Treta!

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Seguro firme a garrafa de tequila e despejo mais no meu copo, encarando as megeras sem desviar os olhos. Bruna não se aguenta e levanta da mesa, vindo até nós. Quando ela chega ao lado do Chris e se abaixa para falar em seu ouvido, levo meu shot até a boca. Não estou sentindo mais nada, eu juro! Apenas uma incrível vontade de quebrar a cara dessa magricela de cabelos negros e olhos verdes.

Chris sorri do que ela disse e me pede licença. Levanta da mesa e fico olhando para ele, perplexa... Como assim? Ele vem até aqui e tira de minha mesa o pitel que estava dando mole para mim e agora levanta pra sair com essa jibóia oferecida? Nem pensar! Ah, mas nem pensar...

Me levanto e passo por eles, irritada, largando meu ombro no braço dele. Pego meu copo e saio buscando o Jacob pela festa. Sim, vou passar a noite com ele. Mari me acompanha, ao lado do Lucas.
_ Madá, pra onde vai? A festa ainda não acabou. _ pergunta.

_ Vou sair com o Jacob. Viu ele por aí? _ continuo o buscando com os olhos.

_ Madá, não faz isso. Tá irritada e enciumada. Você irá se arrepender depois. _ Mari tenta avisar, como se algum dia me arrependi ter dado a alguém. Tudo bem, às vezes alguns caras são péssimos na cama.

_ Mari, ele escolheu isso. Deu uma de possessivo e depois que o rival foi embora, me descartou. Me trocou por um belo par de olhos verdes. Não vai ficar assim... Mari, ele me fez acreditar que eu era especial, me pediu para priorizarmos um ao outro, se na presença. No entanto, basta uma frase no ouvido e ele sai me pedindo licença? Qual é? Tenho cara de otária não. _ deixo a Mari lá, parada e fico rodando pela festa em busca do Jacob. Ele estava no balcão, sentado sozinho, bebendo. Ótimo! Será a companhia perfeita.

Chego devagar e me sento ao lado dele. Ele olha pra mim, dando um leve sorrisinho, surpreso. Levanta a bebida, me oferecendo e quando faço uma expressão de "sim", ele pede um copo ao bar-tender.
_ Isso tudo é curiosidade, ou a conversa agora é mais informal?

_ Um pouco dos dois. Vim aqui hoje para me divertir, me distrair... Preciso me reconectar comigo mesma. _ rio. Ele ri e olha para o copo. O garçom entrega o meu. Ele me serve.

_ Entendo. Era dele que comentava na primeira vez que nos vimos?

_ Não quero falar disso. Desculpe! _ ele toca a minha mão e me olha profundamente. Caramba, o Jacob é um homem muito atraente. E bonito.

_ Tudo bem. Não vamos falar disso. Fiquei surpreso ao lhe ouvir cantar, você é muito boa... Estamos precisando de uma voz feminina na banda.

_ Qual banda? Da cantora irlandesa? _ retiro devagar a minha mão, debaixo da dele. Por que estou fazendo isso? Não devo nada a ninguém...

_ Não. Sou produtor musical e tenho uma banda muito boa. O vocalista tem diversas músicas autorais e fazemos alguns coveres também. O problema é que necessitamos de uma voz feminina... A banda é boa, mas só tem homens. Quero lançar ela no mercado, porém não antes de ter uma voz como a sua, poderosa e autêntica. _ ele passa os dedos por meu cabelo.

_ Entendi. Bom, eu nunca fiz aula de música, não entendo nada de partitura... Aprendi a tocar em casa, nada profissional. Tocava e cantava na igreja e nunca foi algo muito profissional, entende? _ beberico minha taça cheia de líquido alcoólico.

_ Se aceitar fazer um teste, providenciarei todo o resto. Só que precisará interagir com toda a banda. _ respiro, pensativa. 

_ No momento fica um pouco difícil eu fazer um teste. Estou embarcada aqui. Presa nesse navio. _ Presa no navio, ou no Chris? Nem eu mesma sei o que está acontecendo.

_ Bom, quando te chamei para sairmos amanhã, era pra vermos isso. A Banda está aqui na Islândia. Se tiver um tempo em sua agenda superlotada, basta me dizer. Prometo que será muito agradável. _ come algum petisco e me lança um sorrisinho e um olhar pra lá de malicioso.

O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora