Capítulo Dezenove: Desconfiança

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Sentei-me no vaso após ter entrado na cabine e senti as lágrimas virem aos poucos

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Sentei-me no vaso após ter entrado na cabine e senti as lágrimas virem aos poucos. Me sentia tão mal por saber da boca de Maya o motivo pela qual a Alessandra ficou comigo, tá certo que ela já havia deixado claro que tudo isso não passava de sexo, então porque eu não conseguia entender isso logo de uma vez? Acaso não seria menos dolorido? Céus, eu não podia estar me apegando a mulher que mais me faz mal. Eu não merecia passar por isso, sempre fui uma boa pessoa e as vezes chegava até a ser chata. O maior problema de todos é que mesmo assim eu á queria, tanto que chegava a ser ridículo.

*Ouvi batidas na porta*

Me apressei para abrir a porta e ver de quem se tratava. Acabei me deparando com uma funcionária responsável pela limpeza.

— Me desculpa, achei que o banheiro estivesse vazio neste horário.

— Não tem problema. — Sorrio gentilmente. — Eu já estava mesmo de saída.

A senhora assentiu. Me retirei então do banheiro para que ela pudesse fazer o seu trabalho e eu o meu. Tratei de enxugar as minhas lágrimas e respirar profundamente antes de voltar. Assim que cheguei na minha mesa, observei Maya sair de dentro da sala de Alessandra, talvez não fosse nada demais só que mesmo assim eu me sentia desconfortável. A garota de cabelos negros me olhou sorridente e tentou bater papo porém eu cortei dando a desculpa de haver muito trabalho acumulado e felizmente ela aceitou.

Depois de algumas horas o horário de almoço chegou. Como eu estava sem fome resolvi ficar na empresa trabalhando, assim aproveitava para dispensar o convite de Maya para almoçarmos juntas. Quando ela pegou o elevador, ouvi meu celular tocar avisando que uma nova mensagem havia acabado de chegar. Era de Thalles, meu amigo e primo de Maya. Ele havia me convidado para jantar após a minha apresentação no restaurante, com tudo que vinha acontecendo a minha cabeça não estava para isso. Recusei. Novamente ele enviou uma mensagem dizendo que estava tudo bem e que ele sentia falta de mim. Sorri por um momento.

Se eu gostasse de homens seria tudo mais fácil...

— Já deu o seu horário de almoço. Você não vai almoçar, Angélica?

Meu corpo estremeceu só de ouvir sua voz. Continuei com a minha atenção no celular sem fazer questão de olha-la.

— Não.

— Tem certeza? Se quiser eu te levo para almoçar comigo.

— A Maya já havia me convidado...

— A Maya não sou eu. Se você aceitar o meu convite... O almoço não será tudo o que você vai comer. — Era notória a malícia no seu tom de voz.

— Não, tudo bem, eu passo. — Continuei com a cabeça baixa, talvez ela se tocasse e sumisse da minha frente.

Senti sua mão segurar o meu rosto delicadamente.

— Olha para mim, Angélica. — Pediu com o tom de voz baixo. — O quê há de errado? Por acaso você se arrepende do que rolou entre a gente?

— Só estou sem fome, Alessandra, nada demais!

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora