um raro silêncio. Maria Alice já estava na cama, exausta depois de tanto brincar, e Sophia ainda dormia tranquilamente no berço.

Noah trancou a porta, suspirando aliviado, e se virou para Sina, que estava sentada no sofá, com os olhos semicerrados de cansaço, mas com um sorriso suave no rosto.

— Acho que foi um sucesso — ele disse, sentando-se ao lado da loira.

Sina assentiu, encostando a cabeça no ombro do namorado.

— Foi ótimo ver todo mundo. Estava precisando disso.

— Eu também — Noah respondeu, passando um braço ao redor dela.

Por um momento, eles ficaram em silêncio, apenas aproveitando a quietude que finalmente havia chegado. Sina fechou os olhos, sentindo o calor do corpo de Noah ao seu lado. Fazia tanto tempo que eles não tinham um momento só deles, e, apesar do cansaço, ela se sentia estranhamente desperta.

— Eu amo você — ela sussurrou de repente, sem abrir os olhos.

Noah virou o rosto para ela, surpreso com súbita declaração.

— Eu também te amo — ele respondeu, beijando o topo da cabeça dela.

Sina levantou o olhar, seus olhos se encontrando com os dele. Algo no ar entre eles mudou, e, antes que percebesse, ela o estava beijando, de forma lenta, porém cheia de desejo. Noah retribuiu o beijo com a mesma intensidade, seus braços envolvendo Sina, puxando-a mais para perto.

Por um momento, eles se esqueceram de tudo - dos bebês, das fraldas, das noites mal dormidas. Era apenas, eles dois, como antes, e o calor entre eles crescia rapidamente.

Noah a puxou para seu colo, as mãos deslizando pela cintura de Sina, e ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Os beijos ficaram mais intensos, e suas respirações mais rápidas. Noah gemia baixo contra os lábios de Sina, o desejo pulsando em seu corpo.

Mas, de repente, Sina se afastou, o rosto corado e os lábios inchados pelos beijos. Ela riu levemente, se fôlego.

— Ainda não podemos... — ela sussurrou, com uma expressão divertida, referindo-se ao puerpério.

Noah fechou os olhos, frustrado, mas também rindo da situação.

— Você vai me matar, Deinert — ele disse, sua voz rouca. Ele olhou para baixo, percebendo o efeito imediato que Sina tinha causado em seu corpo.

Sina riu, mordendo o lábio inferior.

— Considera isso um castigo por me deixar sozinha com as fraldas de madrugada.

Ele gemeu novamente, mas desta vez, de frustração pura.

— Você é cruel, mulher.

Ela apenas deu de ombros, levantando-se do colo dele e voltando para o quarto, deixando Noah sozinho, ainda respirando pesadamente e completamente excitado, piorando cada vez mais ao ver a grande e redonda nádega de sua namorada o provocando ainda mais.

— Vou precisar de um banho frio — murmurou para si mesmo.

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