POV EDWARD
Bella finalmente se acalmou, seus soluços pararam e ela levantou o rosto que eu tanto amava, mas que agora estava todo vermelhinho e banhado em lágrimas. Seus olhos estavam pequenininhos e vermelhos.
Passei meus dedos em seu rosto expulsando as lágrimas de lá. Ela suspirou fundo. Me aproximei dela e dei um selinho calmo e gostoso nela.
– Está melhor? – Perguntei com carinho.
– Sim, estou bem melhor. – Deu um pequeno sorriso, o que me deixou mais calmo. Vê-la daquele jeito foi horrível. Tive vontade de sair por aí procurando por quem fez isso com ela e arrebentá-lo totalmente, mas o que venceu foi o aperto no coração e a vontade de chorar também, por ver a dor refletida em cada lágrima que escorria em seu rosto angelical.
Eu a abracei mais uma vez, suspirando em seu pescoço cheiroso. O perfume me deixava louco. Seu cheiro de morango é único e maravilhoso.
– Desculpe-me por te fazer vir aqui a essa hora e por toda essa choradeira. – Ela se desculpou e eu franzi a sobrancelha diante disso.
– Ei, saiba que eu viria de qualquer forma e não tem que se desculpar por nada, entendeu? Nada. É minha função cuidar de você e eu fico mais que feliz em fazer isso, meu amor. – Olhei fixamente em seus olhos. – Sempre vou estar aqui para te abraçar e fazer você sorrir, mas também vou deixar você chorar porque uma vida não é feita só de sorrisos e risadas. As lágrimas também são importantes, elas possuem o poder de limpar e expulsar tudo quilo que está te fazendo mal, tudo que intoxicou sua alma, seu ser tão lindo. – Dei um pequeno beijo em sua bochecha. – Chorar não é uma fraqueza, meu amor. Você só está colocando para fora aquilo que machucou aqui. – Coloquei a mão em seu coração, que agora estava mais calmo, batendo mais lentamente. – E eu sempre vou estar aqui para te abraçar e te proteger.
Ela finalmente deu aquele sorriso maravilhoso que eu tanto amo, aquele sorriso que iluminava meu mundo e me impulsionava a sorrir também.
– Você é incrível, meu amor. – Disse, me abraçando pelo pescoço.
Ela me deu um beijo que era para ser calmo, mas se tornou quente, selvagem, enlouquecedor. Quando nos afastamos, sem ar, ela sorria docemente para mim. Sentou em meu colo, virada para mim, com colocando uma perna de cada lado do meu quadril, depois encostou o rosto em meu pescoço. Eu comecei a fazer carinho em suas costas e em seu cabelo. Ficamos assim por alguns minutos, calados, apenas fazendo carinho um no outro, até que calmamente eu perguntei:
– Amor, o que aconteceu? – Ela se retirou um pouco do meu colo e eu achei que ela não ia responder, até que ela disse:
– Problemas com a Renée.
– Ela nos viu juntos, não é? – Perguntei curioso.
– Sim, ela nos viu.
– E o que ela disse quando você entrou? – Ela respirou fundo mais uma vez e eu tive a certeza de que não foi algo bom.
– Quando eu entrei ela me recebeu aos berros, me perguntando aonde eu estava, me perguntou se eu estava virando uma vagabunda e saindo com qualquer um, me proibiu de te ver e disse que eu não sairia mais dessa casa a não ser para ir para a escola.
– O que? – Perguntei atônito, a interrompendo. Meu Deus, a Renée era pior do que eu imaginava.
– Daí eu explodi. – Ela continuou como se eu não tivesse a interrompido. – Gritei com ela pela primeira vez, disse que não faria o que ela queria e ela me deu um tapa no rosto.
– Como é que é? Ela te bateu? – Agora eu estava furioso.
– Calma, deixa eu terminar. – Ela fez carinho em meu rosto e continuou: – Foi a gota d'água. Nesse momento cortei qualquer forma de esperança de que ela um dia fosse a mãe que eu sempre sonhei, que fosse... Eu disse a ela que ela não mandava mais em mim, que ela não era mais minha mãe, se é que algum dia ela foi. Disse também que seu um dia ela se arrependesse de verdade e de coração, depois virei as costas a ela, me tranquei no quarto até a hora em que você me ligou.
Quando ela terminou eu estava atônito, sem palavras. Eu simplesmente não sabia o que dizer ou o que fazer. Agora entendo o porque de tantas lágrimas, afinal, aquilo deveria ter doido muito nela. Pensar isso me fez abraçá-la como força de novo, tentando fazer a dor sumir.
– Está tudo bem agora, meu amor. – Ela disse quando viu uma lágrima escorrer pelo meu rosto.
– Eu sinto muito, meu anjo. Sei que não é a mesma coisa, mas prometo tentar pelo menos preencher pelo menos um pouquinho do amor que você deveria receber dela. Vou tentar te dar todo o amor que eu puder, sei que nem se compara com o amor que você esperava dela , que você queria dela, mas se depender de mim, você terá todo o amor do mundo.
– Eu sei, amor. Você é tão maravilhoso. Eu... Eu... Eu te amo, Edward Cullen. – Ela disse olhando fixamente para mim. Meu coração batei em um ritmo frenético. Eu olhava em seus olhos e via o amor que eu sempre esperei encontrar em alguém.
– Ah, Bella, eu te amo... Te amo muito, meu amor. – Disse e vi uma lágrima escorrer de seus olhos junto com um sorriso maravilhoso em seu rosto. Não resisti e a beijei apaixonadamente, loucamente.
Nosso beijo estava maravilhoso. Na verdade, muito mais que isso. Eles tava se transformando em algo quente, cheio de luxuria, excitante. Me afastei um pouco, ofegante, antes que perdesse o controle. Com ela no meu colo naquela posição, Não sei se conseguiria me controlar por muito tempo.
Eu a queria muito, a desejava loucamente, meu corpo ardia perto dela.
Mas eu não podia deixar esse desejo vencer agora,afinal de contas, nós acabamos de começar a namorar e eu nem tinha ideia se ela queria isso, se ela sentia o mesmo desejo que eu. Nós ainda nem havíamos conversado sobre isso. Confesso que meu ego masculino ficou bem feliz quando ela disse que era virgem. Eu seria o primeiro homem de sua vida, e o último. Quer dizer, se ela quisesse, é claro. Para completar, tudo isso que aconteceu... Ela estava frágil, machucada e é óbvio que eu não faria nada disso com ela assim. Quero que ela esteja bem feliz em sua primeira vez.
Fui tirado dos meus devaneios com ela beijando meu pescoço suavemente. Sorri para ela acariciando seu rosto tão maravilhoso, que eu amava tanto.
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Save My Life
FanfictionMinha alma descansa em um lugar frio e dolorido, onde não se precisa de palavras para descrever os sentimentos, o silêncio fala por si só. Meu coração anda por uma rua cheia de cacos de vidros, machucando-o, ferindo-o. Uma rua escura que me causa me...