Após o almoço, nos sentamos na varanda da enorme suíte top das galáxias. Duas cadeiras e uma mesinha alta, nos dava comodidade diante da vista para o mar gigantesco e azulado de Sidney. Faltava pouco para darmos partida dali em direção à Boston.
Êpa! Agora que me dei conta. Fizemos um acordo de ficarmos juntos até o fim da viagem. E o fim da viajem é depois de amanhã! Ah, tá! Não acaba aqui, Madalena tosca! Na próxima viagem, depois de oito dias de folga, estaremos juntos mais uma vez. O problema era... Eu aguento tantos dias sem ele? Sem essa coisa grossa que ele tem bem no meio das pernas? Eu sofro, viu. É foda!
Olhei para ele com esperanças de que ele entendesse o que eu estava pensando e sem nenhuma coragem de falar o que tava passando na minha cabeça. Apenas um dia e meio me afastava do afastamento. Oh céus!
Chris analisava o celular. Parecia envolvido em uma tonelada de mensagens. Fiquei encarando o mar por quinze minutos e nesse tempo, tudo que pensava era no que eu faria na minha folga, além de pagar contas e comer. Minhas amigas estariam trabalhando durante a semana e eu ficaria quase que diariamente, sozinha. Mas que droga.
Chris sacudiu a cabeça e respirou alto. Pôs o celular sobre a pequena mesa e finalmente olhou para mim.
__ Acabamos de sair do porto de Sidney. Percebeu? __ Perguntou. Eu certamente não havia percebido coisa alguma. Estava pensando em trilhões de coisas que não eram nada além de nele.
__ De verdade, não. __ Respondo. __ Tava aqui recordando que daqui a dois dias será minha folga. __ Falei. Esperava que ele percebesse que eu sentiria falta dele.
__ É verdade! Que bom para você, que vai descansar. Não terei a mesma sorte. Chegando em Boston, irei para outro navio. __ Conta. Isso me dói na alma. Não nos veremos sob hipótese nenhuma durante minha folga. Compreende isso?
__ Ah... Que pena de você! __ Disse. Como a gente faz pra disfarçar o quanto está aborrecida?
__ Pois é. Estamos com alguns problemas na outra embarcação. Preciso assinar alguns termos e outros paradoxos administrativos. __ Revela. Engoli aquela coisa que se formava na minha garganta. Estou triste? Decepcionada? Desesperançada? É foda. Não consigo entender nem a mim mesmo.
__ E para onde seguirá o itinerário da outra embarcação? __ Pergunto. Não tinha ideia do que deveria perguntar agora.
__ Advinha? __ Faço cara de que não sei. Eu realmente não faço ideia. __ Dublin. Estou fazendo o passeio inverso. __ Sorri.
__ Ah, sim. Então depois dessa viagem, você faz sua pausa. É isso? __ Suponho. Ele faz um gesto de mais ou menos.
__ Farei uma pausa quando estiver na Islândia. Digamos que teremos um evento grego muito importante naquele país. É festa de bodas dos meus pais. Bodas de esmeralda. Será um daqueles eventos com pompa, cheio de gente chata, que não estão presentes para festejar pela felicidade deles e sim para fazer acordos de negócios. E a família que estará presente fará seu papel de fazer fofocas, críticas e cobranças da vida alheia. __ Desabafa.
__ Nossa. Que tédio! __ Digo. Até que paraliso. Peraí. __ E nesse evento você estará com a sua prometida? __ Questiono. Minha voz soou num salto. Isso era bem óbvio. Mas que ódio.
__ Não tenha dúvida. Minha mãe vem me perseguindo com isso à meses. Irá Catarina e toda a família, para o evento. Ela quer me empurrar a coitada goela abaixo. __ Ele passa a mão no rosto.
__ Bruxa! __ Sussurro. E eu vejo, pelo canto dos meus olhos, ele me encarar.
__ Gostaria de me acompanhar à boda? __ Pergunta. Olho para ele com olhos arregalados.
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O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥
RomanceIrreverente, desbocada e feminista, Madalena é uma jovem nascida no interior da Bahia que decide se aventurar em um emprego temporário na Irlanda. Ela consegue uma vaga de massagista em um transatlântico e segue para Dublin carregando na mochila pou...