Conforme acordado entre mim e meu delicioso marido, seguimos para uma clínica muito chique em Lisboa, Portugal. A cidade só me fazia lembrar de Mari e seu sotaque português carregado. Claro que eu fiz aquela vídeo-chamada top para aquela portuga e ela me deu várias dicas do que fazer por aqui. Muito embora eu não possa ir a lugar nenhum, visto o que me aconteceu e o tempo curtíssimo que ficaremos por terras portuguesas. Chris ainda estava em modo fúria ativado, mesmo tentando não demonstrar. O celular tocava sem parar, mas ora ele ignorava, ora atendia e dizia poucas e boas em grego. Não faço ideia do que ele dizia, mas a minha pouca leitura corporal sabia que ele estava metendo a merda na galera.
Estava eu na clínica sentadinha na cadeira, sacudindo minhas amostrinhas de pernas (normal, né) e ele sacudia as deles sentado ao meu lado, agarrado à minha mão com uma das suas e a outra mantinha na boca. Estava sério e seu olhar fixo em suas pernas que balançavam para cima e para baixo em um espécie de tic (tic-toc).
- Madalena Santos Gregory Galanis - Uma mulher chamou e fui me acabando de rir. Pronunciar meu nome no sotaque português era engraçado demais, tenta pensar aí? Chris soltou o ar e me deu a mão, entrando na sala comigo ao seu lado. (lindo! Devo lembrar).
A médica que nos atendeu era uma senhora, o que deveria ser um prazer, se ela conseguisse fazer a consulta normalmente. A misera tava ficando estrábica já de tanto lutar para tirar os olhos do Chris. Claro, minha cara de Anabelle estava a obrigando a isso. Chris estava anotando (sim, você leu corretamente) a tudo que ela dizia, e tirando dúvidas. Véi, me senti uma lesma. O meu marido tava por dentro da parada todinha e eu voando na dimensão do: vou arrancar o zói dessa coroa.
Resumo: Minha pressão tava alta. A velha me chamou de gorda, disse que vou ter que controlar a boca e fazer uma dieta saudável (comer folha) e umas caminhadas (espero que as escadas do navio conte). Me receitou um monte de remédios e vitaminas. Mandou eu aumentar a ingestão de água e... SEXO! Sim, isso mesmo. Ela disse para a gente não economizar, pois faz bem para o parto. Pois é! A melhor notícia foi essa. Acabei perdoando os olhares dela no meu marido. Até porque o Chris me lançou um olhar daqueles cheiosss de malícia! (adoro!)
Por fim, seguimos para a mesa para vermos o pequeno ser em minha crescida barriga. Eu tava nervosa do tanto que o Chris me assombrou falando que poderia ser dois. Até que a imagem foi projetada na tela. Porra! Foda demais. Devia ser crime colocar pra gente ver o bebê assim e ouvir o coração, véi. Fodeu com meu psicológico já sabugado.
- Que biscoitinho mais lindo! Olha aí Christiano, é um só! - Eu disse chorosa, com a voz da Araci. Chris também sorria muito emocionado. - Minha nossa, herdou toda sua beleza. - Eu disse.
- Madá, mal dá para discernir o rosto. - Ele ria, todo bobo. - Conseguimos saber o sexo? Poderia confirmar as semanas?
- A sua esposa está com 12 semanas e eu posso estar errada, mas creio que seja menino. Entretanto é necessário aguardar o próximo mês para confirmarem, ou fazer um exame de sangue. - Ela contou, Chris sorria e dizia várias coisas sobre o "menino" dele, perguntando mais um tanto de coisas para a médica e eu só conseguia imaginar a tromba de elefante do meu filho se embolando com o cordão umbilical.
- Podemos coletar agora. - A médica disse.
- Coletar o que? - Perguntei. Chris sorriu.
- Sua amostra de sangue, vida. Quero confirmar se estamos grávidos de um menino ou de uma menininha. - Ele afirmou.
- Ah tá! - Respondi. Deus do céu, eu queria que fosse uma menina agora, só para eu não ter que me transformar em Anabelle quando a porta tiver cheia de pretendentes atrás da anaconda do meu filho. Hahahaha... brincadeira! Ele usando camisinha, vai fundo!
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O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥
RomanceIrreverente, desbocada e feminista, Madalena é uma jovem nascida no interior da Bahia que decide se aventurar em um emprego temporário na Irlanda. Ela consegue uma vaga de massagista em um transatlântico e segue para Dublin carregando na mochila pou...