A luta da salvação - 71

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          — Há há há há há há! — Zach Gargalha. — Não não, isso não seria muito justo. Vamos pensar em algo que daria uma chance para os dois lados. — Zach novamente vai em direção às mulheres do grupo.

          "Que tal o seguinte: — Ele faz uma pausa e segura o rosto de Melissa e da Cigana pelo queixo."

          "Eu pego duas ou três dessas belezinhas que você trouxe de livre e espontânea vontade até mim, e as levo para a minha tenda, pra ficarem o tempo que eu quiser, fazendo o que eu quiser, e aí quando eu sair vocês estão livres pra seguir caminho. O que acham? É mais justo e todo mundo ganha."

          — Eu tenho uma ideia diferente, que tal irmos você e qualquer uma de nós pra sua tenda e se você sair vivo pode ficar com tudo, se não, estamos livres pra ir embora? — Kalitch levanta a cabeça e diz em tom desafiador.

          — Oh oh oh. — Zach sorri sarcástico. — Brava ela, essa é das minhas. Assim que eu gosto. Adoraria seu desafio, mas não vai ser hoje que vamos disputar quem mata quem. Eu tenho uma ideia mais interessante... Que não sai da minha cabeça desde que chegaram... Quero algo que há tempos não tenho... — Ele aponta para Norffi.

          — Você quer o robô?! — Pergunta Melissa.

          — Não garota, quero uma luta de robôs. Quero um espetáculo de máquinas. Metal contra metal. — Ele se abaixa perto do Norffi — Esse é um daqueles com nome estranho, como é mesmo? É é é é, Corn, Norm, Darfi...?

          — Norffi. — Jow fala em tom de raiva contida.

          — Isso... Norffi. Ele fica maior, não é? Se não estou enganado...

          — Norffi, ativar modo estendido.

          O robô vibra as placas e em segundos passa de um metro de altura para mais de dois diante dos olhos de Zach, que fica maravilhado.

          — Caraca, ele é incrível! Vai dar um ótimo Spahi contra meu Apollo. Que tal fazermos uma aposta aqui agora? Se o seu Norffi conseguir aguentar até o terceiro round eu deixo vocês irem embora com tudo, mas se ele perder antes de acabar o terceiro, é tudo meu, inclusive as meninas... e os marmanjos vão pra casa só de cueca.

          — Feito! Desafio aceito. — Jow responde com firmeza.

          — Ou, por que você não aposta com a própria bunda ao invés da dos outros, garotão? — Victória se dirige a Jow reclamando.

          — Calma Victória, se o conheço bem, ele sabe o que está fazendo. — Melissa cochicha tentando acalmá-la.

          — Ah, então parem com isso, saiam daí, podem tirar as mãos da cabeça e caminhem conosco, vamos para o ringue, preparar nossos lutadores e tomar um whisky artesanal feito aqui mesmo, mas não relaxem demais, meus homens estão de olhos em vocês e têm ordem pra matar ao menor sinal de agressividade hein! Fiquem espertos, não quero ninguém bancando o engraçadinho, não esqueçam que até acabar essa luta são meus prisioneiros. — Diz Zach a todos enquanto vai caminhando rumo ao centro do vilarejo.

          Assim, as luzes nos seus rostos se apagam e eles seguem em fila em direção a um espaço aberto no meio da vila, os capangas os seguem de perto, e como Zach havia dito, eles veem muitos mais homens armados na vila. No centro do vilarejo há um ringue, e ao redor uma arquibancada rudimentar de madeira, feita para aquelas lutas, todo o lugar é iluminado por tochas.

          Na medida que caminham, Norffi cochicha com Jow:

          — Jow, Norffi com medo.

Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora