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Josh Beauchamp.

- O que você veio fazer aqui saco de batata?

A pergunta sai meio abafada, já que estamos no auge do inverno em Las Vegas fazendo com que a ideia de sequer mexer a boca para falar é bem dolorosa, então preciso falar assim: bem baixinho. Eu nem teria me mexido se a campainha não tivesse tocado anunciando que alguém estava ali, na frente da minha porta. Sem surpresa nenhuma encontro a minha irmã parada usando uns cinco casacos e um gorro de abelha que me dá vontade de ri, mas não faço essa loucura. Gosto da minha cabeça.

- Enfia o saco de batata lá... - arqueio uma sobrancelha definitivamente interessado no que ela tem a dizer. Kim abre a boca várias vezes, mas acaba se calando e depois com um suspiro diz: - Não acho justo eu estar naquela casa imensa com sete empregados e você nesse hotel horrível, sem ninguém - tento contrariar a última afirmação, no entanto, sou levemente ignorado - Tudo bem. Não é exatamente horroroso ou uma casa de prostibulo, mas continua me dando peso na consciência.

- Kimberly, eu realmente gosto daqui e prefiro que você fique na frente daquela lareira da sala de estar bem quentinha  - digo a encarando de forma carinhosa. Não quero que ela banque a garota rebelde que vai me contrariar apenas pra bancar a adulta.

- Josh, amanhã é o meu aniversário - fala como se isso explicasse tudo. Dou de ombros - Isso significa que eu não quero passar a minha última noite com 17 anos sentada com o Gary e a Dytto - explica, enquanto anda até o sofá. Cruzo os braços em tom de autoridade máxima.

- Promete não bagunçar o quarto? - pergunto e, claro, que ela diz que sim - Então tudo bem. Pode ficar - reviro os olhos dando as costas para a dancinha ridícula que ela fez antes de soltar um sorriso de irmão mais velho bem besta.

- Qual é o planejamento de amanhã? - escuto a sua voz de quase 18 anos soando do outro lado do quarto. Passo a mão pela minha barba por fazer.

- Não sei - eu realmente não sabia. Nunca mais falei com a Any desde tudo e não estava em condições de falar alguma coisa com a morena. O certo era que nos encontrássemos amanhã na beira mar para iniciarmos as coisas todas com a Kim, mas não sei mais se isso está de pé.

- Não sabe? - tomo um susto quando escuto a sua voz do meu lado. Faço que não querendo manter a minha compostura - Ok. Não sabe, então vou dormir, ok? - faço que sim e sei que ela vai ficar puta, mas mesmo assim continuo quieto. 

Eu sei que ela não dorme logo, então resolvo dá uma volta pelo hotel. Quando subo de volta encontro a minha irmã roncando tão alto que dói os meus ouvidos. Falta apenas dois minutos para meia noite quando me aproximo da cama sentando do lado dela, enquanto abro a gaveta deixando uma caixinha ao lado dela.

- Feliz aniversário loirinha.

...

- O que estamos esperando? - ela pergunta pela milésima vez. Tenho vontade de voltar e trancar ela naquele maldito quarto, porque nem eu sei o que estamos fazendo ali. 

Faz uns dez minutos que estamos na frente daquela maldita beira mar esperando uma morena aparecer como nos filmes. Eu sou bem idiota de acreditar que ela realmente deixaria o namorado dela pra ficar comigo e coisa do tipo. Não comigo exatamente. Tem a Kim e é aniversário da Kimberly, então bem que ela poderia abrir mão daquele jogador chato uma vez só.

- Quero ir comer - diz e sinto os seus olhos queimando sobre mim - Josh! Quero ir comer - repete. Jogo as mãos para o alto antes de dar as costas indo até o restaurante - Any? - paro me virando.

Encontro o carro vermelho sem teto solar com uma motorista que usa um óculos meio de gatinho, o cabelo preso em um lenço e usando um vestido de bolinha como nos clássicos. Fico meio sem palavras, enquanto Kimberly corre até ela. Meu Deus ela é maluca de usar uma coisa dessas em uma temperatura de - 4C.

- Entra no carro aniversariante - ela pede sendo obedecida imediatamente. Me aproximo devagar a medida que ela se vira pra mim com um sorriso. Me inclino para ficar apoiado na porta do carro fazendo com que os nossos rostos fiquem bem próximos - Desculpa pelo atraso, Kyle - diz e o ar sai pesado.

- Sem problemas. Nem passou pela minha cabeça ir embora - brinco dando de ombros fazendo com que ela ria - Vai sofrer uma hipotermia se continuar sem um casaco - digo fazendo com que ela morda o lábio inferior de uma forma tão sensual que dói.

- Não posso sair do personagem europeu dos anos 80 - explica e vejo os dedinhos das suas mãos tremendo. Faço que não tocando a palma da minha mão no seu braço. Ela me encara, enquanto me levanto - O que foi?

- Você fica bonita assim - sei que ela cora, por isso dou meia volta indo para o outro lado do carro. Kim ficou em silencio e acabo rindo porque ela só fica assim quando precisa entender o que está acontecendo.

- O que nós faremos hoje? - ela pergunta com a voz estridente.

- Iremos nos divertir.



My Teacher  - Beauany 2TempOnde histórias criam vida. Descubra agora