O comunicado - 60

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          Jow chega na sala onde estivera com Diesel, a sala está vazia, exceto por Norffi que o aguardava. Ele pega uma cerveja enquanto espera seus colegas para tratar do pedido de completar a equipe.

          — Andarilho, desculpa te fazer esperar, estava contactando os outros braços e parece que você já encontrou um deles no caminho.

          — É verdade, encontrei o Toupeira agora há pouco, falei com ele.

          — Vamos para o salão, estamos nos reunindo lá, chamei os melhores, já tem gente nos esperando.

          Quando Jow chega no salão com Norffi e Diesel, já haviam cerca de 30 pessoas no local. O espaço é bem grande, há uma mesa em forma de meia lua, onde os braços estão sentados lado a lado na parte reta, de frente aos outros habitantes do lado curvo.

          Assim que adentram o salão, eles vão até a parte reta da mesa, ficando diante dos outros membros do Vilarejo e Diesel começa a falar a todos:

          — Caros colegas, lobos desta grande alcateia. Gostaria de saudar a todos, "Braços da Abadia de Consenso" e "Combatentes da Frente de Defesa". Eu os chamei aqui, porque fomos procurados hoje por um irmão de sangue e meu amigo pessoal, que também possui o cargo de Braço Honorário na nossa Abadia: Jow, o Andarilho Solitário. Ele veio até nós buscando voluntários para partirem com ele em uma missão pessoal. Pode parecer estranho isso assim de imediato, mas se todos estão reunidos aqui significa que ele teve o apoio do nosso sábio Grão Monge. Isso é fácil de explicar: Há alguns anos atrás, muitos de vocês nem estavam conosco, éramos um grupo de rebeldes à deriva no deserto, tínhamos mais pessoas frágeis, mulheres, crianças e idosos, pouquíssimos combatentes e armas. Estávamos somente sob o comando do Monge. Começamos a formar um grupo de batalha quando Jow cruzou nosso caminho, ajudou a nos organizar, e com sua estratégia conquistamos essas terras. Ele ficou um tempo entre nós, depois partiu para continuar sua jornada e hoje retorna com um pedido de socorro, buscando nossa ajuda. Bem... A partir daqui vou deixar que ele mesmo explique.

          — Olá, meus irmãos de clã, meu nome é Jow e tive o prazer de ajudar a conquistar este lugar, toca da nossa alcateia, lar de todos nós. Alguns aqui já estavam no grupo neste tempo e participaram de tudo, os que não estavam, podem perguntar aos membros mais antigos sobre isso, pois não vou contar essa história, não hoje, além de muito longa eu não tenho todos os detalhes. — Jow sorri, as pessoas que o ouvem também. — Só o que vou contar é o que me trouxe de volta e por que preciso da ajuda de vocês. Assim como muitos, eu trabalhei para a Natihvus Corp., depois que saí, me mantive afastado e evitando-os a todo custo, mas agora me encontraram e estão usando de refém uma pessoa pela qual tenho muito apreço para me forçar a fazer uma tarefa da qual eles são incapazes e eu não posso realizar sozinho.

          — De que se trata essa tarefa em questão? — Perguntou Ferrugem.

          — Há alguns anos atrás, houve uma invasão na sede de tecnologia da Natihvus, os invasores estavam atrás de equipamentos e um servidor em específico, que contém a localização exata das munições da maior arma de destruição em massa da terra. Eu era um dos engenheiros responsáveis por todo departamento de dados quando houve a invasão. Assim que percebi a movimentação estranha, fiz a troca do servidor que continha as informações que eles buscavam por um sem importância. Como eu imaginei, eles foram direto na posição exata que ele estava antes, retiraram e o levaram. Assim que se foram, eu fugi com o equipamento e o escondi fora de alcance. Depois de algum tempo fora dos radares, os membros da Natihvus conseguiram me localizar e querem que eu o resgate e devolva aos seus devidos proprietários.

          — Se você já tinha o servidor em mãos, por que não o devolveu aos diretores da Corporação ao invés de fugir? — Questiona Roy.

Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora