Estávamos em alto-mar novamente há dois dias. Cinco já se passaram desde nosso retorno do Brasil. Viemos para Boston de jatinho (Tô muito nojo) e aqui adentramos no cruzeiro.
Eu ainda não estou trabalhando, como eu gostaria de estar. É que minha assunção na nova função só se daria após a reunião com os acionistas. Claro, exigência da piloto de vassoura mais conhecida como minha sogra. Ela embargou a decisão do Chris só para aperrinhar.
Devido a isso, tô pagando de primeira-dama náutica e me refrescando na piscina nada convencional do Luxor. Mari tá me acompanhando nesse instante e estamos curtindo nosso momento ostentação. Fotos, selfies, drinques e muita risada.
Claro que eu já tinha contado tudo a ela, sobre a passagem do Chris por minha cidade. Todos os pitis da dona Alice. E toda aquela cena do Fredido. As piadas de mainha e coisa e tal.
Por falar em dona Alice, eu já havia enviado dinheiro para ela pagar a cuidadora que vai ajudá-la com papai. E vocês nem imaginam quem a minha mamãe vai colocar dentro de casa. Sabe quem? Sabe quem? Isso mesmo que você pensou, a Danizinha... Ha ha ha... Tô rindo à toa.
Quando eu questionei sobre isso, mamis respondeu que a querida moça tem curso. Então... Se quer, toma... tentei avisar que vai dar merda, não quer ouvir, se lasque!
Ela que não venha chorar depois que rolar treta. Dani não brinca em serviço. E meu pai, rum... Não ponho a mão no fogo nem morta! Eu puxei esse fogo de alguém e se foi dele, não vai ser fácil vencer a tentação, pois a mocinha da igreja, é bonitinha. E não vale nada!
E por falar em fogo... Uma coisa tá puxando a outra, já viu? Sim, voltando... Jesus, eu perco até o pensamento quando olho pro Christopher. O homem tem Christo no nome, mas é pecado puro. E ele tá saindo da água todo molhadinho, eita delícia... Tá vindo na minha direção... E agora tá sorrindo e mostrando aquele dentinho afiado... Tô toda babada!
— Tu queres um lencinho, amiga? — Mari pergunta.
— Só se for umedecido para eu limpar a perseguida. — Minha amiga solta sua risada alta e Chris senta ao meu lado.
— Aposto que a Madá disse alguma obscenidade. — Ele disse olhando para Mari enquanto bebia uma garrafinha de água. Ela meneia um sim com a cabeça.
— Quem manda você ser sexy como o inferno? Não tem short que esconde essa chave das catacumbas aí. Isso aí é passaporte direto para o umbral. Eu tô lascada! — Mari continua rindo alto e Chris sorri também, mas do seu modo hipnotizante.
— Chave das catacumbas? Ela tá indo longe... Cada dia ela inventa um nome novo. — Ele diz e Mari se acaba de rir.
— Sua mãe também vai pro purgatório, botando um pecado no mundo e dando o nome de Christo.
— Foi meu pai quem me deu esse nome.
— A lista só tá crescendo. Inferno vai ficar movimentado. — ele ri da minha palhaçada.
— Pensei que tu tivesses dito mais cedo que o Chris eras um anjo em tua vida. — Mari me entrega. Ele ergue a sobrancelha.
— Um anjo caído ainda é um anjo. — Sorrio e mordo o braço dele quando ele faz uma cara feia. — Mentira, meu boy gostoso, isso daí é o túnel direto pro céu. Eu tô vivendo no paraíso! Tu é Adão e eu sou a Eva... Eva... O nosso amor na última astronave... — Cantarolo nosso hit baiano.
Ele ri e Mari bate palmas. Deixo um selinho na boca do meu maridinho.
O celular dele toca sobre a mesa e ele olha o visor antes de levantar e sair para atender em um local menos barulhento, pedindo licença a mim e minha amiga.
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O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥
RomantikIrreverente, desbocada e feminista, Madalena é uma jovem nascida no interior da Bahia que decide se aventurar em um emprego temporário na Irlanda. Ela consegue uma vaga de massagista em um transatlântico e segue para Dublin carregando na mochila pou...