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Já se passava da 00h e eu estava ainda no hospital com o pessoal, enquanto Chishiya estava lá dentro sendo atendido.

— Usagi: porra, S/N porque você não me obedeceu?

— S/N: eu tô bêbada caralho! Bêbado não ouve ninguém! — olhei pra ela — e eu não atropelei ele de propósito.

— Arisu: quero ver se ele vai te perdoar.

Ignorei seu comentário, e resolvi sair sa sala de espera e fui lá fora. Meu corpo inteiro está mole, e minha cabeça dói muito. Sentei no banco de madeira, e vi o Yoshi se aproximar com uma garrafa de água e me entregar.

— Yoshi: você tem que parar de beber — comentou — pro seu bem.

— S/N: que mais eu tenho que parar de fazer? — perguntei impaciente — parece até que eu matei alguém.

— Yoshi: isso podia ter acontecido..

— S/N: se você veio aqui pra ficar falando merda, melhor sair então. Não tô afim de ficar brigando.

— Yoshi: tudo bem — se levantou e saiu de perto de mim.

Que porra tá acontecendo com eles? Resolveram me julgar do nada?

(...)

Chishiya saiu da sala com o braço enfaixado, e o seu rosto estava com um machucado de leve. Nada exagerado. Arisu foi até ele pra ajudar, e eu suspirei pesado, como se isso precisasse de tanta coisa. Chishiya me olhou de canto com um olhar decepcionado.

— Usagi: vamos embora.

— S/N: me dá a chave do meu carro — falei e ela negou — agora.

— Usagi: não precisa. — seguiu até o estacionamento.

Bufei irritada e quando chegamos lá, os meninos entrou e eu parei Usagi antes dela entrar. Tomei a chave da sua mão com força, e abri a porta do carro.

— Arisu: S/N..

— S/N: Tem como vocês calar a boca e deixar eu dirigir a merda do meu carro? — liguei ele — que caramba, só quero ir pra casa!

Usagi entrou pra dentro batendo a porta, e eu me segurei pra não xingar ela. O caminho todo ninguém disse nada, e eu consegui dirigir tranquilamente. Deixei Usagi e Arisu na casa deles, depois levei Yoshi e por último Chishiya.

— S/N: foi mal pelo braço — falei — não quis ter feito aquilo.

— Chishiya: é mas fez. — respondeu grosso — não precisa se lamentar.

— S/N: como voce é ignorante.. — resmunguei — sai do meu carro!

— Chishiya: Já estou fazendo isso! — abriu a porta e saiu.

Esperei ele entrar pra dentro, e nem se quer ele disse tchau ou agradeceu. Pisei no acelerador e fui direto pra minha casa, provavelmente vou terminar essa noite bebendo de tão estressada que eu estou agora.

(...)

Chishiya Pov

Terminei de me arrumar, e desci pra tomar café. Meus pais souberam do ocorrido, mas não contei que foi S/N que me atropelou. Tive que inventar outra história.

— O seu médico me ligou. — minha mãe disse — depois de amanhã você tem consulta pra saber se está tudo bem.

— Chishiya: uhum — na verdade não está nada bem, as dores continuam voltando e parece estar pior. Não falei nada a eles pra não deixar preocupados.

 𝙻𝚘𝚟𝚎 𝙼𝚎 𝙷𝚊𝚛𝚍𝚎𝚛Onde histórias criam vida. Descubra agora