Trinta e Dois: Baile De Máscara Part 1

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As empresas Salazar estavam enfestadas pelo pessoal da imprensa após o que havia ocorrido na noite do baile

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As empresas Salazar estavam enfestadas pelo pessoal da imprensa após o que havia ocorrido na noite do baile. Para o meu alívio ou não, eu consegui sair antes que me vissem. Alessandra veio atrás de mim sem que eu percebesse me fazendo tomar um susto, Lindsey estava no seu colo, olhei para a criança com pesar e questionei o por quê da Alessandra tê-la trago até mim; eu não estava afim de ver ninguém e quando finalmente eu consigo fugir daquele inferno ela me aparece com mais problemas. A única coisa boa que aconteceu naquele baile foi poder acabar com a raça da Crystal Foster, acabei me perguntando se a Alessandra realmente se importava já que tinha me crucificado pelo o que ocorreu com a sua mãe, como se fosse a pior coisa do mundo, realmente ela e nem ninguém estava pensando direito. Lindsey como a curiosa que é, olhou para o meu vestido e perguntou o quê havia acontecido para que eles estivesse tomado por sangue, dei uma desculpa esfarrapada e em seguida pedi para que a minha chefe levasse ela embora.

— Eu não posso ficar com ela.

— Você sabe de quem é a culpa... Então você deve isso a nós.

— Para, Angélica! Você não tem certeza de nada para está-la acusando dessa forma.

Soltei uma risada irônica.

— Eu falei desde o começo que havia algo de errado mas você não me ouviu e veja o que aconteceu. — Mais lágrimas rolaram pelo meu rosto, como se eu não tivesse chorado o suficiente. — Ela era a única coisa boa de tudo isso... — Flashbacks daquela noite vinham com tudo na minha mente.

Alessandra abaixou a cabeça sem ter nada mais a dizer.

— Por quê você tá chorando, tia? — Lindsey perguntou porém eu não respondi. — Tia...

Forcei um sorriso.

— Não é nada, anjinho. — Beijei a sua bochecha afagando o seu cabelo. — A tia Alessandra vai cuidar de você, tudo bem?

— Não, eu quero você, tia.

— Eu prometo que volto pra ficar mas para que isso aconteça você precisa ser uma boa menina e ir com a tia Alê.

A garotinha balançou a cabeça positivamente. Dei as costas com o intuito de ir embora porém senti a mão de Alessandra envolver o meu braço. Eu queria recuar mas o meu cansaço mental e físico não permitia, olhei para ela com pesar tentando ao máximo controlar as minhas lágrimas para que a Lind não se preocupasse.

— Tire o tempo que precisar, não esqueça que eu estou aqui para o que você precisar.

Concordei me virando novamente e indo embora por fim; eu não sabia ao certo para onde ir mas eu precisava desse tempo.

~•~


48 horas atrás...

O estilista tirava as nossas medidas enquanto Crystal mandava e desmandava em todos. Nem a Alessandra que é a presidente dessa empresa é tão mandona e chata, sem falar na implicância da sua mãe comigo, tudo o que eu vestia ela dizia que não estava bom o suficiente ou que meu corpo não ajudava. Fiquei pensando no que o senhor Connor teve que passar na mão dessa madame. Alessandra tentava me defender mas era inútil, pelo visto eu teria que carregar essa cruz sozinha. Maya havia escolhido um desenho para que fosse feito o seu vestido e como nada ficava bom em mim, ela sugeriu que nós fôssemos vestidas iguais, achei estranho mas acabei aceitando para sair das garras de Crystal.

— Não!

— Por quê? — Questionei o motivo dela não ter permitido que nós viéssemos iguais.

— A gente não está escolhendo os vestidos para madrinha de casamento, e sim para um baile de máscaras, você não deve entender porque nunca foi em uma festa como essa.

Suspirei pesadamente.

— A Angélica vai usar o que ela quiser. — Alessandra entrou no meio.

— Mas Louise...

