Capítulo 31

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Eu e o Chris estávamos sobre a moto, rodeando sobre a orla de Sydney, no Canadá. Realmente era uma ilha linda e agora dava pra ter uma melhor noção de porquê ele queria tanto estar comigo nesse passeio. Era deslumbrante a geografia local.

Andar de moto pela orla, não era lá a coisa mais confortável do mundo. O vento frio, congelante, vinha do mar como brisas e me fazia agarrar aquele homem com afinco. (Aproveitando para tirar uma lasquinha, que não sou nenhuma besta.)

De longe, avistei um monumento gigante na beira da orla.
__ O que é aquilo? __ Gritei, com curiosidade. Era preciso falar alto pois o vento levava o som da nossa voz.

__ Um violino. O maior do mundo. Você verá em instantes. Aquilo possui dezoito metros. __ Ele respondeu, com altivez. Sorri.

Até nossos passeios tinham música envolvida e aquilo era maravilhoso. Chris dividia comigo sua paixão pela música e eu gostava de saber disso. Eu me sentia especial de alguma maneira.

A medida que nos aproximamos, fui me dando conta da realidade sobre o monumento. Gigantesco. E perfeito. Eu diria que é possível tocar aquele instrumento gigante, talhado na madeira. As cordas eram perfeitamente reais.

Descemos da moto e desci olhando para o alto, encantada com a escultura. Os olhos do Chris brilhavam em expectativa. Ele parecia se sentir bem em me fazer ver essas coisas e me deixar feliz. Segurou minha mão com força e me guiou até a grade que cercava o violino.

__ Vamos tirar uma foto sua aqui. __ Falou.

__ Não. Vamos fazer uma selfie nossa. __ Avisei. Ele estava feliz demais em me trazer aqui. Aquilo merecia um registro.

__ Podemos fazer as duas fotos. Fotos digitais, lembra? Não é como aqueles tubos de filmes com fotos contadas a dedo. __ Ele ri.

__ Acredita que a qualidade era melhor? __ Brinco. __ As minhas sempre saíam com filtro. Sempre tinham uma faísca de sol bem na minha cara. __ Sorrio. Ele ri alto.

__ Bruxinha azarada! __ Ele toca meu nariz. Não posso fazer o mesmo, afinal, não alcanço. Chris é muito mais alto que eu. É como se o poste estivesse namorando a lâmpada.

Namorando... Não! Se pegando. Trepando com pessoa fixa. É isso. Ponto.

Ainda sorrindo, ele vira o celular caríssimo para o alto captando nós dois abraçados e a imagem do imenso violino ao fundo. Fizemos até fotos engraçadas onde eu parecia tocar o grande instrumento. Ou ele.

Em seguida, saímos de lá do violino para dar uma volta no pavilhão. Segundo Chris aquele lugar era utilizado para concertos e apresentações musicais. A redondeza possuía prédios imponentes e diferentes. Com arquiteturas variadas e bem modernas.

De lá seguimos para o centro da cidade, para o museu de Cape Breton. Uma verdadeira aula de história local é contada ali e pude conhecer mais um pouco da cultura daquele lugar. Descobri aqui que a grande economia da Nova Escócia era o aço, mas com a queda econômica do aço, o lugar teria ido à beira da falência. Sendo sustentada hoje pelo turismo.

De lá, seguimos para a casa Cassit. Uma casa histórica e antiga demais. Do século XVIII. A casa toda bege tinha inúmeras janelas. Parecia os meus rabiscos de criança, quando a professora pedia pra gente desenhar algo que começasse com a letra C. Era sempre aquele retângulo, com um triângulo em cima e uma porta no meio do retângulo com aquele monte de janelas quadradinhas. Bem isso era a casa.

Entramos nela. Tudo ali remetia a um passado verdadeiramente longínquo. Adornos, lareiras rupestres. No quarto que acredito ser o oficial do casal, nada mudava. A enorme cama de madeira estava arrumada com toda a pompa da época.

O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora