First Kiss I.

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– Eu só quero uma garota, Bella. Mas quero que ela goste não só do meu sorriso. – Ele me olhou intensamente como se estivesse vendo minha alma enquanto falava.

– Então você gosta de uma menina?

– Sim, mas eu não sei se ela sente o mesmo por mim.

Meu coração se afundou enquanto ele falava. E agora? Eu me apaixonei por ele, mas ele gosta de outra garota. Eu sabia que isso ia acontecer, mas mesmo assim deixei que meu coração se iludir e agora não restaria outra solução a não ser sentir essa dor irritante no meu coração. As lágrimas já estavam se formando nos meus olhos então tentei achar um jeito de fugir e tentar me conter.

– Bem, minha mãe não está em casa, só volta amanhã à noite, acho. Quer entrar? Posso preparar algo para comermos. – Ele piscou algumas vezes e suavizou o olhar.

– Ah, tá! Claro, eu adoraria jantar na sua casa... Você sabe cozinhar?

– Saímos do carro e fomos em direção a minha casa.

– Sim! Sou eu quem faz a comida aqui. – Entramos e fomos para a cozinha.

– Aposto que você não cozinha, né? – Perguntei achando graça e ele sorriu envergonhado.

– Você me pegou. Não cozinho nada! Minha mãe até tentou me ensinar, mas desistiu quando eu quase coloquei fogo na cozinha. – Comecei a rir imaginando o desastre. Ele tentou fazer cara de bravo, mas acabou rindo junto.

– Não ri. Eu não tive culpa se o arroz passou do cozido para torrão tão rápido, ou que o feijão virou um suco marrom super salgado. – Ri mais alto ainda e ele me acompanhou nas gargalhadas.

– Você é hilário, Edward! O que acha de um macarrão? Pratico, rápido, fácil e gostoso.

– Ótima ideia. Posso ajudar se você tiver paciência de me explicar o que tenho que fazer, ok?

– Tá legal! Vamos começar com uma coisa fácil. – Peguei uma panela e dei para ele.

– Você vai colocar água na panela e depois coloca-la no fogo. Isso se chama ferver a água. – Falei como se aquilo fosse alguma mágica, ele entrou na brincadeira e me olhou incrédulo com os olhos brilhando. Foi até a pia, encheu a panela de água e a colocou no fogo. Virou-se para mim como se tivesse passado de fase em uma espécie de jogo.

– Muito bem! Agora eu vou preparar o molho e você vai cortar os ingredientes, ok?

– Você quem manda chefinha.

Começamos a preparar o molho, Edward estava se saindo muito bem. Conversamos sobre coisas cotidianas, contei das minhas manias e medos e ele fez o mesmo.

(...)

Estávamos sentados com a mesa posta, prontos para experimentar nossa grande obra de arque que parecia deliciosa e estava com um cheiro maravilhoso.

– Vamos lá. – Nos servimos e começamos a comer.

– Uau! Parabéns, parceiro, isso está muito bom... Hum... – Falei entre uma garfada e outra.

– Tem razão, isso está demais! Parabéns por fazer essa obra prima e por ter paciência comigo. – Agradeceu.

– Que isso, você aprende rápido, só precisa de uns incentivos.

– Meu incentivo é você. – Me olhou intensamente de novo.

– Bom, me conta, como é a garota que você está gostando? – Perguntei antes mesmo de pensar no que disse. Será que eu queria mesmo saber?

– Ah, ela é linda e muito gentil, tem uma paciência de dar inveja, é delicada e me faz rir até quando eu estou triste. Ela me encanta só de ouvir sua risada maravilhosa de menina sapeca, seus olhos tem um brilho mágico que me hipnotiza e me faz querer ser alguém melhor.

Quando ele terminou de falar, uma única lágrima escorregou dos meus olhos. Desviei de seu olhar intenso e abaixei a cabeça para disfarçar.

– Nossa, você está mesmo apaixonado por ela. – Falei num fio de voz. Ele pegou minha mão com uma mão e levantou meu queixo com a outra.

– Ei, Bella... – Ele ia dizendo quando o seu celular tocou. Ele suspirou e atendeu o celular. Aproveitei e me levantei. Levei os pratos para pia tentando me recompor.

– Não, mãe, eu não vou demorar em voltar... Sim, estou na casa da Bella... Ah mãe, não me faz sonhar mais do que eu já sonho... Ok, me deixa falar com ela... Oi, minha estrelinha... Também te amo, pequena... Boa noite. Tá, eu dou. Tchau. Ele desligou o celular, veio até mim e parou do meu lado.

– Mamãe e Luiza te mandaram um beijo. Ele se aproximou e lentamente me deu um beijo na bochecha, depois outro na testa.

– Obrigada. – Corei toda ficando igual a uma pimentinha. Ele riu, se afastou um pouco e pegou o pano de prato.

– Ok, se você lava, eu seco. Tá?! – Perguntou pegando a louça limpa.

– Tudo bem.

Quando estávamos terminando, ele passou a mão pela torneira que estava aberta, jogou água em mim e riu. Tentei fazer cara de brava.

– Ah, é assim que você agradece sua professora de culinária, é? Você vai ver! – Peguei um copo rapidamente, enchi de água e joguei nele, que ficou com toda a sua blusa molhada. Ele riu e jogou mais água em mim.

– Ah, professora, agora eu estou com a blusa toda molhada.

– Desculpe. – Falei rindo ainda da nossa brincadeira.

– Acho que vou tirar a camisa. Tem problema? – Perguntou meio vermelho de vergonha.

– Ah, tudo... Tudo bem. – Falei gaguejando.

Edward tirou a blusa e... Ai meu Deus! Como ele é lindo, tem um peitoral definido. Não muito musculoso, mas na medida certa. Tem um Abdômen de tanquinho, como as mulheres dizem. Seus braços bem firmes e acolhedores. Sua pela é de um branco bem claro como a minha. Edward é simplesmente perfeito!

– É... Onde posso colocar minha blusa?

Sua voz me acordou dos meus pensamentos, então percebi que estava ali parada olhando e babando pelo seu corpo.

– É... Me... Me... Me dá aqui. – Falei corando mais uma vez. Ele me deu sua camisa e a coloquei aberta sobre uma cadeira.

De repente a luz se apaga e a casa toda fica no escuro. Solto um grito de medo e Edward me abraça por trás me fazendo dar mais um grito.

– Calma, sou eu, Bella. Está tudo bem.

Ele tenta me acalmar e eu o abraço com todas as minhas forças. Ele passa os braços envoltos da minha cintura. Sinto seu coração pulsar acelerado, sinto sua pele nua e deito minha cabeça no seu peito, acalmando-me do susto e me sentindo segura.

– Tudo bem, princesa. Foi só um apagão, vai ficar tudo bem.

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