Capítulo 29 - Como assim?

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Eu confesso que aquele pedido me tomou num susto. Encarei o rosto dele, totalmente perplexa. O que significa esse pedido?

__ Como assim? __ Solto. __ Eu não entendi o pedido. __ Explico.

Ele pigarreou antes de falar. __ Perdão. Eu estava me referindo ao evento. __ Disse. Chris parecia temer por alguma coisa. E inexplicavelmente eu conseguia perceber, pela primeira vez, que aquele não era o real motivo da questão.

__ Certeza? __ Ele disse um sim tão muxoxo que não me convenceu. __ Eu já aceitei ficar com você no navio. Você tinha esquecido? __ Era a única ideia plausível para o que poderia significar aquele pedido.

__ Não. Eu não me esqueci. Eu estava pedindo para você ficar comigo, no evento. Eu me expressei mal. Estava emocionado. Nunca havia sido beijado dessa forma antes. __ Brinca, com referência ao que eu havia dito para ele. Não estou convencida ainda. Sorrio.

__ Acho que comecei a te conhecer um pouco para saber que não era isso o que tinha pra me explicar. Sou uma péssima leitora comportamental, mas essa ficou bem óbvia. __ Analiso. Ele mexe nos fios bagunçados de meu cabelo. Sua boca abre para falar e então ele desiste.

__ Chrisis... __ Chamo. Ele me olha outra vez dentro dos meus olhos.

__ Eu realmente quero que vá comigo para essa festa. Serão mais oito dias juntos. Já pensou? E depois da festa, você vai para casa. __ Ele garante. Sorrio com o canto da boca e encaro o teto. Os desenhos do papel de parede iam formando losangos de duas cores.

Aquele pedido dele foi tão intenso que me fez estremecer... Me fez sentir coisas das quais eu temo demais e eu esperava sinceramente estar errada quanto ao fato de achar que o significado não era esse.

__ Não tenho uma boa sensação com relação a essa festa. __ Desviei do tema, fingindo ter acreditado nele. __ Lembra quando nos conhecemos? Em meia hora no pub: Eu queixei seu cunhado, quase bati na cara da sua irmã e derramei cerveja na sua camisa branca. __ Lembro, contando os fatos com o dedo. Ele sorri.

__ Nunca esquecerei aquele dia. Madalena, a sua cara quando joguei a cerveja em você, foi única. __ Diz, gesticulando com as mãos no ar. __ Eu te achei tão gata. Você fica linda quando tá brava. __ Ele diz e mexo no seu nariz fino, apertando a ponta.

__ Você é muito inticante! Feiticeiro! __ Digo. __ Eu achei você tão bonito, quanto insuportável. __ Revelo. E desde aquele momento eu sabia que devia correr léguas dele. E olha só quantas léguas corri? Corri foi pra cima dele. Anta! É foda!

__ Você estava gostosa demais. Toda confiante, dona de si. Toda mente aberta. Toda disponível e ao mesmo tempo, escolhendo. Me encantei! Eu já queria você. __ Sua voz soa sexy. Eita que esse homem acaba comigo!

__ E você teve, né? Foi apenas uns beijos, mas teve. __ Digo. Ele alisa a lateral do meu corpo.

__ Vi quando entrou no pub com suas amigas. Dando em cima do garçom, tirando o casaco. Toda no batom vermelho. Estava afinando o violão, no cantinho do palco. Pensei: Que garota pequena presunçosa! __ Conta. Eu rio alto.

__ Eu tinha acabado de chegar do Brasil. Cheia de planos e expectativas. Doida pra pegar um gringo irlandês. E aí rola toda aquela confusão. Além de tudo era meu aniversário. Comprei aquele vestido algumas horas antes. Não te perdôo por ter manchado ele. __ Digo em meio a risada. Ele ri só um pouco. Parece pensativo. Ele apalpa a minha bunda.

__ Ganhou um beijo meu de presente. Não reclame! Você queria um gringo, pegou um gringo. Bem mais limpo que os Irlandeses. __ Dispara. Realmente não havia do que reclamar. Gringo, gato e foi um baita beijo. __ Você sabe que eles não tem hábito de banho, não é? Conheço uns que ficam três ou quatro dias sem trocar nem a roupa íntima. __ Conta. Faço uma careta.

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