O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥

Capítulo 35 - Arbusto!

Para todas vocês que conhecem a minha história inteira de desilusão, dá para imaginar o desespero que me encontro ao ver o Chris todo de smoking com uma caixa preta nas mãos. Era um filme de terror misturado com djavú.

Creio que fiquei da mesma cor do meu cabelo pós banho de piscina. (Quem for loira vai me entender). Meus olhos ficaram pipocados para fora parecendo dois bagos de jaca mole. Eu estava toda dura, parecendo pão dormido.

Todos os meus traumas vieram na hora. Parecia mesmo o dia do meu noivado com o Fred. Claro, com a diferença gritante entre a beleza do Chris e daquele estúpido pirralho mimado. Odiei fazer essa comparação, mas foi inevitável. Foi igualzinho.

Papai havia chamado todos os seus "amigos" do hospital e estes levaram toda a família e mais alguém disposto a comer de graça, para o meu noivado. Parecia tudo ensaiado. No meio da festa bem decorada que chamou atenção da pequena cidade, Frederico me segurou pela mão e me levou até o meio do salão.

As pessoas em volta estavam mudas esperando o momento de eu dizer sim, não sabendo elas que eu estava sendo obrigada a fazer aquilo só por ter arreganhado as pernas.

Fred estava de smoking (um barato comprado em Feira de Santana, na feiraguai). Pegou a caixinha preta, exatamente como a do Chris e segurou entre a mão, me olhando com um sorriso que convenceria qualquer um. Ele merecia um Oscar. Abriu a caixinha e deixou brilhar o anel de prata com um pequeno brilhante em cima. Ajoelhou aos meus pés, que feito uma idiota estava de dentes abertos. Então começou o discurso. (Já seria demais se eu lembrasse das palavras dele.)

Só me lembro de ter dito aquele maldito sim e ter beijado ele como se não tivesse expectadores. Eu amava aquele idiota!

__ Madá? __ Chris me chamou de volta.

__ Por favor, Chris. Não faça isso. __ Pedi. Segurei para não chorar e tenha certeza que não seria de emoção. Eu estava em pânico.

__ Ei, Madá. Calma! Fica calma! Não é isso. Desculpe ter lhe assustado. Ei, linda? __ Ele tocou as minhas mãos, frias como as da Elsa. __ São um par de brincos! Olha! __ Ele abriu a caixa, revelando os brincos com duas pedras azuis rodeadas de pequenos pontos brilhantes. Aquilo valia uma fortuna, eu sei.

Ainda estava sem ar, mas consegui dar uma bolsada nele bem forte.

__ Santo Deus, Christiano. Quer me ver morta é? Eu juro que usar a tocha é mais rápido. __ Provoquei.

__ Ai, mal agradecida! É assim que você age ao ganhar presentes? __ Ele alisou o braço onde acertei minha bolsa de mão.

__ Você me assustou! Queria o quê? __ Esbravejei. Ele sorriu.

__ Eu gosto muito de você, Madá, mas pedir em casamento com menos de trinta dias que nos conhecemos, já é demais! __ Ele entrega. Respiro aliviada outra vez.

__ São lindos! __ Digo agora mais calma. __ Vai combinar com a minha roupa. __ Solto um sorriso, agora sincero. Ele ri de volta.

__ É, eu perguntei na loja qual seria a cor da sua roupa. E encomendei a jóia. __ Contou. Peguei a caixa em sua mão e dei-lhe um forte abraço. Chris me ergueu no ar.

__ Desculpa pela forma como reagi. __ Peço.

__ Está tudo bem. __ Ele me pôs no chão. __ Eu não estou com pressa de nada, Madá. O que for de acontecer entre nós acontecerá com o tempo. No tempo certo. A única coisa que lhe peço é que seja sincera sobre tudo e que sempre confie em mim. Já é o bastante. __ Ele beija a minha mão. E retira um brinco da caixa. __ Deixa eu colocar? __ Pede. Me viro de lado para que ele ponha o primeiro brinco. E depois o outro.