Capítulo Quatro: Trabalho Extra

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Então dá empresa eu fui até o restaurante italiano onde seria a minha apresentação

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Então dá empresa eu fui até o restaurante italiano onde seria a minha apresentação. Confesso que apesar de gostar disso, eu o fazia apenas por necessidade, pois na empresa já era muito corrido e no cair da noite tudo o que desejava era a minha cama e não mais um “trabalho extra.”

— Finalmente nosso, Angelzinho, chegou! Sentimos sua falta no final do ano.

 — Tenho certeza que sim. — Sorri para o meu amigo enquanto andávamos em direção do pequeno palco. — Eu teria vindo se vocês tivessem me chamado com antecedência.

— Nós chamaríamos se o gerente não fosse um babaca preguiçoso, você sabe, Angel, que ele gosta de resolver tudo de última hora.

— Não sei como você não foi promovido no lugar dele, Thalles, porque você faria um trabalho muito melhor.

O moreno me encarou cabisbaixo, concordando por fim.

Aproveitamos para ajeitar as coisas no palco enquanto os clientes não apareciam, na verdade faltava apenas dez minutos para o restaurante abrir. Thalles, me avisou que eu ficaria responsável por cantar está noite, dizendo que a garota que chamaram antes teve um imprevisto. Não gostei de saber disso pois não estava acostumada pelo fato de morrer de vergonha. Geralmente a vocalista era a que mais chamava atenção e isso era tudo o que eu temia.

— Eu faço o que você quiser mas aceita cantar, só essa noite. — Fez bico.

— Tudo bem, Thalles, mas eu vou cobrar o favor.

— O que você quiser, é só pedir!

Pensei por um instante mesmo sabendo que não era necessário pois tudo o que eu precisava era de um...

— Ravioli de Ricota e Espinafre com Molho de Açafrão!

— O quê?

— Eu quero que você me convide para jantar e será isso que eu vou pedir.

Um sorriso se formou entre seus lábios até que ele concordasse, por fim continuamos com os preparativos da apresentação desta noite.

Quando o restaurante começou a funcionar senti um nervosismo ao notar o quanto o salão estava cheio. Thalles, tentou me acalmar pedindo que eu mante-se a calma, respirasse fundo e contasse até dez porque daria tudo certo. Fiquei repensando e até que um jantar com uma comida descente valeria apena, além disso minha voz é bonita como meu amigo e irmão costumavam dizer. Então na hora de subir no palco toda as atenções se voltaram a mim e no momento em que eu encontrei com aqueles olhos claros, senti toda aquela coragem se esvairá. Alessandra Louise Salazar. Ela realmente estava aqui ou era uma alucinação? Acaso ela estaria me seguindo? Não é possível que justo hoje ela resolveu jantar aqui entre tantos restaurantes... E comida italiana? Isso não fazia muito o seu estilo. Notei de longe que ela estava na companhia de uma mulher ruiva e que aparentava ter a mesma idade que ela talvez uns quarenta? Eu não sei, eu também não sei porque eu estou me perguntando isso... Foco, Angélica, foco!

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora