Senti Edward beijando minhas costas suavemente e fui despertando aos poucos.
– Hora de acordar, anjo. – ele sussurrou em meu ouvido. Abri meus olhos para claridade do quarto e me virei de barriga para cima, encarando meu príncipe.
– Bom dia, minha gata – me cumprimentou com beijinhos gostosos e um lindo sorriso de criança sapeca.
– Bom dia, meu lindo – correspondi a sua alegria.
– Eu sei, isso é estranho, mas por incrível que pareça, hoje está um lindo e ensolarado dia em Forks, o que acha de tomarmos banho no lago? – perguntou empolgado. Me sentei na cama e olhei melhor para Edward. Ele já havia se trocado e estava com um short preto e uma camisa branca.
– É realmente surpreendente, meu gato, adorei a ideia, mas não sei se Rose colocou algum biquíni na mochila. – falei enquanto acariciava seus cabelos dourados e sedosos.
– Ah, podemos entrar nus ou, se preferir, de roupa intima, não tem ninguém aqui perto mesmo, ninguém vai nos ver. – ele propôs, confesso que fiquei meio tímida, mas acabei concordando.
– Está bem, vamos tomar café e depois nadar um pouco – falei e ele comemorou, feliz da vida.
Levantei-me e fui fazer minha higiene intima, enquanto Edward preparava o nosso café da manhã.
Logo depois de tomarmos um café regado de sorrisos e risadas, fomos para o lago.
– Ah... Eu não sei não Edward. – disse olhando para o lago.
– Ei, amor, o que foi? – Edward perguntou, tirou sua camisa, veio ao meu lado e me abraçou.
– Não sei, quer dizer, esse lago é bem fundo, acho que não vou conseguir nadar.
– Amor... Eu vou estar com você... Não vou deixar que nada aconteça contigo, minha flor.
– Tudo bem, eu confio em você, príncipe.
Eu confiava em Edward, sabia que ele não deixaria eu me afogar, então relaxei e comecei a tirar minha roupa.
Entramos no lago só de roupas intimas e ficamos lá por um bom tempo, curtindo o clima gostoso que se instalara no ar. Ficamos brincando na água e namorando ou simplesmente relaxando, como se estivéssemos nos reconquistando.
Só saímos do lago quando a fome foi mais forte, então voltamos para casa, tomamos um e preparamos uma comidinha gostosa.
– Você está tão diferente da Bella que eu conheci um mês atrás. – Edward comentou enquanto comíamos.
– Diferente bom ou diferente ruim? – perguntei, largando meu talheres na mesa.
– Diferente bom. Você não parece mais aquela garota triste, solitária e com medo do mundo.
– Sabe, Edward, muita coisa mudou depois que te conheci. Você tem razão, – falei em um tom sério – eu não pareço mais aquela garota, embora ela ainda tenha um espaço dentro de mim, mas o que importa é que agora eu sou mais forte e corajosa.
Edward sorriu, largando os talheres também.
– Eu te amo tanto, meu amor. – disse entrelaçando nossas mãos sobre a mesa.
– Eu também te amo, meu amor! – sorri para ele, mas logo voltei a ficar séria.
– Sabe, Edward, eu fiquei completamente arrasada ma sexta-feira. Eu fiquei destruída, o mundo caiu sobre minha cabeça e meu coração estava sangrando em pedaços.
– Eu sinto muito, me odeio por ter feito você se sentir assim. – ele disse sério também, apertando minha mão.
– Eu estava destruída, até que Rose apareceu lá em casa, me mostrou e me convenceu de que eu não era mais aquela garota triste e medrosa que sempre fui. Ela me disse que eu tinha que lutar por você, que eu não podia deixar sua ex tirar você de mim, me disse também as coisas que você disse para Carla e eu resolvi seguir os conselhos da Rose e lutar com unhas e dentes por você.
Quanto terminei, ele levantou, veio até mim e me abraçou, me confortando e em busca de conforto.
– Eu só quero você, Bella. Você se tornou a luz do meu dia, meu porto seguro, minha vida. – dizia enquanto me enchia de beijos e eu retribuía com todo amor.
