É difícil dizer adeus a uma pessoa querida, não é? Principalmente quando se estabeleceu uma rotina deliciosa entre você e a pessoa. É como me sinto agora, com dificuldade de aceitar a separação.
Eu e Chris estamos no avião e não é a classe empresarial em que voei da última vez. É uma classe executiva e talvez eu diria presidencial. É muito conforto, chiquesa e regalias. Mas, estamos indo para Dublin e isso significa despedida. Não sei se retorno ao trabalho depois de tudo que ocorreu com a mãe dele. Então, digamos que nosso futuro também é incerto.
Queria ter a certeza de que passarei apenas sete dias longe dele. E que seria bom pra nós dois ficarmos algum tempo distantes. Mas infelizmente não é assim. Estamos em um mar revolto de emoções e incertezas. Como vai ser?
Tanto que eu tentei lutar contra isso, contra esses sentimentos que não são controláveis e olha só onde estou agora? É como uma estrada e dois caminhos à frente. Nenhum deles é um caminho seguro ou conhecido. Só que voltar é impossível. Eu estou fodida!
Ele está dormindo ao meu lado. Sua boca tem uma leve expressão de alegria e talvez, só talvez, eu me sinta a responsável por isso. Até dormindo ele consegue ser bonito!
Ontem tivemos uma noite perfeita. Aliás, um dia perfeito. Andamos mais pela pequena e suntuosa cidade. Passeamos, comemos em bons lugares, trocamos beijos e carícias como dois apaixonados adolescentes. E a noite, bem, a noite ainda me faz ter espasmos. Nós fodemos até a hora de embarcar. Virote doido!
Começamos de uma forma voraz e alucinante. Foi cinto no pescoço, tapa na cara, mão amarrada na cabeceira. Com certeza os sadomasoquistas ficariam entusiasmados. E depois de tanta loucura, a gente transou feito casal de 20 anos de casados. Gemidos baixos, respiração ofegante, penetração lenta, beijos e carícias normais. Não que tenha sido ruim, acredite. Não foi mesmo. Se fosse daquele jeito depois de 20 anos e eu tivesse essa certeza, certamente me casaria. Com ele.
Quando nos demos conta de que já havia amanhecido, assustamos. Tinha passado tão rápido! Ou talvez a gente não queria que realmente terminasse e mais ainda, ter que ir embora. Chris queria que eu ficasse, eu sei. Mas também sei que precisava ir para casa. Além das contas, eu preciso de tempo para absorver a virada que minha vida deu.
Vim para a Irlanda com emprego certo e meta definida. Não tem nem um mês completo que eu cheguei aqui. E agora eu já não sei sobre meu emprego, sobre minha estadia certa em Dublin e mais ainda, minhas metas foram modificadas. Ou seja, em menos de um mês eu já fodi com tudo.
A cabeça do Chris pendeu para o lado nessa hora e se apoiou sobre a minha. Desci nossas poltronas mega macias e ficando deitados, ajeitei sua cabeça. O sono estava pesado para ele. Deveria estar para mim também, mas eu não conseguia dormir.
Sei que não é só a minha vida que baguncei. Também remexi a vida dele toda. Eu sei disso. Cheguei como um furacão Katrina e saí embaralhando todo o meio de campo. Por um lado isso me deixava triste, mas por outro não. Se tem algo que preciso admitir é que fizemos muito bem um para o outro.
Eu detesto pensar em mim assim tão dependente de alguém. Nunca deixei a minha felicidade atrelada a ninguém. No entanto, me ver sem ele agora leva uma parte da minha alegria. Eu sei, eu devia ter escutado a minha razão quando ela gritou: __ Fuja dele, idiota! __ Mas aí eu deixei me guiar pela minha boceta alvoraçada e terminei com o cérebro reprogramado.
Agora tô aqui, velando o sono desse vampiro tesudo do caralho e sorrindo feito boba, me lembrando do seu sorriso vampiresco e do seu olhar azul celestial. Aquela covinha na bochecha que me deixa toda boba... Aquele beijo que me derrete! Aquela voz que me atiça!
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O CEO, O MAR E ALGUÉM PRA MADÁ 🔞🔥
RomanceIrreverente, desbocada e feminista, Madalena é uma jovem nascida no interior da Bahia que decide se aventurar em um emprego temporário na Irlanda. Ela consegue uma vaga de massagista em um transatlântico e segue para Dublin carregando na mochila pou...