— Mas nada! Eu ainda sou a dona dessa empresa. Não se esqueça disso, além do mais nós não pedimos a sua ajuda, se você quiser ficar então terá que obedecer as minhas ordens! 

Crystal assentiu relutante passando por mim e esbarrando no meu braço com tudo e propositalmente. Nesse instante eu imaginei que não teria mais paz com ela aqui.

— Ela tem o quê? Cinco anos? — Maya revirou os olhos.

— Agora é sua vez de tirar as medidas. — O estilista avisou para a morena que concordou no mesmo instante.

Antes de entrar na sala, ela depositou um beijo demorado nos meus lábios indo em seguida atrás do rapaz. Assim que Alessandra e eu ficamos sozinhas, ela segurou no meu braço me arrastando até a sua sala. Quando meus braços se encontravam livres do seu aperto, encarei-a sem entender o motivo de tal ato.

— Pelo visto você é mais burra do que eu imaginava.

— Pronto, agora todo mundo tirou o dia para me criticar... O quê foi dessa vez?

Minha chefe deu um sorriso irônico.

— Ainda me pergunta? — Estreitou os olhos. — Angélica, eu falei para você parar de brincar com o sentimento dos outros mas parece que entrou em um ouvido e saiu pelo outro.

— Só estou tentando dar certo com uma pessoa que goste realmente de mim.

— E por quê essa pessoa não pode ser eu? Se é a mim que você quer.

Assim que ela proferiu, senti um ponto de interrogação se formar na minha cabeça. Antes eu tinha certeza absoluta do que eu sentia pela Alessandra, eu queria ficar com ela, sentia (e ainda sinto) muito ciúmes e morreria de medo de perde-la querendo ou não... Só que o fato dela ter me machucado tanto fez com que uma barreira se formasse entre nós, então resolvi tentar algo mais sério com a Maya e as coisas pareciam estar fluindo tão bem e por algum motivo eu não queria me afastar dela.

Senti o olhar de Alessandra pesar sobre mim.

— Está tudo muito confuso, — Abaixei a cabeça. — não sei ao certo o que eu quero mas as coisas com a Maya tem sido tão...

— Para, não precisa continuar.

— Eu sinto muito, Alessandra.

— Não sente não. Você gosta de ter toda essa atenção, e também não é para menos já que você acabou de se descobrir. — Se aproximou de mim segurando o meu rosto. — Só não se esqueça que eu fui a primeira na sua vida e posso ser a última se você quiser. — Sem aviso prévio ela me beijou. Um beijo lento e carinhoso, me afastei sentindo ela morder meu lábio inferior levemente.

Segurei a sua mão.

— Me dá um tempo, Alessandra, eu preciso descobrir por mim mesma o quê ou quem eu quero. Isso não é uma competição, até porque não seria justo com a Maya.

— Tudo bem, mas você não tem a vida toda, uma hora as pessoas cansam.

— Eu sei.

Alessandra se afastou dando a volta na sua mesa e se sentando, ela me estendeu uma paleta de cores, deu um sorriso e começou.

— Termine de escolher os tons da decoração. Eu quero evitar qualquer tipo de ajuda da minha mãe.

— Hum, você tem alguma ideia?

— Sim, sente-se. — Concordei fazendo conforme ela havia dito. — Nós poderíamos apostar em cores mais ousadas como; o dourado, prata ou o cobre. Os bailes de máscaras foram iniciado desde a idade média, em Veneza e na Itália. Eles davam essas festas como uma forma de escape da vida dura e dos costumes rígidos...

— Sério? Como você sabe de tudo isso?

— Meu pai. — Sorriu cruzando as mãos em cima da mesa. — Ele era um amante dessas coisas e me contava várias histórias sobre... Então eu queria fazer algo que de alguma forma homenageasse ele.

 — Eu acho uma ótima ideia. — Devolvi o sorriso.

Durante as próximas horas nós ficamos decidindo sobre o tema do baile a qual eu estava muito ansiosa para que acontecesse.

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora