Passei o dia de trabalho em uma louca agonia. Às 15h do novo fuso horário, eu estaria livre para conhecer Sydney.
Ah, é foda! Tá! Eu sei que vocês sabem a causa de minha louca agonia. Eu queria ver o Chris. Me esbarrar com ele, como quando nos conhecemos. Olhar em seus olhos azuis e quem sabe, arrancar um sorriso?Eu também estava louca com o fato da A-Nao ter sido escolhida para dar massagem nele no meu lugar. Não podia ser a Mari? O Lucas? Tinha que ser aquele projeto de gente? Aquela víbora asiática amante do Chucky. Grrrr.
Massageei meu último cliente com mais força do que o normal. Ainda bem que ele parece ter gostado, pois me deu a maior gorjeta que já recebi até hoje e com direito a uma piscadinha de olho sacana. Se não fosse um velho de 70 anos, juro que eu me jogava, só de raiva por ter sido trocada pela mulher de uma expressão só.
Chamei a Mari pra ir conhecer a cidade comigo. Ela aceitou. Me arrumei com um vestido que usei quando trepei com o Chris em cima da moto. É, eu queria que ele me visse, nem que fosse pela câmera, com aquela roupa. Tenho certeza que ele lembraria. Porém como o frio tava de rachar, tive que usar com uma meia-calça bem grossa e botas de cano longo.
Deixei meus cabelos soltos e usei um cardigã e um cachecol no pescoço. A temperatura estava muito baixa. Tava combinando bastante com a minha altura.
Passei pelo quarto da Mari e ela já estava com a porta aberta, saindo pra me encontrar. Mari era mais alta que eu, mesmo com botas sem salto. Subimos as escadas pra ir dando uma esquentada no esqueleto e íamos conversando sobre nossas roupas.
Já perto da saída, encontramos Jacob. Ele estava muito bonito com uma camisa de gola alta azul marinho e uma calça de linho bege. Ele nos olhou com um sorriso cativante no rosto. Primeiro ele beijou a Mari e depois ele se aproximou de mim. Passou a mão no meu cabelo antes de beijar meu rosto.
__ Está linda! __ Me disse. Sorri em agradecimento. __ Irão sair? __ Respondemos um "sim" e então ele se auto-convidou. __ Posso acompanhar vocês?
Eu não queria, mas a Mari disse sim antes que eu pudesse negar. Nos viramos na direção das escadas e eu escorreguei em uma poça d'água, sendo aparada pelo Jacob. Ainda em seus braços, agradeci o cuidado. Antes que ele me soltasse e como se tivesse sido atraída pelo sol, virei o rosto para a escada e vi o todo poderoso chefe chegar.
Seu olhar estava em mim. E eu estava nos braços do Jay. Vendo a cena daquele ponto, parecia que estávamos saindo de um beijo. Jay soltou meus braços e se endireitou.
Acho que meu rosto estava pegando fogo (Ou seria a minha pepeca?), quando encarei aqueles olhos azuis. Se eu havia achado o Jay bonito na camisa azul marinho, o que eu deveria falar do Chris em uma camisa grafite de igual gola alta? E ainda por cima com um terno de tecido fino de mesmo tom e uma calça de tom cinza claro.
Não é por nada não, mas creio que até a caveira desse homem é bonita. Deus do céu! Quando ele morrer e lá no futuro os arqueólogos encontrarem essa carcaça, vão pensar que se trata de uma outra espécie de animal, pois ele não será semelhante aos demais. Ele será um espécime raro de uma linhagem bela. Tenha dó!
Ele veio caminhando com o semblante sério. Fez apenas um aceno de cabeça para mim e para Mari. Deu um olhar mortal para o Jacob e seguiu caminhando barco adentro. Ou melhor, desfilando. É foda! Vai ser bonito lá no caralho! Espera, vai ter até o caralho bonito! Não. Ah! Ele é todo lindo!
Ele passou por mim e o perfume dele ficou no rastro. A minha barriga contorceu e a saudade se tornou carnívora, me devorando por dentro. Eu queria ter tido, ao menos, a oportunidade de lhe arrancar um beijo. De lhe dar um abraço. De sentir o cheiro. De ver ele sorrir pra mim com aquele canino vampiresco. Oxe, eu queria tanto!
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O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥
RomanceIrreverente, desbocada e feminista, Madalena é uma jovem nascida no interior da Bahia que decide se aventurar em um emprego temporário na Irlanda. Ela consegue uma vaga de massagista em um transatlântico e segue para Dublin carregando na mochila pou...