Capítulo 26 - Ressaca!

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Abri meus olhos com muita dificuldade. Minha cabeça parecia que ia explodir. Eu precisava de um remédio para dor e urgente. Me levantei na cama ainda com os olhos fechados pois era impossível abrir com tanta enxaqueca. Misericórdia! Meu mundo tava girando e eu nem havia aberto os olhos.

Voltei a me deitar. A cabeça começou a doer ainda mais e me esforcei a abrir os olhos para buscar um remédio. E... Minha santa Maria do Céu! É de lascar.... Oxente! Como eu vim parar aqui? Sério, eu não lembrava (ainda) de absolutamente nada. Tudo que sei é que estou na suíte master top do Chris.

O quarto estava todo fechado nas cortinas e apenas uma pouca luz iluminava, o que não era nada mal visto a dor insuportável que me acomentia o juízo. Na cama só estava eu e um lençol muito embolado. E eu estava usando uma t-shirt branca e cheirosa do vampiro. Nazaré das Farinhas... O que aconteceu aqui? Nunca fui de vestir roupa do macho.

Na mesa de cabeceira tinha água e alguns comprimidos e um bilhete com uma caligrafia muito sabugada, escrito "Beba a água e os remédios." Não me fiz de difícil, não. Tava com tanta dor que não ia discutir com o infeliz que tinha causado toda essa merda de ressaca. Ainda mais porquê ele não estava aqui.

A única merda que eu lembrava, era de ter visto _ na verdade não visto _ ele sair com a mulher do queixo de agulha da festa. Dali em diante eu só lembrava de margaritas e uísques e nada mais. Não sei como cheguei aqui e muito menos o que resultou naquela cama bagunçada, naquela roupa improvisada e o fato de ter dormido na cama dele. É foda! Até bêbada eu dava o braço a torcer. Feiticeiro de uma figa!

Deitei novamente e me enrolei. Tava um friozinho gostoso. Fiquei sacudindo os pés debaixo da coberta e olhando o teto. Fechei os olhos e fiquei tentando recordar a noite de ontem. Nada. Só sentia era mais dor. E uma vontade de... Corri para o banheiro para vomitar. Oh droga! O desgramado do remédio nem tinha digerido ainda.

Lavei a boca e notei uma escova de dente novinha ainda embalada no balcão da pia. Peguei e escovei os dentes. Minha cara estava péssima, então lavei o rosto com a água morna que vinha das torneiras e ajeitei meus cabelos com as mãos mesmo. Ainda dava pra sentir o cheiro de vômito em mim. Tirei a blusa.

Eita diacho! Tô sem calcinha. Puta que pariu! Pior que saber que eu transei com ele, era não lembrar de nada! Ah, isso sim era de lascar o cano.

Entrei na área do chuveiro e caprichei no banho. Molhei os cabelos e lavei com o xampu do gostoso do chefe. Quer dizer, lavei com o xampu gostoso do chefe. Passei o sabonete do chefe gostoso. Digo, o sabonete também era gostoso. Me enrolei na toalha preta e felpuda que enrolava o vampiro tesudo do caralho. E saí para o quarto.

Olhei para a cama toda amarrotada. O que tínhamos feito ali, hein? Dizem que o sexo das pazes é o melhor. Eu não sei, porque nunca fiz. A única vez que eu e Fred brigamos foi quando ele me deixou plantada no altar. Nem pra isso aquela misera prestava. E quando pegou as coisas dele lá na casa... Não teve pazes. Não... Teve coisas pelos ares. Eu joguei todas as roupas e pertences dele pela varanda do apartamento. Ficava no quarto andar. Foi um vexame. Mas também foi libertador. Me sentia em uma cena de novela, lançando as roupas e cuecas e livros pelos ares. Ri igual a bruxa do 71.

Agora, tudo que eu queria era uma vaga lembrança de como foi. Será que já estava tudo bem entre nós? Voltei até o banheiro e peguei a camisa outra vez. Cheirei para ver se não tinha vestígio do vômito, mas tudo que senti foi aquele perfume másculo que me enlouquecia. Vesti. Deitei novamente na cama e forcei para cochilar.

Não sei por quanto tempo adormeci, mas assustei com o barulho de uma porta fechando. Fiquei imóvel, esperando pra ver se era o Chris que estava ali. O coração começou a bater a mil por hora. Cerrei os olhos e tentei controlar a respiração.

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