Meu Novo Amor | NOART

52. O Primeiro Choro

O carro deslizava pela estrada em alta velocidade, enquanto Noah mantinha as mãos firmes no volante, lutando para manter a calma. O pânico e a excitação pulsava em seu peito a cada olhar furtivo que lançava para Sina, que respirava profundamente ao seu lado. Seus olhos, uma mistura de apreensão e expectativa, não escondiam a ansiedade. O momento havia chegado.

— Como você está? — Noah perguntou, a voz baixa, tentando conter a própria agitação.

— Eu estou bem... — Sina respondeu, sua mão apertando a de Noah. — Só preciso que tudo corra bem.

— Vai correr. Estamos quase lá — ele garantiu, mesmo que o medo sussurrasse o contrário em sua mente.

Assim que chegaram ao hospital, tudo aconteceu em um ritmo vertiginoso. Médicos e enfermeiros rapidamente rodearam Sina, levando-a para a sala de parto. Noah, a passos rápidos, acompanhava cada momento, sem querer se afastar dela por um segundo sequer. Sina estava calma, mas ela sabia que, por dentro, o turbilhão de emoções era inegável.

Dentro da sala de parto, o ambiente era uma mistura de luzes fortes, vozes instruindo com firmeza, e o som constante do monitor cardíaco. O tempo parecia dobrar, com cada minuto se estendendo enquanto Sina se preparava para dar à luz. Noah segurava sua mão, passando-lhe força, mesmo que ele próprio estivesse à beira de perder a calma.

— Está quase, amor — ele murmurou, acariciando sua testa, enquanto ela se preparava para a próxima contração.

Os minutos seguintes foram um borrão de esforço e concentração. Sina, apesar da dor intensa, se manteve forte, focada no momento que mudaria suas vidas para sempre. E então, um som que eles jamais esqueceriam preencheu o ar.

O choro.

O primeiro choro de sua filha.

Noah sentiu uma onda de emoção tomá-lo, as lágrimas queimando seus olhos enquanto olhava para Sina, cuja expressão exausta agora se suavizando em puro alívio e amor. Os médicos limparam e embrulharam o bebê antes de entregá-la a Sina, que segurou a menina com cuidado, lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Ela é... perfeita — Sina sussurrou, mal conseguindo acreditar que aquele pequeno ser em seus braços era parte dela, parte deles.

Noah, com os olhos marejando, se inclinou para olhar mais perto a pequena menina que havia acabado de chegar ao mundo. Ele sorriu, o coração explodindo de amor e gratidão.

— Nós conseguimos — ele disse suavemente, beijando a testa de Sina e depois a pequena cabeça da filha.

Enquanto observavam a nova vida em seus braços, Noah percebe que, apesar de todos os desafios que tinham enfrentado, eles estavam exatamente onde precisavam estar: juntos, como uma família.

— Acho que ela estava ansiosa para nos conhecer — Sina brincou, soltando uma risada suave, mesmo que exausta.

— Não a culpo. Eu também estava ansioso para conhecê-la — Noah respondeu, sua voz repleta de carinho.

Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas observando a filha, ainda sem acreditar totalmente no milagre que tinham diante deles. Finalmente, Sina quebrou o silêncio, sorrindo.

— E agora? Temos que dar um nome para ela.

Noah olhou para ela, o sorriso em seus lábios aumentando.

— Sim, está na hora de darmos um nome na nossa pequena princesa.

Ambos ficarem em silêncio por um momento como se estivessem refletindo sobre todas as possibilidades, até que Sina, com um brilho nos olhos, disse:

— E se chamássemos ela de Sophia? O que acha?

Noah olhou para e, por um segundo, pensou em como aquele nome carregava a serenidade e a força que sua filha já demonstrava.

— Sophia é perfeito — ele respondeu, a voz embargada pela emoção.

Eles sorriram um para o outro, conscientes de que aquele momento seria lembrado para sempre. Com a pequena Sophia nos braços, Noah e Sina finalmente sentiam que, apesar de tudo o que haviam passado, o futuro estava brilhando para eles.

A nova vida que tinham criado era o símbolo do novo começo que tanto esperavam. E juntos, sabiam que poderiam superar qualquer obstáculo que o destino colocasse em seus caminhos.