O que eles veem na parede é o símbolo característico do grupo terrorista chamado Sangue Islamita, se trata de um brasão de armas, formado por símbolos do islamismo: a lua crescente com a estrela de cinco pontas, na frente de um arcaico fuzil AK47 e uma espada Árabe, cruzados sobre um fundo vermelho sangue.
Jow volta-se para a sua preocupação primária:
— Melissa, essas bombas têm que ser desativadas ao mesmo tempo, acha que consegue me ajudar? Só teremos uma chance. Mesmo a menor variação poderia provocar explosão instantânea... não daria tempo de se proteger, por isso, não pode tremer, o desarme tem que ser efetivado na mesma fração de segundo.
— Acho que sim... fiz treinamento antibombas no exército, mas nunca desativei uma bomba em uma situação real.
Eles analisam o dispositivo e veem que se trata de um equipamento bem simples, acionado por um gatilho alinhado pelo fio, qualquer variação no aumento ou diminuição da tensão, fazendo o fio esticar mais ou afrouxar, faz o gatilho acionar os detonadores que explodem a bomba.
— Pelo que eu vi Melissa, eles têm 12 bananas de dinamite com o detonador na ponta, basta retirar com cuidado os detonadores elétricos que ela se torna inativa. Não é difícil, mas temos que ter muito cuidado, um erro e viramos suco no asfalto.
Eles encontram alguns pedaços de metal, ficam o pedaço de metal no chão, ao lado do pino de gatilho de cada uma das bombas para apoiá-lo de forma que ele não se mova e os amarram com cadarços para que fiquem firmes. Se entreolham para confirmar que ambos fizeram a primeira parte, em seguida, seguram firmemente com a mão o interruptor responsável por detonar a explosão. Jow levanta a mão para cima, apenas com o indicador levantado, indicando uma contagem de três, e quando levanta o terceiro dedo, ambos retiram o interruptor, inativando o explosivo.
Logo após desmontar as bombas, Jow adentra o prédio para ver de perto a pintura, Norffi, Hadish e Melissa o acompanham, ele olha atentamente e toca o desenho na parede:
— O que você acha, Jow? — Pergunta Melissa apreensiva com o que vê.
— São os Sangue Islamita, corremos muito perigo ficando aqui. Vamos chamar o Tenente e avisar pra ele, temos que sair sem causar alarde. Eu vou até lá chamá-lo. Enquanto eu converso com o Tenente quero que avisem as suas equipes de rebeldes para se prepararem para partir novamente, mas sem criar pânico.
Então os quatro voltam para o acampamento, Hadish e Melissa vão em direção aos seus colegas de clã e Jow vai falar como o Comandante dos militares.
— Tenente, preciso falar contigo, há algo que precisa ver.
Ele leva o Militar até diante da boca do túnel e mostra para ele a escrita.
— O que tem de mais isso aí? É só uma porcaria escrita em árabe, tem dezenas desses espalhados por essas bandas. Por que me trouxe para ver isso?
— Por que não se trata somente de uma escrita aleatória, é um recado para cristãos que andam por esses territórios. É um versículo bíblico, Jó 38:11 que diz: "E eu lhe disse: Você chegará até este ponto e daqui não passará. As suas altas ondas pararão aqui." É uma ameaça, e não é só isso, chamei Al Hadish para traduzir, e por muito pouco ele não tropeça em um fio que atravessava a estrada vindo desses dois prédios, e quando fomos verificar o que havia nass pontas do fio, olha o que encontramos...
Tenente fica perplexo.
— Se não tivessem visto, provavelmente ficaríamos aqui quando fôssemos sair.
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Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)
Ciencia FicciónO mundo como conhecera já se foi, uma Terceira Guerra Mundial abalou nosso frágil planeta. Matéria nuclear altamente tóxica, agora contamina nossa terra, nossa água, nosso ar. A raça humana fora condenada. Neste ambiente caótico, eis que s...