Cap 57

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Durante todo o dia a avó do Chris, dona Theodora, me mimou mesmo. Me acomodou no quarto e fez do Chris o meu mordomo, talvez um pouco mais. Ela realmente preparou comidas para mim, sempre saudáveis. Comi um prato feito com chuchu que nunca esperei que um dia diria que esse vegetal é gostoso. Apois, o bicho tava bom demais! Devia ter pegado o tempero do meu marido emprestado, só acho. E o danado do legume é bom para baixar a pressão, então eu abusei. Meu marido, ao contrário, só eleva minha pressão.

Eu me senti bem na casa da Dora aventureira, e apesar da classe da pappóus ser A+, muito diferente de mainha, ela foi carismática e simples.

Sentei-me no banco da cozinha, enquanto ela cozinhava e ouvi centenas de histórias sobre seus netos. Depois fui levada à uma enorme sala cheia de livros (todo rico que se preze tem, né?). Lá, ela me pediu para sentar e me presenteou com vários álbuns de fotos onde pude ver um pouco da infância (abastada) do meu vampiro. Pense em um bebê lindo e agora multiplique com uma dose de fofura em altos níveis? Era ele. Nem cagando ele fica feio, senhor!

Ele se sentou ao meu lado e ajudava a contar detalhes de cada coisa que víamos. Tinha foto da mãe biológica do Chris nas fotografias. Senhor, o pai dele parecia venerar aquela mulher, era visível através das fotos. Sem dúvida alguma ela era lindona e batia de rodo na bruxa voadora em termos estéticos. Mas a sogra da pilota do capiroto também contou coisas horríveis sobre a brasileira sombria. Pelo visto a mulher usava a beleza absoluta dela para dar bons golpes pelo mundo afora e o Chris fora por anos uma boa moeda de troca, lugar de onde ela sempre conseguia fundos e mais fundos.

Dona Theodora disse que até o filho dela realmente aceitar que a brasileira não passava de uma vigarista, custou caro. Não só a paz de todo mundo, também custou psicológico e claro, muito dinheiro. Anos depois do casamento da minha inimiga íntima com meu sogro, eles tiveram novos problemas causados pela mulher. Alícia o nome dela. Eu chamaria de Aliciadora, né? Mas não acredito piamente que essa história não possa ter um dedo da Giulia. Sei lá, eu confio pouco nas pessoas.

Mais tarde fui para o quarto me arrumar para o tal jantar em família. Eu iria conhecer o avô do Chrisis, o senhor Gregório que nunca dava às caras pela casa. Pelo visto o homem de aposentado não tinha era nada. O corpo tava em casa, mas a alma tava presa no navio. No convés.

Separei meu vestidinho comportado de boa samaritana (que agora só praticava recomendações médicas, hahahah, santa doutora portuguesa!) e o deixei sobre a cama, bem estirado. Eu não sabia passar ferro, então borrifei álcool e passei a mão, deixando ele todo esticadinho, e plim! (Isso funciona que é uma belezura!)

Tomei meu banho e me vesti com um comportado tubinho preto que ia até o joelho. Fiz uma maquiagem e mantive meus enormes cabelos soltos partidos de lado. Uma maquiagem leve, porém com meus cílios postiços. Gata! Eu me comeria se fosse o Chris. Eu comeria o Chris! Minha nossa, eu engoliria o Christopher agora mesmo. Mas, enfim! A potrinha prem tava pronta.

Abri a janela e fiquei admirando aquela visão perfeitamente espetacular. O branco das casas subia e descia ladeira. Será que é por sua origem vir deste lugar que a dentição do vampiro é tão branca? Vou ficar rindo para essa vista para ver se o meu clareia... Kkk... Tá, tá bom. Eu volto para cá. Não sei como me suportam...

Bastou falar nele, que ele abriu a porta. Sorriu assim que me viu sorrindo. Detalhe: eu tava mesmo esperando clarear.

- Está feliz? - Perguntou.

- Sim. Mas eu não estava sorrindo por isso. E você? - Desviei do assunto, pois ele não pode saber que tenho buscado saber seu segredo, né?

- Mais aliviado. As coisas estão melhorando. E do que estava sorrindo tão lindamente?

O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora