Angélica DeMarco, sempre amou trabalhar para as empresas Salazar... até a morte do seu antigo patrão. Agora ela terá que lidar com o temperamento da nova dona da empresa, Alessandra Louise Salazar, o qual a detesta por simplesmente ter sido a proteg...
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Alessandra Louise Salazar🍒
Acordei sentindo um peso em cima de mim. Assim que abri os olhos tomei um susto imenso ao ver a Lindsey em cima de mim com isso acabei rolando da cama direto no chão. Por deus, o quê essa menina estava fazendo? Perguntei para mim mesma enquanto observava ela rir da minha cara. Levantei desajeitadamente olhando em reprovação para a pirralha. Pensei em reclamar com a Angélica porém ela estava dormindo tão profundamente que não me atrevi a acorda-la, afinal ela passou por muita coisa. Olhei para o relógio que batia 8:30 da manhã, durante o resto da semana eu resolvi não abrir a empresa, pois todos se encontravam abalados demais para seguir enfrente. Trataria então de mandar um e-mail para todos os meus funcionários.
Havia tantas coisas para fazer e com essa menina no meu pé seria uma luta, mas, eu estava disposta a pagar pelos meus pecados para que a Angélica não precisasse se preocupar com nada. Chamei a Lindsey para tomar café, ela se levantou ficando em pé na cama e abrindo os braços.
— O quê?
— Me leva no colo, tia.
— Nem ferrando! Eu estou velha demais pra isso. — Falei um pouco mais baixo para não acorda-la e pelo visto a garota notou.
— Então eu vou chamar a minha outra tia!
— Não, ela precisa descansar... — Quase sussurrei.
Lindsey abriu os braços novamente como se a qualquer momento ela fosse sair voando. Revirei os olhos. Me aproximei pegando ela no colo.
— Obrigada, tia. — Beijou a minha bochecha.
Franzi a testa porém não abri a boca para dizer nada. Sai de dentro do quarto descendo as escadas com cuidado, pois essa menina deveria comer cimento no jantar por estar tão pesada. Confesso que me senti uns dez anos mais velha só por ter cuidado da Lindsey ontem, deus já foi generoso demais em permitir que eu nascesse gay, assim não correria o risco nem de engravidar... E veja agora.
Levei a menina até a cozinha e a coloquei sentada sobre a cadeira procurando alguma coisa para que ela comesse.
— Você costuma beber café? — Perguntei pegando o pó dentro do armário.
— Eca, não!
Me virei a encarando com incredulidade.
— Café é a oitava maravilha do mundo. Você é uma menina estranha.
— Eu só tomo leite com Toddy.
— Pior que eu não tenho nada disso...
— Mais você é rica, tia, como pôde? — Cruzou os braços me olhando com um ponto de interrogação na testa.
— É porque gente grande não toma essas coisas.
— A minha irmã toma!
Suspirei pesadamente. Droga, isso não ia prestar e dar motivos para ela lembrar da Maya não seria nada bom, então eu precisava pensar em alguma coisa.
