C2 - Pavio curto

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_ Oi. _ ele responde.

_ vem sempre aqui?_ digo e sorrio pela pergunta clichê.

_ Sempre. _ ele ri também. _ quem é você?

_ Me chamo Madá... Madalena. _ estico uma mão para ele.

Ele pega na minha mão _ nossa, mas que nome de velha, pra alguém tão jovem. _ rio. Nunca ouvi um comentário tão sincero sobre meu nome.

_ Não é? _ faço aquela cara de ironia _ Mas até que gosto dele... E você? Como se chama?

_ Ed... Edmundo. _ rio alto e ele fica bem sério.

_ Ah... nossa! _ ponho o dorso da mão na testa_ como é isso? Que nome de velho? _ então ele solta o riso, um sorriso muito bonito por sinal.

Aqueles olhos pretos expressivos, sobrancelhas grossas, pele não muito clara, traços bastante espanhóis.
_ Pois é... Acho que temos algo em comum. Não é?

Gostei disso... _ Sim, é o que parece! E você faz o que da vida Edmundo?

_ Sou o dono deste Pub, mas... Isso você já deve saber, né? _ ele fica um pouco sério agora.

_ Eu? Não... Jamais! Hoje é meu primeiro dia aqui em Dublin. Acredite, é a primeira, mas não a última, que me vê aqui.

_ É mesmo? Então vou mandar trazer uma bebida por minha conta. Hoje você terá a cerveja preta para degustar. E seja bem vinda ao país. Eu já moro aqui à 18 anos. Mas sou da Espanha.

_ hum... Foi o que pensei, que era espanhol. E quanto a bebida, não precisa. Sério! Posso pagar.

_ Faço questão. _ concordo e rio para ele, ele acena para o garçom e logo a cerveja chega no balcão, eu pego e brindo com ele.

_ o que está acontecendo aqui? _ uma mulher loira, dos olhos azuis, aparece do nada. Mais alta do que eu, o dobro (com uma dose de aumento), toda na gola alta e calça preta. Faltou me fuzilar, ou me bater.

_ Ah, Oi amor. Olha, essa é a Madá. Madá, essa é a minha noiva, Sally. _ ele diz ainda meio sem graça. Mas até sem graça, o pesteado era lindo. Foda isso!

_ Prazer conhecer você Sally. _ dou meu melhor sorriso de decepcionada. Sim, porque eu não transo com um homem que tem alguém. Jamais!

_ O que essa vagabunda quer? _ espera, ela me chamou de que? Nem olhou na minha cara e me chamou de que?

_ Como é? _ já me levanto do banco, o homem fica sério agora _ o que ela disse? _ ele não responde e ela não repete. _ vagabunda não, minha querida, me respeite, tá ok? _ falo alto.

_ Estava aqui dando em cima do meu namorado e quer respeito?

_ Como é? Eu não sabia que aqui na Irlanda era proibido conversar com alguém..  eu não dei em cima do seu namorado não, garota. Eu hein! Tá maluca? _ psiu! Fica quieta você que tá lendo. Eu queria dar pra ele, mas não dei em cima, tudo bem? _ olha Ed, vou me retirar, mas foi bom conhecer você e obrigada pela cerveja. _ digo e ao ouvir que ele me pagou uma cerveja a mulher esbraveja outra vez.

_ pagou cerveja a essa vagabunda? _ Ah, queridos leitores... Eu ouvi mesmo isso de novo? Não prestou... Avancei pra cima dela, mas quando meu tapa foi com força ao encontro do rosto dela, a mão forte do Ed, segurou.

_ Eu sinto muito Madá, me desculpe. Mas se acalme. _ ele fala algo ao ouvido da noiva, que me olha com olhos arregalados e eu pego meu copo e me viro pra sair. Olho antes, procurando aquelas duas e nada , saio andando pelo meio das pessoas, no ambiente lotado e distraída, me esbarro em uma parede de músculos, derramando a cerveja, quase toda, na camisa branca que ele veste.

O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora