A Chance.

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Fui para aula de inglês, mas não conseguia me concentrar na matéria. Tudo que vinha na cabeça era Edward, Edward e mais Edward. Tudo que eu conseguia pensar era nele.

Hoje de manhã tudo estava como sempre: uma porcaria, as mesmas reclamações, as mesmas brincadeirinhas... Tudo como sempre. Então ele apareceu e mudou tudo. Não conseguia evitar sorrir ao me lembrar dele. Com ele eu me sentia segura e sem medo por alguns segundos, mas como nada é perfeito... Eu ainda ouvia aquela voz irritante me dizendo que eu não era boa o suficiente para ser amiga dele, que a qualquer momento ele viria que eu sou o que todos dizem: Feia, chata, burra, incapaz, irritante e etc.

Esse é o resultado de uma vida cheia de pessoas malvadas que querem te derrubar a qualquer custo, sem dó nem piedade. O resultado de toda essa droga.

Uma vida cheia de inseguranças, dor e medo.

Eles fizeram-me ver o que eles queriam...

Fizeram-me ter medo de tudo...

Fizeram-me esquecer do significado da esperança...

Fizeram-me sangrar com cada palavra...

Mas tudo mudou hoje. Edward me faz esquecer isso, me faz parar de temer e sentir dor. Eu acabei de conhecê-lo, mas senti como se nos conhecêssemos a anos, como se ele fosse meu anjo que apareceu para me salvar dessa droga toda.

Quando dei por mim, o sinal já estava batendo e me tirando da minha viajem de pensamentos sobre Edward.

Por falar em Edward, tenho que encontrar ele no estacionamento. Guardei minhas coisas e fui em direção ao estacionamento encontrá-lo.

Assim que cheguei ao estacionamento, vi Edward encostado ao lado de um lindo volvo prateado, mas havia dois garotos conversando com ele, e eu os reconheci na hora. Eram do grupinho de garotos que paparicavam Jane e que me zoavam também.

Passei por eles com a cabeça baixa para que eles não me vissem, mas antes que eu conseguisse sair do estacionamento, Edward me viu, mas eu estava longe demais para ele me chamar. Vi ele entrando no carro e então saí do estacionamento andando em direção a minha casa. Quando percebo, o volvo prateado de Edward está se aproximando de mim.

– Bella, por que você não me esperou? – parei de andar e olhei para ele.

– Desculpe-me, mas você estava ocupado e eu não quis atrapalhar.

Eu não ia dizer que estava com medo de ele ter entrado para o grupinho de idiotas.

– Entre aqui, eu te dou uma carona! – abriu a porta do carro e eu entrei envergonhada.

– Tudo bem, mas da próxima vez não fuja de mim, ok?! Mesmo que eu esteja com o presidente ou o papa! – sorriu para mim.

– Ok, mas depois não reclama. – sorri de volta.

– Então, onde você mora?

Guiei-o até minha casa onde chegamos rápido e ele estacionou na vaga da minha mãe.

– Obrigada pela carona. – me virei para ele.

– Tudo bem. Posso te dar carona sempre. Se quiser, é claro. – colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha delicadamente, o que me deixou toda arrepiada e em transe.

– Quer entrar? – apontei para a casa.

– Se não tiver nenhum problema para você. Eu estou morrendo de sede.

– Ok, vamos entrar. Não tem problema nenhum, minha mãe não está, ou seja, a barra está limpa até tarde. – sai do carro e ele me acompanhou até em casa. Entramos juntos, e eu o guiei até a cozinha.

– Me fale, como é a sua mãe? – perguntou quando eu dei o copo de água.

– Não tem muito que falar dela. O que você quer saber? – perguntei sabendo que não ia gostar dessa conversa.

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