C7 - Explosões

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Retesei. Meu olho me traiu. Filho da puta! Pra que miséria eu fui olhar pra lá? Tem um cara gato na minha frente, me chamando e me dando mole e eu olhei pra lá... Pra quê? Pra ele virar a cabeça e me ver com a expressão que eu tava, não é? Tentei disfarçar... Tentei ser eu mesma... Frieza, Madalena... Cadê todo aquele gelo? Não tinha. Só tinha uma voz presa que não conseguia sair, e um olhar que não podia desgrudar da cena. Aquela mulher agarrada ao pescoço do cara que... Que o quê? Ah, sim, que EU massageei.

_ Não está me reconhecendo? _ Júlio insiste. É a hora de não deixar isso barato. Me dispensar do serviço pra fazer eu me sentir especial e vir pra água com essa... Essa... Nem tenho o que dizer... A mulher é bonita! Ódio!

Levanto, ando até o Júlio e abaixo, para ficar mais perto dele. O grego fica olhando, o olhar fixo em nós. _ Lembro sim, senhor Júlio, como vai? _ estendo a mão, que o homem segura imediatamente. O homem me seca com os olhos e ri, genuinamente.
_ Pensei que fosse me ligar, esperei. _ Júlio me cobra. Talvez eu devesse ceder a ele e tirar esse maldito grego da cabeça.

_ Nos vimos hoje de manhã. A noite ainda nem chegou... _ rio e ele ri também.

_ tem razão. Talvez eu esteja acostumado com mulheres mais apressadas. Não vai entrar na água?

_ Sou brasileira e baiana, temos fama de não sermos apressados... Embora não me considere muito paciente. Eu vou aguardar um pouco pra entrar, acabei de almoçar. _ digo, me levantando em seguida. Dou minha última risada para Júlio e me viro aproveitando para mostrar meus atributos físicos e volto a deitar. Mari me olha e depois ri.

_ Madá?

_ Diga, Mari. _ respondo me ajeitando na cadeira.

_ Enquanto conversava com o Sr. Júlio, o nosso chefe não tirava o olho de você. E fez uma cara bem brava... Deus do céu, amiga, me parece que ele ficou mesmo afim de você... Isso não é invenção da nossa cabeça.

_ que nada... Deve estar estranhando um homem feito o Júlio, conversando com uma funcionária. Ele tá acompanhado daquela mulher de olhos verdes, vai lá olhar pra mim? _ digo, bufando de raiva.

_ Ela não passa de uma oferecida..., leva a vida dando em cima dele... Acredite, ele apenas se diverte com ela, e com muitas outras, é claro. _ nossa, essa informação me deixou tão feliz! _ É uma mulher intragável. Se chama Bruna, é cunhada da Sally, irmã do outro, magnífico, Ed.

_ Ed... Edmundo? _ rio, me lembrando da nossa conversa. _ ele é lindo mesmo.

_ Conhece o Edmund? _ Mari pergunta, curiosa. Só então me dou conta do que acabei de deixar escapar.

_ Conheci, foi uma coincidência... Eu fui a uma festa assim que cheguei aqui, ou melhor, em Dublin, em um Pub e conheci o Ed, que é o dono do lugar.

_ E ela deixou? Ninguém consegue 1 minuto de conversa com ele. A dona Sally é impassível.

_ Então... Ela não gostou... E eu não sou o tipo que levo desaforo pra casa. Dou graças a Deus ela não ter me reconhecido. Deu o maior barraco.

_ Fica tranquila, ela não reconhece ninguém... É tanta mulher... Ele faz com que ela esqueça na mesma hora. Sei lá que mágica ele faz... _ ela ri.

_ Eu sei... _ a gente ri mais ainda. _ com um homem daqueles a gente esquece qualquer coisa só de olhar pra ele. Ai, painho... Vai ser tesudo assim lá em casa...

_ Na nossa cama, então... Agora, falando sério, Madá, Chris é ainda mais bonito. Gente, esse homem, como você disse, é um Deus grego. Imagina esse homem te beijando?

_ Deus tenha misericórdia de meus pensamentos... _ ela ri ainda mais alto, fazendo algumas pessoas se virarem. Mari tem aquelas risadas estrondosas, que se faz ouvir a metros de distância.  Eu fico rindo da risada dela.

O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora