Casais São Sempre Casais.

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Nos deitamos de barriga para cima, com as cabeças em círculo. Estávamos em um clima de paz, rodeados pela natureza, em uma bela sombra com uma brisa batendo em nossos rostos, nos trazendo o cheiro gostoso das flores do campo.

– Tá, eu começo – incentivei o pessoal – eu escrevo uma história, um drama.

– Uau, temos uma escritora em nosso meio galera. – Jazz comentou surpreso.

– Vamos querer que você leia para gente o que você já escreveu, é claro! – Rose disse.

– E isso não é um pedido! – Emm avisou e eu ri.

– Vou pensar no caso! – declarei, os fazendo rir.

– Ok, minha vez! É uma curiosidade. – Rose explicou antes de contar – A minha primeira paixão foi um professor da escola.

– E você ficou com ele? – perguntei curiosa. Ela ruborizou e confirmou com um aceno de cabeça.

– Minha vez! Eu já dirigi sem carteira o carro do meu pai e quase fui pego. – Edward confessou.

– Nossa, daria tudo para ter visto isso. – Emm se lamentou.

– Só para ressaltar, ele fez isso quando tinha 15 anos e ficou de castigo por 1 mês e meio. – Rose continuou relembrando.

– Foi o mês mais longo da minha vida. – Edward disse nos fazendo rir.

– Bom, eu já fui um nerd na escola... Até entrar na puberdade e tudo ir por água abaixo.

– Emm contou e rimos tentando imaginar um Emm nerd entrando na puberdade e enlouquecendo.

– Foi nessa época que nos conhecemos e nos tornamos amigos. Eu não se se para minha sorte ou azar, esse peste me contagiou e eu fiquei com uma garota no banheiro da escola pela primeira vez. – Jazz confessou todo vermelho.

– Tá dizendo que a primeira vez que realmente ficou com uma garota foi em um banheiro? – Rose perguntou incrédula, assim como eu e Edward. Emm e Alice riam feito crianças.

– Emm insistiu tanto que não teve como fugir.

– Foi mal, jazz. Eu realmente coloquei a maior pressão em você.

– A minha curiosidade não é nada comparado a isso, mas uma vez eu coloquei fogo na cozinha do meu pai, por que me distraí com o celular e esqueci que tinha coisa no fogo.

Emm deu a maior gargalhada e nos contagiou.

– Seu pai ligou para mamãe, todo histérico, eu lembro... Ele quase te mandou de volta para cá.

– E só me deixou ficar por que eu prometi não mexer mais no fogo da cozinha. Alice relembrou.

Ainda estávamos rindo quando a noite chegou com um vento meio gelado. Estávamos colados, aproveitando o momento quando Jazz se ajoelhou na frente de Alice e pediu:

– Maria Alice, e não posso mais esconder que estou apaixonado por você... Que eu não paro de pensar em você... Que meu coração acelera a cada vez que você está perto... Por isso queria pedir aqui, nesse lugar incrível e na frente de nossos amigos... Você quer namorar comigo?

Alice parecia não acreditar, o olhando sem reação. Nós permanecemos em silêncio para não estragar o momento. Ela sorriu e se jogou nos braços dele, respondendo freneticamente que sim e se jogou nos braços dele, beijando-o.

Aplaudimos, empolgados por nossos amigos.

– É isso aí, Jazz! – Rose gritou e Emm assobiou para o casal.

– Mandou muito bem, cara! – Edward gritou também.

De repente Emm se virou e beijou Rose, um beijo arrebatador que a pegou de surpresa, mas logo ela correspondeu com entusiasmo. Me virei para Edward e ele me beijou também com todo carinho e doçura que alguém pode imaginar.

Ficamos mais um bom tempo, até o céu escurecer completamente. Queríamos continuar ali, naquele lugar incrível, namorando e entre amigos que já considerávamos irmãos. Foi realmente maravilhosa a nossa tarde. Alice e Jazz estavam tão felizes que parecia que não iam se desgrudar mais. Rose e Emm também estavam juntos, embora não tivessem firmado nenhum compromisso.

– Finalmente Jazz tomou coragem, né?! – comentei com Edward. Estávamos no carro, indo para casa ainda com aquele clima de romance no ar.

– Pois é. Acho que ele escolheu o momento perfeito, não é? – sorriu para mim.

– É, foi perfeito mesmo. – concordei me aninhando um pouco em seu ombro enquanto ele dirigia calmamente.

(...)

Estacionamos em frente à minha casa na noite calma de um sábado.

– Só vou me trocar e podemos ir ao cinema, tudo bem? – perguntei me inclinando para abrir a porta.

– Ok, meu anjo, estou esperando aqui. – ele me deu um selinho e eu saí do carro.

Entrei em casa e fui direto para o meu quarto. Notei a porta do quarto de Renée aberta, mas não dei muita importância. Tirei a roupa que estava vestindo e coloquei um vestido branco que ia até o joelho e prendia um pouco na cintura. Coloquei minha sapatilha creme, combinando com a bolsa. Prendi meu cabelo em um coque alto e passei gloss nos lábios. Já estava saindo do quarto quando escutei Renée e um homem gemendo super alto, escandalosamente.

Cheguei a me assustar com os berros, por que para mim aquilo me parecia mais berros que gemidos. Desci as escadas correndo para não ouvir mais aquela porcaria e entrei no carro de Edward rapidamente.

– Você está linda, princesa. – elogiou sorrindo para mim.

– Obrigada, amor. Você não sabe o que acabei de presenciar. – falei com nojo na voz.

– O que, amor? – perguntou saindo com o carro.

– Estava me trocando quando ouvi Renée gemendo loucamente com um homem no quarto dela.

– Nossa, isso deve ter sido constrangedor. – ele riu e eu ri também.

– É, foi totalmente constrangedor e meio nojento! – falei com certa repulsa.

– É, mesmo que isso seja uma coisa normal, nunca vamos imaginar nossos pais fazendo isso... É nojento!

– Tem razão! – acabamos caímos na risada daquela situação estranha. 10 minutos depois estávamos estacionando no cinema.

Pegamos a sessão das 20h. A intenção era assistir ao filme Malévola, mas nem prestamos atenção, ficamos namorando durante todo o filme, sussurrando palavras de amor, com beijos recheados de carinhos gostosos e picantes.

(...)

Estávamos saindo do cinema no maior clima de romance como um casal super apaixonado, quando ouvimos uma garota gritando:

– Edward! – me vire para olhar. Edward estava travado no lugar, com o olhar espantado.

– Edward, querido. – uma garota loura, com um corpo exageradamente escultural e um sorriso gigantesco olhava para Edward.

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