Depois do nosso momento de sinceridade, passamos o resto da tarde no sofá, assistindo uma comédia romântica que nos fez rir à beça. Lá pelas 17 horas da tarde, fomos embora para casa felizes e com a decisão de que não deixaríamos Carla estragar nosso amor.
Ao menos essa situação toda serviu para fortalecer nosso amor, éramos fortes juntos e não deixaríamos que ninguém nos afastasse.
Estávamos os dois perdidos em pensamentos no carro. Eu não conseguia parar de pensar em como foi tudo tão perfeito e maravilhoso no nosso final de semana na casa no lago. Edward havia sido tão sensível e carinhoso na nossa primeira vez, eu amei casa sensação, cada toque, cada beijo. Edward me fez sua mulher. Eu já não era mais aquela garotinha insegura, com medo de não agradar ao meu namorado. Agora, de certa forma, eu era sua mulher. Era assim que eu me sentia: Sua. Sentia que ele era meu também, era meu como nunca foi de Carla e de garota nenhuma.
Me surpreendi quando chegamos em minha casa e havia um carro estacionado lá e as luzes da sala estavam acessas.
– Parece que sua mãe está em casa – Edward comentou, também surpreso.
– E parece que ela tem visita – falei tentando reconhecer o carro, mas sem sucesso.
Descemos do carro e ouvimos gritos vindos de dentro da casa. Edward e eu nos olhamos assustados.
– Vou entrar com você! – ele afirmou preocupado.
– O que será que está acontecendo lá dentro? – perguntei a mim mesmo, intrigada.
– Vamos lá ver – Edward disse segurando minha mão e me guiando até a porta.
Assim que abri a porta, ouvi um homem com uma voz rouca grita com Renée.
– Meu Deus, Renée, você não sabe onde ela está, nem com quem ela está, se está bem... Que espécie de mãe é você?
Apertei a mão de Edward e entramos na casa.
– Olha quem fala! Justo você me julgado, Eliazar?! – Renée gritou de volta.
Então os dois notaram nossa presença. Renée parecia furiosa. O tal Eliazar olhou para mim como se tivesse me reconhecido, depois seus olhos pareciam estar vendo algo divino ou algo assim. Seus olhos se encheram de lágrimas e eu podia ver amor em seu olhar, tanto amor que me fez perder o fôlego.
– Isabella? – Ele perguntou, mas pareci que já sabia a resposta.
– Eliazar? O que faz aqui? – Edward perguntou, dando alguns passos e ficando à minha frente.
– Isabella, querida? – Eliazar ignorou Edward e voltou a me chamar, tentando me ver atrás de Edward.
– Quem é você? – perguntei confusa.
– Sou eu... Lembra de mim, meu anjinho? – ele estendeu os braços para mim.
Percebi que ela havia me chamado de anjinho. A única pessoa que me chamava de anjinho era meu pai.
– Do que você me chamou? – perguntei.
– De meu anjinho... Você lembra, querida? Sou eu, meu amor, seu pai.
Eu paralisei, meu coração batia tão rápido que ache que fosse passar mal. Minha pulsação tilintava nos meus ouvidos, me fazendo ouvir um zumbido estridente.
– Você é o pai da Bella? – Edward perguntou confuso.
Eu até tinha reconhecido aquele homem... Sua voz, talvez um pouco mais rouca agora, mas com certeza era a voz do meu pai. Ele parecia mais velho do que em minha lembranças, mas o que eu esperava? Anos se passaram desde quando elas foram criadas.
– Eu posso explicar tudo depois Edward, mas primeiro me deixe ver minha princesinha – ele disse com a voz embargada de emoção.
Edward se afastou minimamente de mim, mas nós podemos nos olhar melhor.
– Meu amor! – ele veio até mim a passos largos e me esmagou em seus braços com toda força.
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Save My Life
FanfictieMinha alma descansa em um lugar frio e dolorido, onde não se precisa de palavras para descrever os sentimentos, o silêncio fala por si só. Meu coração anda por uma rua cheia de cacos de vidros, machucando-o, ferindo-o. Uma rua escura que me causa me...