C16 - A Chuva

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_ Chris?! _ Ed comentou, em um som um tanto quanto irônico. Ele sabe que nos beijamos no pub e me ver descendo aquelas escadas hoje pela manhã, pode deixar muitas coisas claras.

_ Sim... Recebeu massagem da Miranda? _ perguntou. O maxilar ainda estava tensionado. Charlote me olhou de esguelha e me recostei no balcão.

_ Recebi. Sua irmã tinha razão e o Júlio também. Ela é ótima! _ me lança um olhar e então o Chris me lança um ainda mais sombrio que o da Charlote.

_ Ela é. _ diz, me olhando ainda. O rosto sério. _ Já terminou? Vou estar lá no quarto lhe aguardando. _ vira o rosto para Ed. _ Agora é minha vez. _ faz um sorriso meio emburrado e sai, e o Ed me dá um tchauzinho e o acompanha. Dou outro tchau, balançando os dedos e olho para Charlote.

_ Senti uma tensão estranha no ar... _ confesso. Ainda estou sem entender toda aquela marra e ironia do Chris.

Dona Charlote sorri. _ Eu também senti. A verdade é que o Chris não ficou nada contente em saber e ver que você andou recebendo flores. E que voltou a atender homens, que além de tudo, era o cunhado dele. Mas sabe o que achei mais interessante?

_ Não. _ falo displicentemente, ainda pensando em toda aquela marra.

_ O Chris sentir ciúmes. Ele nunca sentiu ciúmes de uma mulher antes. O que anda acontecendo entre vocês? _ pergunta e então percebo que andei falando demais.

_ Ciúmes? _ que loucura, claro que não foi ciúmes... Afinal, o Ed é namorado ou noivo da irmã dele. E eles são amigos, não? _ Dona Charlote, por que acha que nosso chefe sentiria ciúmes de mim? Não temos nada! Ora bolas. _ resmungo.

_ Tudo bem! Se adiante pois com todo aquele nervoso, é melhor não se atrasar para a sessão dele.

Eu assinto e saio andando apressadamente. Pego meus bereguedê e logo dou linha na Pipa. Não demora e já estou na porta do quarto mais esplêndido que eu já vi na vida. Mal toco a campainha e o Chris abre a porta. A mão na cintura, um bico naquela boca linda, os olhos estreitados, nem um sinal de sorriso ao me ver, de novo.

_ Oi. É aqui que precisam de uma massagem? _ digo e faço uma pose achando que estou sexy. Finalmente vejo ele sorrir.

_ Porque ainda está com essa roupa? Vai sair assim? _ me diz e então eu lembro que íamos sair. Deus do céu, eu ando muito esquecida.

_ Ah desculpa, eu não lembrei de ir tirar essa roupa, achei que realmente tivesse que vir até aqui.

_ Vamos, eu acompanho você até o seu quarto. Eu te espero lá e então a gente sai. _ Diz e já vai fechando a porta do quarto. Eu vou andando com a maletinha na mão. A gente desce as escadas conversando sobre o clima e a vista da cidade ao longe. Depois seguimos por um corredor que nunca entrei e ele chega ao lado de um elevador. Espera aí, elevador? Como nunca me mostraram isso?

_ Aqui tem elevador? _ me reto. Oxente... E eu esse tempo todo subindo e descendo esse monte de escada.

_ Tem. Não prestou atenção a palestra, Madá? _ adentramos o cubo.

_ É proibido funcionário entrar? _ ignoro a outra pergunta.

_ Não. Mas muitos preferem subir para se movimentarem um pouco.

_ Mas que miséria... _ digo em português _ tô indignada! _ Chris se acaba de rir.

_ É impossível ficar chateado com você. Sempre dá um jeito de me fazer rir. _ fala e eu abro a boca de espanto.

_ Estava chateado? Eu é quem deveria estar irritada... Sabe quantas vezes já subi e desci essas malditas escadas, nesse salto alto? _ ele ri outra vez. Maldita Charlote. Aquela velha me ensinou a chegar na mega suíte, pelas escadas. Ah que ódio!

O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora