— Minha pequena... — Chris dizia, mas eu não conseguia o responder. A ânsia de vômito vinha outra vez. Ele me abraçava pacientemente e ignorando que estava dentro de um banheiro feminino, segurava meus cabelos para eu poder vomitar tranquilamente. Quando mais um jato de vômito saiu, limpei a boca no guardanapo de tecido e fui lavar meu rosto.
— Deus tenha poder.... Eu nunca vomito, é coisa rara. Só pode ser o zói de orangotango daquelas duas urucubacas lá na mesa. — Provoco. Chris fica parado e calado ao meu lado, com os braços cruzados e o semblante sério, escorado na bancada de mármore da pia do lugar.
Será que exagerei no modo de falar a respeito da mulher que ele chama de mãe?
Minhas amigas aparecem no banheiro, me salvando de receber uma bronca.
— Madá, o que aconteceu? Subiu um tremendo mal cheiro lá na mesa e vimos quando sua sogra levantou de lá para um outro lugar, toda suja de vômito. — Cecília conta.
— Pois é, eu vomitei quando vi aqueles caramujos no meu prato. — Só de me lembrar o enjoo volta com força e levo a mão até a boca.
— Gira, tu estás tomando algum contraceptivo? — Chris permanece sério me encarando enquanto respondo Mariana.
— Eu tô. Tomo minha pilulinha todo dia sem falta. Não é uma gravidez, gente, já chega desse assunto.
— Tem certeza? — Joyce pergunta. — Nenhum método é cem por cento garantido. — Afirma.
— Tenho, sim. Já estou com todos os sintomas pré-menstruais. — Eu as tranquilizo.
Sally aparece no banheiro e ficamos todas mudas.
— Tá tudo bem, Chris? — Ela pergunta e o irmão faz que sim. A seriedade do Chris tá esquisita pra porra. Será que ele ficou ofendido? — Não sabia que estavam esperando um bebê. Por que não me contou? — Ele ergue a sobrancelha e volta a analisar o meu rosto.
— Eu menti pra sua mãe, Sally. Eu não estou grávida. Apenas não tô acostumada com esse tipo de comida viva no meu prato. Só menti porque achei interessante ela achar que seu irmão se casou comigo apenas por causa de um filho que nunca carreguei no ventre.
— Não acredito que ela disse isso!— Chris fala, finalmente saindo do silêncio. Foda! Ele com certeza tava ofendido.
— Ela disse. Disse que você não me amava, também e que só estava comigo por causa dos negócios da família serem mais vantajosos caso esteja casado e com um varão.
Chris sorriu de maneira desdenhosa, me abraçou e beijou minha cabeça em seguida.
— Eu amo você, Madá. Não acredite em nada que não seja eu a lhe dizer. — Minhas amigas e eu estamos com aquele olhar de quem enxerga uma fofura na frente, sabe?
Ele me ama!
— Fofo! — sibilo a palavra, ele estreita os olhos.
Meus olhos devem estar em formato de coração. Se estivéssemos sozinhos aqui eu abriria minhas pernas no ar, de tão feliz. Ficaria toda arreganhada, igual cachorro querendo carinho na barriga. No meu caso era em outro lugar que eu queria, hehehe...
Eu envolvo ele com meus aperitivos de braços, toda dengosa.
— A mamãe já foi embora. — Sally avisa. — Devia ir ao médico, Madalena. Ninguém sai vomitando assim só por ver um escargot. — Ela diz e sai dali sem esperar a minha resposta.
— Obrigada? — Falei mais para mim mesma.
Ajeitamos-nos e saímos dali de volta para a mesa. Catarata tinha ido embora com sua professora de feitiços e o marido, assim sendo sentamos nos lugares vazios. Eu, Chris, Mari, Lucas e minhas duas amigas.
O lugar já estava limpo e aquela iguaria horripilante também tia sido retirada da mesa.
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O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥
Любовные романыIrreverente, desbocada e feminista, Madalena é uma jovem nascida no interior da Bahia que decide se aventurar em um emprego temporário na Irlanda. Ela consegue uma vaga de massagista em um transatlântico e segue para Dublin carregando na mochila pou...