Cap 21 - Belo Passeio

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Estávamos na cidade de Reykjavik, Islândia. Achei esse nome engraçado. Em língua brasileira seria "Rei que já vi".

Segundo dita meu guia turístico gato e particular, gostoso e safado, essa cidade foi povoada em meados de 870 por aí. Mas só veio tornar cidade no século XVIII. E eu posso ser meio doida, mas eu gosto demais de lugares que tem números romanos pelo meio. Sempre me encanta as paisagens de época. Acabo me imaginando naqueles vestidos pomposos, ajustados por espartilhos amarrados de corda.

Gente, do jeito que eu sou pequena, eu em um vestido daquele ia parecer uma anã em peça teatral. A menos que eu colocasse tijolos nos pés. Tá, esquece minha repentina ideia de romances de época. Um bujão com roupa de crochet da vovó é mais bonito.

Mas é o centro da visão que tenho ao analisar a cidade Capital da Islândia. Um lugar aparentemente pacato, porém vulcânico. Deus, só de lembrar quando Chris me disse isso dou uma pequena surtada. Bicho, tu fica dormindo bonitinho aí, visse? Não planejei morrer sapecada. O único vulcão que pretendo ver em erupção, é o pau gigante do Chris. Esse sim, pode explodir. Fora.. dentro só se estiver empacotado.

O clima é frio, contrariando as larvas do vulcão. Ainda bem que vim preparada, de bota, calça e um cardigã. As roupas já estão repetidas. Pelo passeio de moto, percebo que é uma cidade bastante setentrional. Nada de prédios muito grandes, obeliscos e coisas assim.

O colorido islandês prevalece nos telhados. Parece que é moda local colorir os telhados. Na minha visão é até bonita essa moda. Não é à toa que amo as obras do Romero Britto. Eu amo cores, diversão e alegria. Aquela cidade me despertou boas coisas. Ainda mais estando em tão boa companhia.

Chris estava simplesmente perfeito hoje. Usava um casaco grosso de frio, azul, com uma calça azul escura e uma camisa branca por baixo que só dava pra ver a gola. Um cachecol marinho no pescoço e uma touca na cabeça. Por causa do intenso frio, sua boca tava mais vermelha do que me lembrava. Ainda mais beijável do que deveria. Filho da mãe bonito de uma figa!

Estávamos no centro da capital Islandesa. Seus olhos pareciam brilhar quando ele me olhava, com as mãos enfiadas no bolso do casaco. Eu não estava resistindo a um sorriso cada vez que ele me olhava daquele jeito. E aí ele devolvia aquele maldito sorriso de vampiro esfomeado. Que canino bonito. Affemaria!

Parecendo adivinhar todo meu desejo, ou percebendo meu óbvio e claro olhar para seus lábios, parou no meio da rua e inclinou o corpo para me beijar. Não me fiz de rogada. Enrosquei o pescoço do grego com meus braços e aprofundei a minha língua na boca dele. Ele tirou as mãos dos bolsos e me abraçou gentilmente, me erguendo no ar pela cintura, igualando nossa altura tão desigual.

Podem me julgar como quiserem, mas decidi que hoje será a nossa despedida e que irei parar de me encontrar com ele. Sendo assim, me deixem aproveitar um momento romântico com esse filho da puta gostoso. É foda resistir a um homem como ele. Vocês não tem noção de como ele é lindo. De como ele fala e sua voz grave é gostosa de ouvir. Que se dane os meus sentimentos e o passado. Hoje é um dia especial.

Quando o beijo acabou e eu me senti confrangida com sua repentina pausa, ele se afastou e entrelaçou a mão na minha e, me olhando, saiu caminhando comigo de mãos dadas. Sabe quanto tempo tinha que eu não fazia isso? Fiquei balançando nossos braços pra frente e pra trás e dando pequenos pulinhos ao andar. Ele sorriu de mim e minhas idiotices.

Era engraçado nossa diferença de altura. De costas, era como um pai segurando a mão da filha. Hahahah...
Sempre digo que na cama isso se resolve, mas naquele momento era engraçado. Mesmo com uma bota de salto, eu ainda era um bibelô do seu lado.

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